O verdadeiro acordar
Só que desta vez eu finalmente estava acordado,
Com os olhos abertos,
Cheios de calma e atenção.
Olhei para os outros,
Vi diferenças, atitudes, determinação.
Vi a diferença que o tempo proporciona às pessoas;
Vi também a tristeza de uma mãe a brigar com o filho,
Cujos olhos não escondiam a doce determinação de protegê-lo de tudo;
Além disso, vi o carinho do filho para com a mãe,
Pela simples atitude de dizer “te amo”.
Mas hoje, especialmente hoje, percebi que esse “te amo”
Difere de todos os outros que já ouvi...
Hoje eu acordei para o mundo!
Acordei para as coisas belas da vida.
Percebi que nem sempre o mar é azul,
Pois com um pouco de luz, torna-se dourado.
Percebi também que existem muitos significados para uma só palavra,
Mais ainda em nada dizer,
Pois é no silêncio que surgem as verdadeiras respostas,
Transformando incompreensão em realidade
E ambigüidade em sentido único.
Agora criança que sabes o que vi, vivi e senti ao acordar,
Durma! Durma para que quando acordes
Não seja apenas mais um ‘acordar’
Mas que seja o “acordar” que todo ser precisa.
Durma criança, a noite chegou.
Fecho meus olhos,
Tranqüilo me deito,
Com a paz em minha volta
E a certeza no peito
De que amanhã logo cedo
Não serei mais o mesmo
André e Renata
31 de maio de 2006
Autor: Renata Jorge Carneiro
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