Gestão de Competências , existe mesmo?
Para quem não conhece vamos entender a palavra competência: ela surge da união de três fatores: conhecimento , habilidade e atitude. O conhecimento é saber o que fazer, a habilidade é saber como fazer e ter as condições para fazer e a atitute é o querer “colocar a mão na massa”.
Imaginemos a seguinte situação. Uma equipe de basquete está selecionando novos atletas. Nosso amigo Tenório com altura de 1,98 mts pesando 95 kgs decide fazer o teste. Vamos verificar se ele terá sucesso no teste. Primeiro ponto Conhecimento – Ao chegar no teste nosso amigo diz ao avaliador que durante 2 anos joga basquete, tem conhecimento de todas as regras, sendo que gosta de jogar de pivô. Segundo Ponto Habilidade – Além de ter uma altura privilegiada, o avaliador pede para Tenório fazer 5 arremessos livres, sendo que o mesmo acerta 4 na cesta errando apenas 1. Terceiro Ponto Atitude – Tenório é super fã de basquete, acompanhando todos os jogos da NBA e atualmente treina durante 4 horas por dia, e quer muito ser jogador de basquete.
Se eu fosse o treinador aprovaria Tenório no teste, pois acredito que ele tenha potencial para ser um grande profissional. Porém meu papel de treinador não termina neste momento, pois durante a carreira dele iria acompanhar seus treinamentos, e corrigir seus defeitos.
Do mesmo modo funciona a Gestão por Competências que busca a identificação e o desenvolvimento das competências dos indivíduos. Não adianta uma empresa recrutar o profissional correto e não acompanhar seu desempenho. É preciso entender a relação existente entre o homem/trabalho e os fatores que influenciam este relacionamento.
Não podemos esquecer que muitos sistemas de gestão criaram grandes expectativas em sua chegada ao Brasil, porém com o tempo não tiveram utilidade para as organizações, tornando-se sistemas obsoletos considerados como modismo estrangeiro.
Hoje o termo Gestão de Competências é muito comentado e pouco usado nas empresas, talvez não existam muitos profissionais preparados para implantar essa gestão. Conclusões sobre a eficácia deste sistema teremos apenas daqui a alguns anos. É preciso que este tema deixe de ser conhecido em grandes empresas e chegue também as médias e pequenas empresas. Hoje para muitos a gestão de competências é igual ao trecho de uma famosa música.”Você sabe o que é caviar, nunca vi nem comi, só ouço falar”. Espero que no futuro essa situação mude e as empresas entendam a Gestão de Competências como estratégia competitiva.
Alex Tobit Costa Ferráz é aluno do curso de MBA – Gestão Estratégica de Negócios da Universidade de Sorocaba., atuamente trabalha na Área de Recursos Humanos de uma Multinacional.
Autor: Alex Tobit Costa Ferraz
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