Qual a maior descoberta da humanidade?



Se fizéssemos esta pergunta à 10 pessoas possivelmente teríamos dez respostas diferentes. Dá até para imaginar alguém dizendo que a mais importante descoberta foi o uso do fogo. O uso da fala e da escrita que nos permite registrar a história e expor idéias como estas. A imprensa que nos permite copiar e distribuir informações para qualquer canto da Terra. Os transportes que levam pessoas e objetos para todos os cantos do mundo. As comunicações por rádio e TV que nos permitem transmitir mensagens e imagens entre continentes e planetas. O dinheiro que facilita a troca de valores convencionados e propicia o bem estar de tantos. A Democracia e a Justiça como meio de equilibrar as relações entre pessoas e grupos sociais. As vacinas e demais recursos da medicina que nos permitem proteger e prolongar a vida. Não há como discordar que são todas grandes descobertas.

Mas, por mais que a lista se alongue, nos parece que nenhuma destas descobertas pode superar a importância de descobrir a imortalidade do ser.

Não estamos nos referindo à imortalização das grandes figuras da história, ou da preservação de restos físicos por congelamento, na esperança de avanços que permitam a reanimação de um corpo já gasto pelo tempo.

Falamos da imortalidade do ser; da continuidade do indivíduo após a morte do corpo físico.

É evidente que por um bom tempo esta ainda será uma descoberta individual, pois muitas verdades são assim: universais na existência e individuais na percepção. É possível que por algum tempo este saber, para muitos, permaneça restrito à fé religiosa e não alcance a certeza científica generalizada. Contudo, com o tempo mais cientistas encontrarão maneiras de demonstrar que a continuidade da vida é uma realidade verificável. Aqueles que já tiveram a oportunidade de avaliar algumas mensagens vindas de habitantes da vida após a vida não têm mais dúvidas. Para os demais segue a incerteza de uns e a incredulidade de outros.

Temos observado que as pessoas que alcançam em si mesmas a conclusão da continuidade da vida formulam perguntas muito interessantes. Querem saber como é a vida após a vida. Como funciona este fluir e refluir entre o polisistema material e o polisistema espiritual? O que ocorre após a morte do corpo físico? Se, continuamos vivos após o desligamento do corpo, significa que já vivíamos antes da formação do nosso corpo físico? Se já vivíamos antes de nascer, isso quer dizer que tivemos oportunidades encarnatórias anteriores? Teremos novas oportunidades encarnatórias? Onde estas encarnações irão ocorrer? Em quanto tempo? Por quanto tempo? Quais são os critérios para encarnar novamente? A pessoa decide isto ou alguém decide por ela? As perguntas parecem não ter fim.
A um colega que pergunte se há risco de encarnar em uma favela no futuro poderia caber a seguinte resposta: - Só se ainda houver favelas!
Felizmente, muitas destas perguntas já foram respondidas no Livro dos Espíritos originalmente publicado na França em 1869 por um professor inicialmente cético sobre os temas relacionados com a vida após a vida. Seu nome era Hipollyte Leon Denizard Rivail. O professor Rivail era cético, mas também era científico e ético; tão científico que não aceitava nada que não pudesse submeter ao critério da ciência experimental e ao rigoroso crivo da razão. Ele era tão ético que não achava correto assinar um livro cujo conteúdo não considerava seu; daí porque publicá-lo sob o pseudônimo Allan Kardec. O trabalho não deve ter sido fácil, pois o professor Rivail não era portador de habilidades mediúnicas como a psicofonia ou psicografia. Para garantir que o texto representava a opinião de vários espíritos e assim validar os ensinamentos, baseado na representatividade e na coerência, ele se obrigava a comparar inúmeras mensagens e respostas.

A mesma curiosidade científica que levou o professor Rivail a fazer suas descobertas tem levado muitas pessoas a fazer a sua.

A descoberta da continuidade da vida e as respostas que as pessoas constroem, a partir das novas questões, levam muitos a operar em um padrão de serenidade que não passa despercebido por quem as observa.

A ciência vem revelando realidades cujas complexidades tornam impossível negar a inexistência de uma intenção inteligente na origem dos fenômenos naturais observados. Quer seja, na harmonia macro-cósmica de um sistema solar como o nosso, quer seja na harmonia micro-cósmica de um simples átomo com seus satélites girando em órbitas regulares em torno do núcleo como se fora um sistema solar em miniatura.
Se a inteligência que planeja e sustenta a estruturação inteligente do universo é capaz de complexidades além da nossa compreensão, por que insistimos em simplificar o complexo com nossa visão reducionista? Por que insistimos em imaginar a inteligência suprema como incapaz de estruturar e manter um sistema multi-encarnatório harmônico em que um dos objetivos conjecturáveis é a evolução contínua do ser?
Se aceitamos a idéia de um Creador justo e bom como origem da vida, devemos partir do pressuposto que fomos criados iguais. Assim sendo, o simples fato de nascermos em condições diferentes e com conteúdos diversos, já indica uma pré-existência que nos permitiu construir esta diferenciação com o uso do livre arbítrio; portanto, de forma justa. Por esta razão, se passamos por existências anteriores, o que nos impediria de passar por experiências posteriores?
Se o leitor já fez sua descoberta, seja bem vindo; se ainda não fez, até breve!

Paulo Henrique Wedderhoff
Abril 2004
Autor: Paulo Henrique Wedderhoff


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