Deixe Para Amanhã, o Que Não Precisa Ser Feito Hoje!



O cérebro parece retorcido. O trânsito de informações e conhecimentos, nas vias do pensamento, tornou-se um caos. Os neurônios disparam sinais loucamente, tentando acompanhar o ritmo. Os lados, direito e esquerdo, têm estado com uma tendência centrista, confundindo emoção e lógica em conclusões desconexas.

O movimento dos ponteiros de um velho carrilhão, marcando a hora correta, não condiz com o balançar, em câmera lenta, do pêndulo.

A rapidez com a qual queremos tocar a vida, reflete no nosso ânimo, na concentração, na criatividade, onde tudo, no nosso interior, passa a ter conotação de urgência, urgentíssima. Entretanto, o mundo extra eu, continua na sua velocidade normal, relativamente mais lenta, fazendo com que cobremos das pessoas e do mundo, maior agilidade. Vamos rapaz! Você está muito lerdo!

A sensação de pressa e de que as pessoas estão cobrando isso de você, seja pessoalmente, por carta, telefone, fax, e-mail ou, até mesmo, por pensamento, acaba em frustração quando, por exemplo, queremos ler um romance, ouvir uma música ou ver um filme. Eu, por exemplo, deixo essas atividades para durante a madrugada, mas as pálpebras insistem em nos levar ao mundos dos sonhos que, incrível, parecem ser projetados em maior velocidade, como que para caber mais sonhos, no mesmo intervalo de sono.

Apesar disso, ainda que saibamos desse mal, nos sentimos culpados e fracassados por não estarmos conseguindo acompanhar esse mundo louco e alucinado que não, apenas, está aí, mas que todos, parecem fomentá-lo! Entramos nesse turbilhão e, mesmo não querendo, acabamos por alimentá-lo. É o círculo vicioso!

Já é hora de dizer não! Não à pressa, não à urgência, não à busca desenfreada do sucesso esporádico (sempre é esporádico!). Vamos dizer um sim à Maria Fumaça, à caminhada sem tempo, à leitura tranqüila e prazerosa, ao final de semana livre, ao crescimento pessoal, à troca do sucesso pela prosperidade eterna, à construção de um livro, ao sonho pelo sonho.

Eu não lembro da última vez em que tirei um tempo, realmente, para mim, só para mim. Um tempo onde, principalmente, eu não esteja me cobrando nada. Um tempo em que, eu faça o que fizer, estarei fazendo o certo, na hora certa, no local certo. Um tempo sem ponteiros, mas que ainda assim, ao final de um dia, me dê a sensação de ter feito o que era pra fazer.

Agora me conta: Há quanto tempo você não é o dono do seu tempo?
Autor: Silvio Corrêa


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