Razão e Emoção – A Arte de Liderar com Sensibilidade



Autora: Helena Ribeiro – em 07/2005

Todo o relacionamento Humano seja pessoal ou empresarial, tem como fundamento uma emoção. Relacionamentos duradouros são possíveis quando os objetivos comuns visam o bem comum. Casais mantêm relacionamentos saudáveis, mesmo depois das bodas de ouro, por serem cúmplices e capazes de renovar o espírito do relacionamento: a renovação dos mais simples hábitos, surpreendendo com informações e reciprocidade de compensações. O bom relacionamento corporativo é pautado nas mesmas bases, apenas diferenciadas pela quantidade dos interessados.
Líderes natos sabem perceber carências nos liderados. Liderados satisfeitos sabem retribuir com empenho, agregando conhecimento, “redescobrindo a roda”, transformando a execução das mais simples tarefas, retomando princípios, buscando a reorganização dos sistemas, tudo com o objetivo maior: os resultados. Pensando no bem estar das equipes e, por conseqüência, nos resultados, grandes líderes foram encontrar nos mais diversos segmentos, inclusive aqueles que, a princípio, nada têm a ver com os objetivos e formação de suas empresas, ferramentas eficazes e capazes de manter os relacionamentos saudáveis. Resultado: sucesso e boas doses de verdadeiros orgasmos corporativos. Uma equipe bem equilibrada emocionalmente tem razão de sobra para, não apenas se dedicar, mas fazer tudo pelo resultado.
E onde encontrar tanta motivação em cenários tão permeados de oscilações como a economia e outros tantos? Em tais cenários, o mais comum é a economia sem planejamento. Os cortes de custos, pura e simplesmente; virar de costas e rezar para que um novo dia surja com soluções milagrosas.
Antes de decretar o fim da corporação, esta é a mais valiosa oportunidade para continuar investindo no desenvolvimento do seu maior capital, o capital humano.

Daniel Goleman, autor do livro Inteligência Emocional, (IE), que se tornou best-seller no mundo inteiro, é defensor das emoções nas relações empresariais e em 2002, lançou em conjunto com mais dois autores, o livro O Poder da Inteligência Emocional – A Experiência em Liderar com Sensibilidade e Eficácia.
“Foram décadas de pesquisas realizadas em empresas de classe mundial, afirmam que os líderes vibrantes que conseguem ressoar seu entusiasmo, independente do nível hierárquico – obtém a excelência não somente por meio de técnicas, dinamismo e inteligência, mas pela capacidade de estabelecer uma conexão emocional com os outros, utilizando suas habilidades de IE, com empatia, assertividade e autoconfiança”.

Os lideres que já possuem ou aqueles que desenvolveram sua IE, valorizam o seu network, tanto no trabalho quando na vida pessoal, e usa principalmente o sorriso como seu principal aliado, pois em termo neurológico o riso representa a distância mais curta entre duas pessoas, porque a interconexão é imediata, facilitando a comunicação.
Ser alegre, usar sua criança livre interior, buscar mudanças de hábitos, melhorar a qualidade de vida, nada disto significa que você possa estar reduzindo sua produtividade, mas sim melhorando seus resultados e com maior prazer.

Ricardo Semler, criador de idéias revolucionárias de gestão, declarou para a Revista Época, que se está um dia lindo lá fora vai ao parque com seu pequeno e depois trabalha até meia-noite, o que para ele faz mais sentido.

A maioria dos profissionais não tem a flexibilidade de horário que Ricardo Semler, mas muitas empresas têm investido em programas de qualidade de vida, ginástica laboral, grêmios recreativos, e até em academias dentro das organizações. Enfim, diversos recursos para auxiliar no bem estar de seus funcionários. Mas nada disto tem valor, se o individuo não tomar uma atitude e mudar de hábitos e comportamentos. Sair da Zona de conforto gera desconforto, porém, na maioria dos casos é uma oportunidade de investir em seu potencial.
E quem não torce por alguém que sentimos estar engajado no espírito de equipe, capaz de fazer a diferença e estar sempre pronto, com o sorriso aberto, mesmo nas situações mais complicadas? Afinal, malucos são aqueles que desistem na primeira adversidade, esquecendo que equipe resolve seus problemas em equipe.

Frente a este cenário, o maior diferencial das empresas, continua sendo o desenvolvimento do “capital intelectual”, e para auxiliar o Departamento de Recursos Humanos em seus programas de T&D, sugiro também o uso da Metodologia Experiencial. Uma ferramenta muito rica que une o racional, emocional, espiritual e física, que vem sendo utilizada cada vez mais nas organizações, agregando novos valores aos programas de treinamentos convencionais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:

GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional. Rio de Janeiro: Ed Objetiva. 1996.
HUNTER, James C. O monge e o executivo. Rio de Janeiro. Ed Sextante. 2004.
ZOHAR, Dana, MARSHAL, Ian. Inteligência espiritual . QS. O “ Q” que faz a diferença. Rio de Janeiro: Record, 2000.
Autor: Helena Ribeiro


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