A Consciência e a Inteligência Emocional na Prática Pedagógica do Ensino Superior: pressupostos básicos para a formação e o desenvolvimento integral do ser humano



INTRODUÇÃO
A educação é o processo que visa aperfeiçoar, transformar e desenvolver o ser humano na sua totalidade, favorecendo a busca do viver significativo e a formação de indivíduos com moral, ética e estética elevados, ou em outras palavras, é o elemento que desenvolve toda a potencialidade existente no ser humano, nas suas dimensões pessoal, profissional e espiritual, possibilitando uma evolução abreviadamente consciente.
Ela deve aliar razão, bom senso e boa intenção, no entanto, o sistema de educação tradicional está baseado em um paradigma que enfatiza o racionalismo e objetividade. Esse histórico antagonismo reforçou ainda mais um sistema pautado na fragmentação. Entendendo que, enquanto a educação estiver limitada a esse paradigma, nossas concepções de homem, mundo e também sobre ela, serão parciais, serão fragmentadas e sendo educado nessa visão, o que o homem pode criar, se não, mais fragmentação?
O ser humano não é só cognição, é também subjetivo. Apoiado nessa afirmação, deve-se sustentar uma educação que promova a formação e o desenvolvimento integral do ser humano, para tanto, devemos fazer uso do estudo e da prática da Consciência e da Inteligência Emocional na educação formal.
A consciência é vista, como um estado interior de conhecimento, que se desenvolve pouco a pouco e tem, portanto, vários níveis e graus. Ela nos permite entrar em contato e experimentar diretamente a realidade das coisas e a realidade de nós próprios, em qualquer nível, assim, através dela, é facultado ao ser humano a possibilidade de se perceber momento a momento, o que se traduz por uma tentativa de controle e gerenciamento das próprias emoções.
Dessa idéia, emerge o conceito de inteligência emocional e sua integração com o estudo da consciência, que é um tema atual e de grande interesse na educação, em todos os níveis. Os teóricos do assunto revelam a necessidade urgente de construção de uma educação voltada para o desenvolvimento integral do ser humano, fundamentada principalmente no auto-conhecimento, afinal, ele é um pressuposto básico para a inteligência emocional.
Tendo em vista os desafios atuais da educação, cumpre suscitar a seguinte reflexão: Que contribuições o estudo da consciência e da inteligência emocional pode oferecer à prática pedagógica dos docentes, que favoreça a formação e o desenvolvimento integral do ser humano?
A abordagem desse tema para estudo justifica-se primeiramente pela relevância de sua contribuição para uma reflexão sobre a formação integral do ser humano, visto que revela-se uma ação socialmente responsável, em consonância com as diretrizes do relatório da UNESCO para o século XXI.
Alem de se traduzir em um estudo inovador pela integração das temáticas consciência e inteligência emocional, o que se configurou em um seminário interdisciplinar ocorrido nas dependências do CEPPEV nos dias 07 e 08 de julho do corrente ano, e em um mini-curso fruto das contribuições do seminário, nas Faculdades que as autoras desse artigo lecionam.
A investigação surgiu de uma inquietação pessoal, mais especificamente, nos últimos três anos, por fazermos parte do Núcleo de Investigações Avançadas da Consciência- NIAC, ligado ao Grupo de Pesquisa sobre Cultura, Ética, Ação educativa e Desenvolvimento Humano do Mestrado em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social que também fazemos parte, no CEPPEV, realizando a pesquisa intitulada “A consciência como fator preponderante na construção das grandes teorias para a humanidade”.
Já com experiência na docência em cursos de Administração e Pedagogia na cidade de Salvador, Bahia, Brasil temos observado as limitações da educação tradicional, baseada em um paradigma que enfatiza o racionalismo e objetividade, demarcada por um descaso aos sentimentos e aos valores humanos.
A educação deve fazer uso da consciência e da inteligência emocional na prática pedagógica, buscando contribuir efetivamente, para a formação integral do Ser Humano, possibilitando com isso, formar indivíduos conscientes do seu papel no mundo, contrapondo-se ao que se observa hoje na educação, que é a fragmentação do ser.
Afinal, ciência sem consciência gera fragmentação, e a fragmentação gera desordem, corrupção, volúpia e o caos social que ora percebemos no nosso dia a dia. Para torná-la menos fragmentada e mais humanizada é preciso despertar, ampliar e usar a consciência, que é uma faculdade inata, “que possibilita ao ser, além de saber, sentir suficientemente, acerca da realidade segundo não só conhece, mas também aproxima-se daquilo que estabelecem as Leis Divinas, as Leis Universais, enfim, as Leis Naturais que regem o universo”. (O.C.I.D.E.M.N.T.E. 7º CDE, 2002).
O estudo da consciência deve perpassar por todos os âmbitos, em todas as disciplinas, até e, inclusive, transcendendo os limites, para permear toda situação que favoreça uma reflexão a cerca do tema. Assim, defendemos a consciência como de fundamental importância para ser discutida no cenário acadêmico e fora dele, possibilitando assim, o aprofundamento, o crescimento e a expansão de uma vivência mais consciente.
Pensemos, portanto, em uma educação que se dirija à totalidade do ser humano e, não apenas a uma ou outra de suas dimensões ou a um ou outro dos seus níveis. Uma educação que não privilegie, prioritariamente, nem a espiritualidade nem a materialidade, nem a individualidade nem a coletividade, mas sim, que integre todas essas dimensões e níveis.
A nossa pesquisa consistiu no exame do conjunto de livros e escritos sobre a consciência, a inteligência emocional e a formação integral dos seres humanos, no entanto, pelo seu caráter inovador e desafiador, visto que trata-se de aspectos tão amplos, essa proposta tem caráter integrador das visões de autores remanescentes da psicologia transpessoal, tendo como aporte teórico, principalmente as obras de Ken Wilber, Frijot Capra, Pierre Weil, sem descartar as contribuições essenciais de autores como Damásio, Bata, Barreto e Krishnamurti, mas a proposta não é de uma revisão bibliográfica de tudo até então lançado sobre consciência e inteligência emocional, mas sim, e, efetivamente, uma revisão de autores remanescentes da psicologia transpessoal, que ao nosso ver, trazem uma visão de caráter profundo e emancipador.
Falar de consciência e formação integral de seres humanos implica necessariamente em uma abordagem transdisciplinar, inovadora e transformadora. Afinal, objetiva integrar o estudo sobre a consciência na pratica pedagógica visando a formação integral dos educandos e por fim, apontar a importância dessas abordagens e suas contribuições para o ensino formal.

A CONSCIÊNCIA E A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
O estudo sobre a consciência humana e a inteligência emocional tem grande importância na educação, visto que o mesmo possibilita ampliar a discussão sobre o processo de formação e o desenvolvimento integral do ser humano. Esse processo está, epistemologicamente fundamentado na concepção filosófica da autoconsciência. De acordo com Salgado, (2003 p. 147) “este princípio pode solidificar a vivência de práticas educativas direcionadas para o consciente cuidado amoroso com a vida, que se manifesta na existência de cada ser humano”.
A finalidade da educação se confunde com a finalidade da vida. Educação é vida no sentido mais autêntico da palavra, não é um instrumento estranho à vida e que aplicamos sobre a vida para melhorá-la, ela é o próprio processo de viver. Assim, a prática pedagógica deve estar pautada na consciência, através de situações no processo de ensino-aprendizagem que favoreçam a formação integral do ser humano. A palavra consciência deriva do latim Conscientia, de acordo com Abbagnano, (1999, p. 171):
O significado que esse termo tem na filosofia moderna e contemporânea (...) é o de uma relação da alma consigo mesma, de uma relação intrínseca ao homem, “interior” ou “espiritual”, pela qual ele pode conhecer-se de modo imediato e privilegiado e por isso julgar-se de forma segura e infalível. Trata-se, portanto, de uma noção em que o aspecto moral – a possibilidade de autojulgar-se - vincula-se estreitamente ao aspecto teórico, a possibilidade de conhecer-se de modo direto e infalível.
Essa possibilidade de conhecer-se de modo infalível que nos fala Abbagnano, nos remete a abordagem da inteligência emocional. Nas últimas décadas, a Inteligência Emocional (IE) tem despertado o interesse de muitos autores, psicólogos e estudiosos que vêm acumulando um grande acervo de teorias e hipóteses a respeito do assunto. Ela pode ser definida como a capacidade de nos relacionarmos de forma assertiva e positiva com as pessoas, de termos bom astral mesmo nas adversidades, de termos persistência na busca de nossos objetivos; e caracteriza a maneira como as pessoas lidam com suas emoções e com as das pessoas ao seu redor. Isto implica autoconsciência, motivação, persistência, empatia e entendimento alem de características sociais como persuasão, cooperação, negociação e liderança.
A IE não é genética: estas habilidades são aprendidas mais do que inseridas. De certa forma, pode-se afirmar que o ser humano possui duas mentes, conseqüentemente, dois tipos diferentes de inteligência: racional e emocional. A capacidade de lidar com a adversidade da vida é determinada não apenas pelo QI, mas principalmente pela IE. Na verdade, o intelecto não pode dar o melhor de si sem a IE – ambos são parceiros integrais na vida mental. Quando esses parceiros interagem bem, a IE aumenta – e também a capacidade intelectual. Isso derruba o mito de que devemos sobrepor a razão à emoção, mas ao contrário, devemos buscar um equilíbrio entre ambas.
A IE pode ser alcançada por meio de treino e esforço, mas isso requer persistência. As pessoas têm de identificar exatamente o que querem alcançar – sendo um melhor ouvinte ou controlando seu temperamento nervoso. Ao realizar esse tipo de exercício analítico firmemente por algumas semanas ou meses, a pessoa poderá substituir os hábitos que deseja eliminar por outros que acabam se tornando automáticos.
Segundo Goleman (1998), IE refere-se à capacidade de identificar nossos próprios sentimentos e os dos outros, de motivar a nós mesmos e de gerenciar bem as emoções dentro de nós e em nossos relacionamentos. Goleman, Boyatzis e McKee (2002), apresentam resultados de pesquisas que indicam que a IE é responsável por cerca de 80 % das competências que distinguem os líderes espetaculares dos medianos. "Emoções em equilíbrio abrem portas", garante o autor.
A IE é simplesmente o uso inteligente das emoções – isto é, fazer intencionalmente com que suas emoções trabalhem a seu favor, usando-as como uma ajuda para ditar seu comportamento e seu raciocínio de maneira a aperfeiçoar seus resultados.
Se olharmos os grandes educadores da humanidade como Jesus Cristo, Gandhi, perceberemos que suas condutas eram pautadas por ações que denotavam uma consciência de coletividade elevada. Sabemos que todo exemplo se não educa, ao menos motiva, então, que aprendamos com esses bons exemplos.
A razão não nega, nossa vivência prova e o dia a dia de relações não nos permite negar, que para causar as revoluções profundas e necessárias, é preciso que seja favorecido o auto-conhecimento, ele é o começo da sabedoria e, por conseguinte começo da transformação.
O despertamento da autoconsciência possibilita auto-realização abreviada. Devemos, portanto, nos descobrir, nos auto-revelar, e para tanto, é necessário e urgente que tenhamos boa intenção. Enquanto for inexistente essa intenção de descobrir, de investigar profundamente, o mero desejo esporádico de nos esclarecermos sobre nós mesmos, será de pequeníssima importância.
Assim, a transformação do mundo se efetua pela transformação do indivíduo, então devemos conhecer como somos, e não como desejamos ser. O que “é” está em transformação constante e, para acompanhar a mente não deve estar restrita por nenhum dogma ou crença, nenhuma norma.
Para se conhecer é preciso ter vigilância, lucidez com total independência de idealização. Defendemos que a educação promove evolução, desenvolvimento e a transformação do indivíduo, portanto, é através dela que será possível propiciar que o mesmo encontre a chave para a solução do problema.
A chave é a prática amorosamente consciente de um padrão único de conduta pautado em um comportamento ético, solidário, harmônico e saudável do indivíduo consigo mesmo e com o cosmo da qual faz parte.
Porém, sabemos que a sociedade está fragmentada, Weil (1993, p.20), demonstra claramente o nosso processo de fragmentação: “quebramos a unidade do conhecimento e distribuímos os pedaços entre os especialistas. Para os cientistas, demos a natureza; aos filósofos, a mente; aos artistas, o belo; aos teólogos, a alma”.
A educação, por sua vez, tem um papel bem concreto a desempenhar: desenvolver o discernimento humano em uma constante harmonização do espiritual, do mental e do físico. O relatório da UNESCO da comissão Internacional sobre educação para o séc. XXI, Delors (2001), defende claramente, os quatro pilares da educação para o Século XXI, que são: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser; o que, a nosso ver, configura o que compreendemos como uma educação integral.
O Relatório afirma que os três primeiros objetivos ou pilares da educação assentam-se sobre o quarto, ou seja, o aprender a conhecer, o aprender a fazer e o aprender a viver juntos só fazem sentido se assentarem no aprender a ser, pois é o ser que integra, em si, as diversas dimensões da vida.
Para identificar e articular nosso eu ideal, o caminho que realmente queremos seguir na vida, é preciso autoconsciência. “Para transformamos o mundo, precisamos começar por nós mesmos; e o que é relevante começar por nós mesmos é a intenção. A intenção deve ser a de compreendermos a nós mesmos e não de esperarmos que outros se transformem.” KRISHNAMURTI (1998).
Devemos buscar saber quem somos, o que queremos e onde queremos chegar, para depois podermos ajudar ao próximo. Para Hunter (2004), o desafio é escolher os traços de caráter que precisam ser trabalhados. Desafiar-nos para mudar nossos hábitos, nosso caráter, nossa natureza. Isso requer uma escolha e muito esforço.
Devemos aprender a conviver, a aceitar a diversidade, a respeitar as diferenças culturais, de opinião. Os estudantes devem, desde cedo, serem introduzidos às questões como ética, cidadania, defesa da natureza, busca incessante pela paz, saúde, enfim, devem procurar praticar desde a escola comportamentos e atitudes que sempre levem à reflexão, ao respeito ao próximo, convívio harmonioso, e não apenas aos conteúdos racional e historicamente atribuídos ao contexto escolar.
Compreendemos o espírito da educação como uma filosofia espiritualizante, baseada na visão do ser integral, tendo como objetivos a espiritualização, a formação moral como sendo a formação do caráter do educando, através da compreensão das virtudes e sua prática, conjugando sua realidade vivencial com o currículo, aprimorando a formação intelectual, fazendo com que a primeira discipline e oriente a segunda.
Educar é extrair do educando tudo aquilo que ele traz em si mesmo, na forma de potência, fazendo com que ele se revele através do que possui, exercitando a conquista de si mesmo e do conhecimento. Para educar precisamos ter educadores, ou seja, pessoas conscientes que sua atuação é de orientador, estimulador, com muito amor pela tarefa da educação e com sensibilidade para saber trabalhar as diferenças apresentadas pelos educandos.
Entre as virtudes, podemos destacar as seguintes: consciência dos deveres a cumprir; respeito aos direitos alheios; solidariedade para com os demais; saber trabalhar em grupo ofuscando o egoísmo; utilizar a inteligência para o progresso coletivo; ser humilde, compreendendo que mesmo o mais inteligente dos homens não sabe todas as coisas; exercício da fraternidade sem preconceitos; tolerância para com as faltas alheias porque também possuímos nossas próprias falhas; igualdade perante a lei promovendo a justiça equilibrada; espírito de renúncia para promover a concórdia; honestidade nas relações sociais e familiares; ação constante no bem.
A necessidade de destacar a importância do estudo da consciência e da inteligência emocional na prática pedagógica advém do fato de que a coletividade parece ignorar ou inobservar a importância do estudo, desenvolvimento e expansão da consciência para uma prática do viver consciente. No entanto, o Ser Humano, embora pareça estar dormindo, possui um despertar interno que dirige o sonho, e que irá eventualmente, conduzir de volta à verdade do que realmente somos e, é através da educação que esse despertamento será favorecido.
De acordo com Barreto (2005), consciência é uma faculdade latente em nosso ser, mas para que se manifeste, é necessário despertá-la. Para tanto, é preciso desenvolver qualidades através das relações que estabelecemos no nosso dia-a-dia. Mas, para fazermos isso, é preciso integrar o sentir, pensar e agir. Afinal o Ser Humano é também produto do que pensa, sente e faz, bem como do meio em vive. Uma vez que nossos sentimentos, pensamentos e atos nada mais são do que expressões da nossa consciência.
Conforme Batá (2000, p. 20), “a consciência é um estado interior de conhecimento, que se desenvolve pouco a pouco e tem, portanto, vários níveis e graus”. Ela nos permite entrar em contato e experimentar diretamente a realidade das coisas e a realidade de nós próprios, em qualquer dos níveis a que elas pertençam. Quando se experimenta a verdadeira consciência há uma sensação de despertar e de iluminação, como se tivéssemos feito uma “descoberta”, não apenas com a mente, mas com todo nosso ser.
Cada abertura mínima de consciência traz consigo um resultado, uma transformação, um amadurecimento, uma ampliação da visão que não mais se perde. Por isso, o desenvolvimento da consciência está estreitamente ligado com cada experiência direta, com cada compreensão interior efetiva. Não pode haver consciência sem transformação.
Segundo Luckesi (1998) a consciência não é abstração ou algo intocável, mas sim, aquilo que somos na totalidade do nosso ser, o que inclui, simultaneamente, as dimensões do corpo, da personalidade (no que se refere a emoção) e da espiritualidade. Então, falar de evolução, aperfeiçoamento e desenvolvimento humano é falar de uma transformação conscientemente. Ou no entender de Aurobindo Apud Batá (2000, p. 18), “a evolução, na realidade, é a transformação da energia em consciência”. Assim, transformar energia em consciência significa “tornar cônscio o que é incônscio. No entender consciente de Barreto (2005, p. 51):
Parece-nos claro que a consciência, quando despertada e/ou construída em grau significativo no Ser Humano, ajuda-o a eleger valores éticos, estéticos e morais, no mínimo, elevados. Também lhe possibilita identificar as faculdades e qualidades formadoras do seu ser, bem como buscar saber significativamente acerca do Princípio Criador, da Finalidade da Vida, bem como da razão de Nossa Existência, a partir da compreensão do valor significativo real das relações que estabelece no dia-a-dia, porquanto a vida exige ser mais do que vivida, exige ser compreendida. Para tanto, o Ser Humano deve começar pelo que está mais próximo: ele mesmo.
Assim considerado, vale destacarmos o valor das relações humanas no contexto da vida. A atividade- fim do Ser Humano é compreender a vida; portanto, ele faz uso da atividade-meio específica: o viver, que nada mais é do que ser e estar em relação. Com isso, não cabe mais fazer ciência sem consciência, ou mesmo buscar promover o desenvolvimento profissional, através da educação, sem a preocupação com o despertamento, desenvolvimento e socialização do potencial humano como um todo. Para abordar a consciência na prática pedagógica, antes, cabe uma reflexão sobre a função de ser mestre:
(...) ser mestre significa, no muito, encorajar a outros na busca da verdadeira morada, segundo a força do seu exemplo, mas através da verdadeira tarefa, tal como fazemos agora. Ser mestre significa ter estado preso quanto, como e onde estão, e ter achado a chave para escapar, e então poder, não só dizer que é possível, mas também ensinar a outros de como devem proceder para tal; mas, como eu disse, pela força de seu exemplo, que a sua conduta deve denunciar. (OCIDEMNTE, 2001, p. 85-87).
Os seres humanos caracterizam-se por serem ambíguos, contraditórios, complexos, e apegados a crenças, esperanças, cheios de amores e sentimentos que, em geral, não seguem necessariamente à razão. Os relacionamentos entre as pessoas, por mais descompromissados e profissionais que sejam, não se baseiam puramente na razão.
Nos últimos anos, os cognitivistas propuseram vários modelos de como as emoções podem nortear e influenciar as representações mentais (GARDNER, 1999). Os sentimentos e emoções são tão cognitivos quanto outros pensamentos racionais. Estudos comportamentais, cognitivos e neurológicos sugerem que o fortalecimento da racionalidade requer que seja dada uma maior atenção ao mundo interior (DAMÁSIO,1998).
Afinal, conforme Morin (1982), “consciência sem ciência e ciência sem consciência são radicalmente mutiladas e mutilantes". Coadunando com a afirmação de Eisntein que nos deparamos no site O arquivista "a ciência sem religião é aleijada, a religião sem ciência é cega", percebemos que essas duas frases sintetizam muito bem o cerne da questão.
“Ser SER humano é buscar fazer de si o seu maior milagre”. (O.C.I.D.E.M.N.T.E., 2002). Com essa frase, no mínimo, reveladora, ressalto que esse estudo insere-se em um esforço teórico de buscar, nos fundamentos da concepção de educação integral, elementos que possam responder à necessidade que aflora no cotidiano escolar brasileiro, de uma intencional e efetiva ação socialmente integradora, que ressalte que o ser humano é composto de múltiplas dimensões, fazendo uma síntese das suas abordagens como um novo paradigma de relevância para favorecer a formação integral dos seres humanos e, por fim, apontar a importância dessas abordagens e suas contribuições para o ensino formal considerando a carência de estudos dessa natureza, na área da educação.

A CONSCIÊNCIA E A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: PRESSUPOSTOS PARA A FORMAÇÃO INTEGRAL DO SER HUMANO
A raiz do nosso estudo assenta-se na afirmação de que a consciência e a inteligência emocional são pressupostos basilares para favorecer a formação e o desenvolvimento integral do ser humano, afinal, possibilitam aos docentes uma prática pedagógica mais consciente e formas de intervenção cada vez mais significativas e eficazes.
Por isso a necessidade de construção de uma educação voltada para a formação integral fundamentada no auto-conhecimento, porque ela constitui-se em um processo de contínua reconstrução e reorganização da experiência, por meio da reflexão e são justamente essas experiências "reflexivas" que a escola deve propiciar.
O que ainda observa-se é a fragmentação, que como já dissemos gera desequilíbrio, crise e o caos social que ora presenciamos. A crise está na própria raiz do pensamento científico ocidental (racionalismo/mecanicista/reducionista) que vê o mundo como uma grande máquina, e os princípios que alimentam suas engrenagens, segundo Toffler (1980, p. 59), são: especialização, concentração, centralização, maximização, sincronização e padronização. Este paradigma científico impregnou todo o modo de pensamento, a produção de conhecimento e permeou as regras sob as quais se constituiu a sociedade moderna.
O princípio da especialização levou à fragmentação, à departamentalização, ao modelo de fábrica. A concentração aparece na distribuição dos espaços comuns como as indústrias (em parques industriais), o comércio (centros comerciais), o estudo, o lazer, os deficientes, os superdotados. (CARDOSO, 1995) E sendo educado nesse contexto, o que o homem pode criar se não mais fragmentação?
Por isso, a necessidade de uma nova educação que forme o ser humano, enquanto sujeito, que aprende e que constrói-se permanentemente. Dessa interface, mediado pela ética e por valores morais, busca-se uma educação que encoraje um ambiente transformativo, crítico e formador de consciências, transformando o indivíduo em um ser humano transformador, libertador, criativo e belo.
Uma educação que promova as múltiplas potencialidades humanas, com base em pressupostos e princípios que compreendam a relação indivíduo/cosmos estando em constante permuta e transformação, colocando os seres humanos e, conseqüentemente os professores, a lidar com complexas questões do retorno ao universal, à totalidade, a uma nova abordagem em relação ao planeta Terra, à natureza, à comunidade humana, ao desenvolvimento econômico sustentável, à unidade das ciências, ao caráter interdisciplinar (transdisciplinar) da pesquisa e dos estudos recentes, à construção de um conhecimento que requer um tratamento integral, e que parece uma grande utopia para muitas pessoas hoje.
Nestas condições, falar de retorno à essencialidade e existencialidade do ser humano, de consciência da integralidade do Ser, espiritualidade cósmico-universal, consciência ecológica, desenvolvimento econômico sustentável, paz no mundo, em cada pessoa (paz interior), entre os povos (paz social), educação integral (integração do ser humano consigo e com o outro), parece uma utopia sem precedentes, discurso esotérico, fantasias de poetas ou de loucos. No entanto, de uma série de rupturas, de protestos contra um modelo de educação que tinha como imperativo básico a mera transmissão de informações, caracterizado por um racionalismo reducionista, surgiu o paradigma integral através de um diálogo profundo entre a ciência e outras formas de apreensão da realidade.
Para Capra (1988, p. 188) "a consciência ecológica profunda é a percepção intuitiva da unicidade de toda a vida, da interdependência de suas miríades de manifestações e de seus ciclos de mudança e transformação". Assim, desenvolver as potencialidades do ser humano, estimulando-o a aprender a aprender, buscar a sua integração total, unificando razão, sensação, sentimento e intuição (lado esquerdo e direito do cérebro), despertar uma consciência que transcenda ao eu individual para o eu transpessoal (espiritualidade cósmica: pessoal, comunitária, social, planetária), num compromisso ético de respeito à diversidade, de diálogo com as diferenças, buscando o consenso democrático, é o grande propósito da educação integral.
A consciência como pressuposto para a formação e o desenvolvimento integral do ser humano tem como finalidade última a de facultar aptidões ao ser humano, tais como o discernimento, que o possibilitem compreender, abordando, em si mesmo, a natureza real que reside em todas as coisas, inclusive, e principalmente, o valor significativo real das relações (...) “A Educação Integral fundamentada no estudo da consciência, por sua vez, inspira outra maneira de ver as coisas em ciência, filosofia e religião, na medida em que lida, ao mesmo tempo, com diversos níveis e as diversas dimensões do gênero humano”. (Barreto, 2005, p. 75)
Para Luckesi (1998, p. 13) a consciência não é abstração, algo intocável, mas sim aquilo que somos na totalidade do nosso ser, o que inclui, simultaneamente, as dimensões do corpo, da personalidade (emoção) e da espiritualidade.
De acordo com Wilber, (1977 p.39), precisamos dispor do conhecimento não-dual, direto ou íntimo da realidade, através do qual sujeito e objeto estão intimamente unidos em sua operação. “Se quisermos conhecer a realidade em sua plenitude e em sua totalidade, se quisermos deixar de esquivar-nos e de escapar de nós mesmos no próprio ato de tentar encontrar-nos (...) teremos de abrir mão do modo simbólico dualístico de conhecer”.
Parafraseando Luckesi (1998), ressaltamos o papel que a educação assume nesse processo que envolve um nível de conhecer não-dual. Segundo ele, a educação serve para criar condições, para que disciplinadamente, cada um de nós possa ter acesso a níveis, cada vez mais sutis, de consciência. Assim considerado, a educação parece ocupar um lugar muito especial, através da qual nós nos auto-organizamos, em nossas interações com as múltiplas dimensões da vida, tendo em vista manifestar o nosso Ser.
Nesse processo de manifestação do Ser é nossa tarefa livrarmo-nos dos condicionamentos e padrões que limitam o nosso despertar interior. De acordo com Thoenig (1991, p.28), “devemos ajustar os níveis de realidade, portanto, harmonizar a consciência humanizada com a consciência cósmica/ transpessoal”.
Para Wilber, a consciência da unidade, ou identidade suprema, é a natu-reza e a condição de todos os seres vivos, bem como de que essa consciência, originalmente pura e unitiva, funciona em níveis varia-dos, com identidades e limites diferentes, o mesmo ainda afirma que não basta saber que a consciência tem níveis diversos de percepção e realização, mas que também se chega a essas dimensões e níveis através da educação e da auto-educação. Assim se expressa:
Por essa época, houve uma virtual explosão de várias “cartografias da consciência”: a pesquisa de Grof com psicodélicos vinha sendo cada vez mais aceita como um trabalho legítimo e não como um produto de "alucinações com ácido"; o trabalho de Maslow sobre a hierarquia das necessidades estava sendo rapidamente entendido; Huston Smith (1976) apresentou um estudo definitivo demonstrando de uma vez por todas que o cerne das grandes religiões do mundo era uma hierarquia de consciência; e também havia Green e Green, Tiller, Goleman, Tart, Houston e Masters, Battista, Welwood, Metzner e meu próprio trabalho sobre o espectro – o ponto mais notável era que todas essas cartografias se mostravam essencialmente semelhantes.
Ele estabelece, dentre outras coisas, que o desenvolvimento humano, individualmente falando, vai do pré-pessoal, passando pelo pessoal, até o transpessoal, o que implica que parte da subconsciência para a autoconsciência e, desta, para a supraconsciência. Tudo isso ocorrendo dentro de um processo de transcendência e inclusão, ou seja, cada estágio superior alcançado no desenvolvimento supera o inferior, ao mesmo tempo em que o integra na estrutura atual, donde se conclui que o estágio mais elevado do desenvolvimento é resultado da superação e integração de todos os anteriores, então, para que o curso do desenvolvimento humano siga sua meta de forma linear, ele caminha do pré-pessoal, passando pelo pessoal, até alcançar o transpessoal.
O autor compreende, pois, a formação e o desenvolvimento humano como uma rede hieráquica, explicitando que cada linha passa por todos os estágios até alcançar o mais elevado, obedecendo a holarquia da Grande Cadeia do Ser na dinâmica da transcendência e inclusão dos níveis inferiores. Dentro do Grande Ninho do Ser não é possível dar saltos. A fim de progredir para níveis mais elevados, o ser humano deve ter como pré-requisito a passagem pelos níveis intermediários. Nessa perspectiva, o desenvolvimento segue:
[...] da matéria para o corpo, do corpo para a mente, da mente para a alma, e da alma para o espírito transcende e inclui as dimensões menores, de modo que os corpos vivos transcendem, mas incluem os minerais, as mentes transcendem, mas incluem os corpos vitais, as almas luminosas transcendem, mas incluem as mentes conceituais e o espírito radiante transcende e inclui absolutamente tudo (WILBER, 2000, p.22).
É exatamente a partir dessa concepção evolucionária do desenvolvimento humano que inclui o desenvolvimento em todos os níveis de forma transcendente e inclusiva, fazendo com que possamos vislumbrar a visão integral do ser humano, e, mais especificamente, a perspectiva de uma educação que inclua, da mesma forma, todos os níveis e dimensões.

CONCLUSÃO
Assim, diante do exposto, constata-se que a contribuição para a prática pedagógica dos docentes, advindas do estudo da consciência e da Inteligência emocional, está afeita a noção de que para contribuir com a formação e desenvolvimento dos estudantes é latente a necessidade de uma educação maior, que contemple de forma igualitária as múltiplas dimensões do ser humano. Nesse sentido, a educação é vista como elemento que pode desenvolver a potencialidade existente no ser humano, favorecendo a formação de indivíduos com moral, ética e estética elevados.
Fazendo-se necessário importar que o educando enquanto ser tri-uno, deve ter assegurada a atenção a sua multidimensionalidade. E como superar esse estigma que tradicionalmente ignora ou inobserva essa característica? Esse estudo propõe que a consciência seja vista como a chave, como o ingresso a uma nova concepção de educação, em que seu conceito e seu fundamento perpassem todos os âmbitos educacionais, em todas as disciplinas e transcendendo esses limites.
A abordagem integral em educação aparece em diversas pedagogias que propuseram, cada uma a seu modo, uma educação integral da pessoa, seu diferencial está na concepção de consciência ecológica profunda, que está no âmbito da ética e da espiritualidade.
Em educação, esse paradigma pressupõe integrar no homem o que foi fragmentado, ou seja, unificar razão, emoção, cognição, intuição, corpo, mente e espírito (intersubjetividade), tornando-se um modelo abrangente de ser-na, pensar-sobre e viver a realidade. Apesar da conotação espiritual na teoria integral, esta não está desvinculada do pensamento crítico e da ação social, apenas acrescenta a sabedoria como mediadora das ações práticas, onde o tributo à não-violência, seja simbólica ou física, é fundamental.
Por isso, a visão integral busca uma educação para a paz, considerando que paz nesta abordagem é sinônimo de ecologia profunda, e requer que superemos o modelo social e econômico vigente pela assunção de valores como o respeito à vida, cooperatividade social, harmonia com a natureza, eqüidade, compaixão, amor, alegria, sabedoria pessoal, cultura social fundada na verdade, na justiça, na beleza e na solidariedade. Não podemos ser apenas discurso, temos que incorporá-lo na prática sendo o próprio exemplo.
Concluindo, cabe dizer que o paradigma integral não é uma receita pronta e acabada ou a solução perfeita, ele traz em si respostas e interrogações, porém como é aberto e inconcluso, permite desconstruções/reconstruções permanentes, até porque não é uma verdade absoluta (ele próprio critica as verdades absolutas e aposta na impermanência), é apontado como um caminho a percorrer. É uma questão de opção.
Com essa exposição, criamos, para nosso entendimento, uma configuração, uma moldura para o encaminhamento de uma prática educativa integral. Ou seja, reconhecemos que o ser humano se desenvolve individual e coletivamente num processo dialético de interação entre essas duas perspectivas; ao se desenvolver, transita e toma posse de diversos níveis de consciência, que são níveis de percepção e vivências da realidade.
Essa compreensão permite que a educação, em geral, e o educador, em específico, possam dirigir sua ação com atenção aos aspectos que permitirão ao educando desenvolver-se de uma forma integral. É um modelo, que pode e, a nosso ver, deve orientar pais, mães, educadores em geral e educadores escolares em sua ação cotidiana.
Essa proposta defende também a construção de Núcleo de estudos avançados sobre a consciência, em nível de graduação, em Faculdades particulares e públicas. E como fruto primeiro, recentemente foi realizado um seminário interdisciplinar nas dependências do CEPPEV que culminou com um muni-curso nas Faculdades em que as autoras lecionam advindo das contribuições do seminário.

REFERÊNCIAS


ABBANGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia.Brasília :Editora UNB, 1999.

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AUTORAS:

Claudia Brunelli Rêgo - Secretária Executiva, Especialista em Gestão e Desenvolvimento de Seres Humanos, Mestranda em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social no Centro de Pós-Graduação e Pesquisa Visconde de Cairu- CEPPEV, Pesquisadora do Núcleo de Investigações Avançadas da Consciência- NIAC.

Viviane Almeida Andrade - Administradora, Especialista em Gestão e Desenvolvimento de Seres Humanos, Mestranda em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social no Centro de Pós-Graduação e Pesquisa Visconde de Cairu- CEPPEV, Pesquisadora do Núcleo de Investigações Avançadas da Consciência- NIAC e Docente da Faculdade Regional da Bahia –UNIRB e Universidade Salvador- UNIFACS.
Autor: Claudia Carla de Azevedo Brunelli Rêgo


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