Reflexões sobre o setor sucroalcooleiro
O Programa Nacional do Álcool (PROÁLCOOL) foi lançado em 1975 com a finalidade de desenvolver a produção do álcool e sua comercialização como substituição à gasolina, através de regras de comercialização e produção bem definidas. Esse programa também ofereceu vantagens para a modernização das usinas além de financiar a construção de destilarias em diversos estados. A partir daí houve uma evolução na genética da cana, no maquinário de produção de açúcar e álcool e isso contribuiu para a elevação da produtividade e o álcool como combustível se tornou uma realidade.
Mas nem tudo foi um “mar de rosas” a área plantada vem se expandindo e com ela há sem dúvida a concentração da posse da terra e a relação trabalho e capital é um tanto quanto injusta. O trabalhador normalmente mora na cidade e vai todos os dias trabalhar nos canaviais e ganha por produção. A tendência é de diminuição no número de vagas para os trabalhadores braçais e os que permanecerem irão precisar de mais qualificação para serem absorvidos. A cana pode voltar a ser a “menina dos olhos” na pauta de exportação, pois além de estar sendo chamada de “ouro branco” o Brasil venceu mais uma batalha na Organização Mundial de Comércio contra o subsídio que era dado ao açúcar europeu.
Já o álcool tem um importante papel que é contribuir para que o petróleo dure mais tempo, afinal o petróleo não é renovável e cada vez a sociedade tem se tornado mais dependente desse recurso.
Devemos lembrar que a cana-de-açúcar é uma monocultura e traz com ela sérios danos ao meio ambiente, além dos problemas sociais como, por exemplo, a exclusão da agricultura familiar.
Autor: Marçal Rogério Rizzo
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