O Ambiente de Trabalho Adequado ao Portador de Deficiência



Com a criação da lei 8.213/91 que dispõe de reserva de vagas para pessoas com deficiência, impondo às empresas com mais de cem empregados a contratação de deficientes, em cotas que vão de 2% a 5% do total, conforme o porte da companhia, muitas empresas vêm contratando pessoas portadoras de deficiências (PPD’s) objetivando cumprir tal legislação. Ao contratar estas pessoas as empresas precisam analisar as principais dificuldades que serão enfrentadas pelas PPD’s no ambiente de trabalho, procurando mecanismos para superá-las, sendo de suma importância a adequação do ambiente físico e organizacional, de maneira a possibilitar-lhes um melhor desempenho em suas atividades, pois às vezes o que dificulta a realização do trabalho e um bom desempenho , não é a deficiência, mas sim a falta de adaptação destes ambientes.
Os empresários e os gestores das áreas de recursos humanos que contratam PPD’s de forma responsável, preocupando-se com o bem-estar delas, com “as capacidades e limitações de cada uma e adaptam o ambiente de trabalho para facilitar a execução das tarefas, estão provavelmente tomando atitudes que também contribuirão para a diminuição de acidentes, males de trabalho” e a rotatividade de funcionários. (MERINO, 2000)
Como medidas que facilitariam a vida das PPD’s no local de trabalho podemos citar as seguintes:
 Adaptação de móveis e equipamentos;
 Verificação das condições de acessibilidade à todas as áreas da organização;
 Verificação das sinalizações internas e externas (visuais e sonoras);
 Adequação da temperatura e da luminosidade;
 Evitar o excesso de escadas, construindo rampas onde for necessário;
 Adaptação de banheiros e bebedouros etc.;
 Criação softwares especiais para deficientes visuais e auditivos.
Com estas e outras medidas que se façam necessárias, as PPD’s podem intensificar o seu desempenho produtivo, atingindo as metas e os objetivos da organização, com mais qualidade de vida e segurança, podendo comprovar o seu grau de eficiência na execução do trabalho nas mesmas igualdades de condições, aos demais funcionários.
Não podemos simplesmente contratar PPD’s e exigir que elas cumpram suas funções da mesma forma que os não portadores de deficiências. Precisamos empregar uma forma diferenciada de gestão para elas, a fim de que possam exercer corretamente suas funções, respeitando as limitações e capacidades de cada uma e permitindo suas participações de forma ativa, verificando se há a necessidade de adaptação do local de trabalho, de treinamento e de acompanhamento.
São várias as barreiras que as PPD’s têm que enfrentar para serem inseridas no mercado de trabalho, portanto, precisamos criar um modelo de gestão eficiente para transpor estas barreiras, proporcionando de fato a inclusão social através de um ambiente apropriado e agradável.
Autor: Silvana Mendes Ferreira Machado


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