Profissionalização- Uma ferramenta estratégica



Profissionalização: Uma ferramenta estratégica

A maioria das empresas, quando começam a crescer, não se preparam estrutural, gerencial e estrategicamente para atender o aumento da demanda por produtos ou serviços. Acreditam que, apenas aumentando o número de funcionários, abrindo outras filiais ou produzindo em maior quantidade irão se manter no mercado.

Mas as exigências vão além disso: O número de clientes para serem conquistados e a abrangência financeira aumenta, a necessidade de organização e planejamento interno se intensifica... Aquele pedido que antes era feito verbalmente ao setor de almoxarifado, agora precisa ser documentado para entrar numa escala de urgência para ser atendido... a realidade mudou! Precisa-se pensar mais em atingir novos mercados porque à medida que a empresa se expande, a exigência por qualidade imposta pelos consumidores evolui, as “estratégias” de mercado da concorrência mudam. E o pessoal interno como fica? Aquela equipe que antes “dava conta do recado” agora precisa trabalhar dobrado para atender a tantos pedidos e exigências, mas ao mesmo tempo não é mais tão ouvida e orientada pelo gerente que agora precisa se dividir entre a sua função estratégica e técnica.

Sendo assim, o que fazer? Precisa-se definir o papel de cada um, saber o que deve ser feito e como deve ser feito, precisam-se mapear todos os processos, da criação à execução para se controlar os gastos com material, identificar gargalos, pensar em estratégias de venda e principalmente o planejamento do cenário futuro! Se antecipar ao que o consumidor vai exigir!

É comum, em empresas que atingem seu ápice de produtividade e lucratividade, terem dificuldade de observar novas tendências, planejar-se estrategicamente para beneficiarem-se delas e continuar crescendo. O que acontece é uma resposta “tardia” à necessidade de mudança, geralmente pela diminuição dos lucros e resultados.

Precisa-se pensar em profissionalização, em estruturação de um modelo que torne as práticas, rápidas frente à mudança, voltadas ao consumidor e com crescimento mais organizado e planejado.

Mas o que é profissionalizar a empresa?

Profissionalizar as empresa é o processo pelo qual as organizações, as familiares em grande parte dos casos, assumem práticas administrativas mais adequadas e modernas, personalizadas à sua cultura e estrutura.

A profissionalização está intimamente associada à adequação do estilo gerencial do empresário em razão das necessidades de desenvolvimento e expansão, em conseqüência do mercado competitivo atual. É a mudança de um método de gerenciamento “extremamente informal” e voltado a responder às demandas diárias e urgentes, com o foco somente no presente, para um método baseado no planejamento estruturado e coerente, voltado para o crescimento e perenidade dos negócios, através de técnicas estratégicas de administração e liderança.

Profissionalizar não é apenas criar uma estrutura organizacional baseada em manuais de administração, nem simplesmente contratar um profissional ou consultor. É prioritário envolver a alta gestão no processo de mudança, e de aquisição de novas competências comportamentais, pois precisam ser preparados para o período de transição, onde as relações interpessoais, e os processos gerenciais da organização sofrerão profundas alterações.

Profissionalização é definir e implantar Processos Estruturados para eliminar tarefas improdutivas; desenvolver competências comportamentais e de liderança de alta performance, potencializar os resultados financeiros e qualitativos da empresa, promover a conscientização e a institucionalização da importância da qualidade e dos processos, capacitar gestores e equipes para responder de forma eficaz a demanda e às adversidades.

Dificuldades para a realização da profissionalização:
1.Resistência em democratizar informações;
2.Colaboradores despreparados para ocuparem as futuras funções;
3.Dificuldade em demitir colaboradores não-qualificados que fazem parte da família do empresário;
4.Incompatibilidade cultural dos dirigentes com novos funcionários contratados para esta nova fase;
5.Receio em perder o controle da situação;
6.Receio do fundador ao descentralizar o poder.

Benefícios
1.Controle e Uniformização dos processos;
2.Produtividade;
3.Rastreabilidade;
4.Ambiente de trabalho organizado e definido;
5.Cooperação;
6.Adequação otimizada para novos negócios, com foco na necessidade do cliente e na melhoria da competividade;
7.Capacidade de tomada de decisões estratégicas efetivas;
8.Habilidade de lidar com o estresse de maneira produtiva;
9.Administração de mudanças;
10.Liderança efetiva;
11.Resolução de conflitos;
12.Equipes de alto desempenho.
Autor: Veruska Olivieri


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