A biodiversidade brasileira



Autores: Marçal Rogério Rizzo e Tatiane Lima de Souza

Quando o Brasil é citado “lá fora”, logo os estrangeiros lembram-se do futebol, do carnaval e da Amazônia. Já se for falar em Amazônia, lembram-se das matas, dos animais, dos rios, dos peixes e, claro, da biodiversidade. Para os estudiosos, essa é a maior riqueza do Brasil. Lembramos que a Floresta Amazônica é, hoje, responsável pela maior riqueza natural do mundo, com 5,5 milhões de metros quadrados, possuindo um terço de toda a espécie viva no planeta.

No entanto, a exploração sustentável dessa riqueza não vem ocorrendo. O Governo Federal deixa muito a desejar nessa área.

Não há uma política voltada para a pesquisa e para o desenvolvimento dessa região, conforme ela merecia. O Brasil é um país que sempre sofreu e sofre com a exploração indevida, impensada e insustentável.

Os portugueses, no período do Brasil Colônia, devastavam quilômetros e quilômetros de matas e implantavam o que era conveniente no momento. Depois, no período do Brasil República tivemos governos que defendiam interesses da elite dominante. A preservação dos recursos naturais nunca foram foco dos governantes.

Os especialistas de plantão estão preocupados com tamanha exploração irregular. Hoje em dia, o mercado internacional tem aumentado sua procura pela biodiversidade brasileira, querendo pesquisar e encontrar plantas que possam, principalmente, combater doenças.

No entanto, a visão do governo é otimista e, para expor isso, utilizamos o artigo da Ministra Marina Silva (Uma conferência pela vida), publicado na Folha de São Paulo em fevereiro de 2006, em que apresenta um cenário positivo para a Amazônia. “Considerando a conservação da biodiversidade, os dados são animadores. De 2003 para cá, foram criados 15 milhões de hectares em unidades de conservação, somente na Amazônia. Isso corresponde a mais de 50% do total de toda a história brasileira. Em outros biomas, como a Mata Atlântica, o cerrado, o Pantanal e a caatinga, foram criados cerca de 700 mil hectares de áreas protegidas. E não foi de maneira aleatória. Na Amazônia, por exemplo, seguiu-se o propósito de proteger áreas sensíveis, estancar o avanço do arco do desmatamento, especialmente, ao sul deste bioma e apaziguar áreas de conflito”.

Já o texto de Luiz Silva, encontrado no site biodiversidade, traz um alerta para essa região em relação à biodiversidade. O autor lembra que os biólogos e defensores do meio ambiente tentam reverter o atentado humano contra a natureza, mas será que vão conseguir? “O Brasil perde cerca de 300 bilhões de dólares por ano, com a destruição da Amazônia, que está com seus dias contados. Num ritmo acelerado de desmatamentos e queimadas, graças às irresponsabilidade, ganância e incompetência dos governos”.

O mesmo autor cita que, se continuar esse modelo indevido de exploração “em menos de 10 anos, todas as plantas medicinais existentes estarão extintas, restando apenas um deserto vazio (...) desta forma o homem conseguirá arrancar do planeta, nosso maior e o último tesouro já que, em 500 anos em nosso país, em todos os seus governos, prevaleceu a incoerência (...)”.

Luis Silva cita que, “apenas 1 hectare da floresta pode trazer até 300 tipos de árvore. A floresta temperada dos Estados Unidos possui 13% do número de espécies de árvores da Amazônia. A Floresta Amazônica é considerada a grande ‘caixa-preta’ da biodiversidade mundial. Há estimativas que indicam existir mais de 10 milhões de espécies vivas em toda a floresta, mas o número real é incalculável”.

Nossa posição em relação ao tema abordado no artigo é que a ação humana no planeta tem atingido todos os seres vivos existentes. Até mesmo o clima vem sofrendo mudanças bruscas não tendo mais as estações do ano bem definidas como era antigamente. Temos que criar uma posição política e técnica, para defender a vida natural e biológica do planeta, pois a ganância econômica dos homens vem colocando em risco a existência de vários biomas naturais que possuem uma grande diversidade de espécies de plantas e animais que, se preservados, podem ser úteis para a produção de medicamentos e garantir a sobrevivência do próprio homem. Em suma, o que não podemos é deixar a natureza ser explorada da forma como esta!

Marçal Rogério Rizzo: Economista, professor universitário e doutorando em Dinâmica e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP de Presidente Prudente - SP).

Tatiane Lima de Souza: Acadêmica do 2º. Semestre do Curso de Sistemas de Informação do Centro Universitário Toledo – UniToledo.
Autor: Marçal Rogério Rizzo


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