Escola Estratégica Ambiental



Na nona e penúltima das Escolas do Pensamento Estratégico - a Escola Ambiental, os processos de formação da estratégia são desenvolvidos pela percepção, no conhecimento e entendimento que a organização tem do ambiente o qual está inserida; as outras escolas vêem o ambiente como um fator, na Escola Ambiental ele é o ator.
Aqui, a organização assume um caráter passivo frente as demandas e imposições do ambiente, o que reduz a formação de estratégias à um processo de espelhamento, reativo ao que ocorre “lá fora”. O ambiente assume papel de destaque como a terceira força, junto à liderança e à organização.
O ambiente já foi destaque na formulação de estratégias na Escola do Design com a SWOT, na Escola do Posicionamento como um conjunto de forças econômicas, e com menor relevância nas Escolas Cognitiva e do Aprendizado, porém nesta escola ele força a administração estratégica a aceitar a gama disponível de poderes decisórios, dadas as forças e demandas do contexto externo.

Premissas
1. O ambiente é o agente central no processo de geração de estratégias representado como um conjunto de forças centrais.
2. A organização deve aceitar e responder à essas forças ou será eliminada.
3. A liderança torna-se um elemento passivo com a finalidade de perceber o ambiente e garantir a adaptação adequada à organização.
4. As organizações se agrupam em nichos e suas permanências são determinadas pela sua quantidade de recursos ou condições demasiado hostis.

Considerações
A “Teoria da Organização” criada por Max Weber via as organizações como sendo moldadas pela marcha implacável da racionalidade técnica e gerencial a qual se expressa em burocratização sempre crescente. Sociólogos que partiram dessa teoria criaram a “Teoria Institucional” que vê o ambiente como repositório de recursos econômicos e simbólicos, o primeiro de ordem tangível e o segundo, intangível como eficiência, imagem, prestígio, liderança, realizações, etc., que ao longo do tempo produz um conjunto complexo e poderoso de normas que dominam a prática. A teoria sugere três tipos de isomorfismo: a) coercivo que representa as pressões pela conformidade; b) mimético, baseado nas imitações (benchmarking) e c) normativo, resultante da influência da perícia profissional (experts).
Em contraposição à teoria institucional, C. Oliver em sua obra “Strategic Response of Institucional Processes” (1991) dita algumas ações como respostas estratégicas: a) aquiescência (ceder às pressões institucionais), b) compromisso (ceder apenas parcialmente às pressões), c) resistência (tentar obstar a necessidade de conformidade), d) desafio (contrapor-se às pressões institucionais) e e) manipulação (tentar modificar as pressões).
A grande fraqueza da teoria institucional, para a administração estratégica decorre do fato das dimensões do ambiente serem intangíveis, abstratas e a estratégia ter a ver com seleção de posições específicas que se aproveitem das forças ambientais positivas (oportunidades) e resistam às negativas (ameaças).
As organizações enquanto organismos vivos estão sujeitas às leis ambientais (eco sistema), porém devem criar mecanismos de defesa (anticorpos) para sua auto-preservação.

XMMVI
Autor: Wagner Herrera


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