A Inquisição contra a dita Pedofilia



Faz pouco, a Associação dos Psiquiatras dos Estados Unidos despertou debate interessantíssimo: é possível considerar a pedofilia como patologia baseado em juízo cultural? Antes que se prossiga com este texto, convém esclarecer que a pedofilia (atração por crianças) não é um crime, mas um distúrbio (se assim a tratarmos) psicológico. Os crimes relacionados a ela são a corrupção de menores e o atentado violento ao pudor.

O Estatuto da Criança e do Adolescente define como “criança”, o menor de até 12 anos. Após, é “adolescente”. Com isso temos a caracterização de a quem tange a pedofilia. No entanto, os delitos que a ela se atribuem podem ocorrer acima dessa idade.

Para a depuração correta da idéia, convém despir-se do preconceito burro. Nesta atual cruzada contra a “pedofilia”, passou-se a perseguir pessoas como à época da inquisição, porque começamos a acreditar em novas verdades, que se tornaram rapidamente dogmas. Passamos a querer “proteger” todos os menores de idade de monstros que “abusam” de sua inocência. Esquecemos, porém, que isso é uma visão fantasiosa e auto-induzida da realidade.

Há 50 anos, uma jovem de 18 anos brincava de bonecas e, muitas vezes, ainda nem tinha menstruado. Na mesma época, não era nenhum escândalo o casamento com uma mulher de 12 anos. Na Grécia Antiga, eram comuns as relações pedófilas homossexuais, inclusive entre os grandes sábios que nos legaram a base de nossa civilização. Em diversas culturas, a jovem é entregue ao casamento após a menarca.

Nos tempos atuais, ao contrário do que a sociedade neopuritana tenta fazer crer, os jovens amadurecem cada vez mais cedo (inclusive a puberdade adiantou-se em vários anos) e têm acesso vasto a informações sobre sexo. Poucos são os adolescentes que, aos 14 anos, não tiveram nenhuma experiência sexual. Em lugares do Brasil, é comum que uma pessoa com 12 anos esteja em seu segundo filho (a prova da natureza de que não são mais crianças) ou segundo casamento. E me falam em “pedofilia” com mulheres de 16, 17 anos?

É difícil de acreditar que um adulto, que não tenha algum retardo mental, possa ter um relacionamento maduro com um adolescente de 13 anos. No entanto, a atração física pode dar-se, tranqüilamente, por pessoas de menos idade e físico bem desenvolvido. Não é possível censurar eticamente quem namore uma “gostosa burra” nem uma “piá gostosa”. Pode não ser meu gosto, mas não é imoral.

E com esse absurdo inquisitório, esse moralismo de boteco, equiparam preferência pessoal (pessoas mais novas) aos verdadeiros criminosos, que estupram menores e maiores de idade. Dão igual valor ao pedófilo criminoso, que abusa de bebês, e ao rapaz de 20 anos, que assinou o já povoado livro de visitas de uma guria de 13.

Queimem meu artigo, joguem os “pedófilos” na fogueira. Só não queiram que eu compartilhe desse fanatismo, finja que não conheço história e que não conheço os adolescentes de hoje.
Autor: Felipe Simões Pires


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