A EMPRÊSA PÚBLICA, A CREDIBILIDADE E O DESPERDÍCIO



É comum aos brasileiros considerarem os recursos públicos como um dinheiro de ninguém, em saco sem fundo e essa visão está profundamente impregnada em nossa cultura e dizem ainda, esse dinheiro não tem dono, é do Governo, pode desviar e gastar a vontade. Os brasileiros, na sua maioria, com certeza, por falta de educação e cultura, não entendem que o Poder emana do povo e, em seu nome é exercido. Todo o dinheiro que o Governo arrecada e gasta , tem origem nos tributos recolhidos direta e indiretamente de todos os brasileiros.É um recurso sagrado que brota do trabalho suado de todos nós. Em razão disso, merece ser mais bem administrado do que as próprias rendas familiares. É um dinheiro da Nação que deve ser direcionado para o atendimento das nossas prioridades, tais como educação, saúde, transporte de massa e obras de infra-estrutura. Quando se fala em empresa pública, há uma consciência generalizada de desvios de recursos, de mau gerenciamento e de um cabide de empregos para todos os apadrinhados, sem nenhuma qualificação profissional. Essa triste realidade e conceito negativo, não mudaram ainda por ignorância, inércia ou conivência e aprovação dos governantes. Na realidade, por falta de uma severa e prévia fiscalização, a empresa pública, na sua maioria, merece a imagem que tem perante a comunidade. Querendo o Governo, é muito fácil mudar esse conceito, basta que se mire na eficiência dos Correios, da Receita Federal, da Polícia Federal e de outras empresas que estão dando certo. Para isso é necessário um quadro de pessoal efetivo, altamente qualificado e bem remunerado, para administrar a engrenagem burocrática e administrativa de cada órgão, inclusive os ministérios. Passa também, pela modernização do Estado, a manutenção de uma equipe de Auditores, do Quadro efetivo, com poderes de fiscalização prévia de todos os contratos e despesas a realizar. Completa ainda, para a fiscalização ideal dos recursos do erário, além de uma Ouvidoria, a transferência de todas as Contas de ativo e passivo, em resumo, a vida de qualquer ministério ou órgão público para INTERNET. Essa grande arma ajudaria aos governantes acompanhar o funcionamento da máquina estatal e dar aos brasileiros o poder de saber e verificar a correta aplicação dos recursos do Tesouro e com total TRANSPARENCIA. Ao Congresso Nacional, através de suas Comissões Permanentes, compete também, organizar uma estrutura para fiscalizar as Despesas do Estado. Tenho certeza de que bilhões de reais seriam economizados ou recuperados e transferidos anualmente para atendimentos de áreas prioritárias do Governo. Acredito que a sociedade não ficará passiva. Na onda da moralização necessária e urgente, uma Emenda Constitucional, poderá exigir que todas as Contas do Legislativo, do Executivo e do Judiciário sejam obrigatoriamente transcritas na INTERNET, a grande arma aliada na blindagem contra a corrupção. Afinal, estamos no século XXI e na era da cibernética. Solução para a corrupção tem, falta vontade política. É cidadania, é moralização, é democracia.
Autor: João da Rocha Ribeiro Dias


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