Tamanho não é documento.



Após a assistir a propaganda dos candidatos da Coligação Rio Grande Afirmativo, observei que a candidata Yeda Crusius ocupa quase que todo o horário eleitoral. Fiquei assustado ao perceber o tamanho da coligação. O partido dos tucanos está atacando com tudo. Mas me pergunto se esta coligação é o que realmente o Rio Grande precisa.



Não colocando de lado os feitos da candidata e do partido, penso que esta coligação é uma maneira errada de se praticar política, pois, quanto mais partidos se unirem a um só, mais divergências surgirão e nada será feito. De que adianta uma coligação com um partido de direita-nacionalista e um socialista, como é o caso de PRONA e PPS, respectivamente, se o PSDB é um partido social-democrata? É uma mistura do gênero “samba do crioulo doido”. Perdoem-me pela pobre expressão, mas não consigo, neste momento, achar um termo que se encaixe neste assunto.



Conversando com um amigo, Felipe Simões Pires, me foi apresentada a seguinte idéia: se analisarmos friamente alguns dos partidos,como os mencionados acima,veremos uma ampla gama de partidos apoiando Yeda. Se não existisse mais uma infinidade que não apóia a candidata, daria pra dizer que ela é perfeita. Portanto, na pressa de criar uma imagem de quantidade e de tamanho, os políticos esqueceram do fator principal: a qualidade. Não estou dizendo que os outros partidos não prestam, mas que esta união virou, na verdade, um “saco de gatos”.



Infelizmente, o sistema político brasileiro é muito fraco para possuir este tipo de coligação. Um exemplo disto é a Frente de Esquerda (PSOL-PSTU-PCB), onde PSOL e PSTU apresentam divergências e críticas a seus candidatos, o que causou o cancelamento da divulgação do programa de governo da candidata à presidência, Heloísa Helena.



Ao que parece a campanha eleitoral deste ano será novamente definida entre PT e PMDB, dois grandes partidos que serão eternamente opostos, um com uma política de direita e outro que faz de conta que é de esquerda. Apesar de possuir alguns poucos candidatos que seriam ótimos como deputados ou senadores.



A política atual não pode ter só como base a sua história de atuação, ela deve ser constantemente reformulada para se encaixar nos padrões sociais da nossa época. Não esperando que as pessoas vivam de palavras ditas á quase mil anos atrás. Como é o caso de alguns partidos que se embasam de filósofos que acabaram por ter suas palavras ultrapassadas pelo tempo.



Concluo que os termos e os métodos usados por alguns partidos não passam de coisas velhas, ultrapassadas e sem nenhum objetivo para ajudar o Brasil em que se vive hoje. As coligações é algo um pouco avançado para esta nossa política que está desatualizada por sobreviver da ilusão de atos realizados no passado. Não estou tirando a importância da história brasileira, mas do que adianta viver no passado se esquecendo que algumas coisas são realizadas no presente.
Autor: Lucio Migliavaca


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