O Mistério da Saudade



Os filósofos já tentaram descrever. Os apaixonados, quando ameaçados pela distância, já tentaram descrever. Os poetas parecem eternamente envolvidos por esse sentimento. Os idosos vivem muitas vezes baseados nessa sensação que está guardada na memória e no coração. As crianças sentem. Os jovens sentem. Porém, poucos são os que conseguem descrever a saudade.

Não existe uma regra para determinar se está certo ou errado, coerente ou incoerente. Há quem aproxima a saudade à dor, afirmando que todo o seu ser dói. Já outros aproximam este sentimento a um combustível, pois auxilia no andamento da vida, sempre seguindo em frente.

Todos sentem ou já sentiram saudade em algum dia de sua existência. Existem os que sentem com mais profundidade e os que sentem superficialmente. Por um instante, parece que vai nos destruir por dentro, pesando em nossas lembranças e pensamentos. Logo em seguida, torna-se uma boa lembrança, tão leve quanto o vôo de uma linda borboleta.

Por mais que possamos tentar, nunca conseguiremos definir a saudade por completo, pois além de cada um sentir de forma diferenciada, nunca vem da mesma maneira. Pode vir ao olhar o nascer do sol, as ondas suaves que percorrem o imenso mar, o canto de um pássaro, o choro de uma criança, um abraço entre amigos, o carinho de uma mãe e o repouso de um jovem que perdeu as esperanças. Pode vir em doses moderadas e exageradas, equilibradas e complexas, grandes e banais, fortes e complicadas.

Cedo ou tarde, todos passam por esse sentimento, até os mais sábios reconhecem essa verdade, admitindo muitas vezes que nos ajuda a crescer, a amadurecer, mesmo que a dor esteja a nos sufocar por alguns instantes. Seria uma tolice dizer que a saudade não existe. Tolice maior ainda, seria dizer que a saudade não se torna um enigma em meio às aflições. Fato é que sentir saudades é um mistério. Ganhará um prêmio quem desvendar o mistério da saudade, mas como ninguém conseguirá, permanecerei com minhas dúvidas, podendo afirmar com clareza: Eu sentirei saudade.

Eu gostaria de dedicar esse texto a Diego, amigo muito querido que infelizmente já não se encontra mais em nosso meio. Saiba que sempre estarás em nossos corações e em nossas lembranças mais sinceras. Além disso, você já faz muita falta. Sentiremos saudades de sua presença ao nosso lado; será difícil, mas nunca esqueceremos de você. Obrigado por sempre ter sido esse amigo dedicado. Deus te abençoe!
Autor: Renata Jorge Carneiro


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