POLÍTICA E EDUCAÇÃO



POLÍTICA E EDUCAÇÃO


O público alvodocentes formados ou em formação, insistindo que formar um (a) aluno (a) é muito mais que treinar e depositar conhecimentos simplesmenteprincipalmente na área de educação. E que, para formação, necessitamos de ética e coerência. Complementa que as mesmas precisam estar vivas e presentes em nossa prática educativa (sendo esta nossa responsabilidade como agentes pedagógicos).


Ressalto a necessidade de uma reflexão crítica sobre a prática educativa. Sem essa reflexão, a teoria pode ir virando apenas discurso; e a prática, ativismo e reprodução alienada. Nos adverte para que não sejamos demasiado convictos de nossas certezas e que todo novo conhecimento pode superar o já existente, sendo necessário ao professor (a) sempre exercer o hábito da pesquisa (capacitação profissional e promoção social para evitar tornar-se obsoleto), para poder saber o que ainda não sabe e comunicar as novidades aos alunos (as), fazendo que a curiosidade dos mesmos transite da ingenuidade do senso comum à “curiosidade epistemológica, carregada de criticidade. O ato de ensinar deve exigir o desenvolvimento deste senso crítico no aluno”.

Para chegar ao conhecimento, educadores e educandos precisa de estímulos que despertem a curiosidade e consequentemente a busca. Mas a curiosidade de um não pode inibir a do outro, devem ser complementares. E, com isso, vão se criando saberes provisórios como uma "bola de neve". O educador, além de obter conteúdos programáticos para desenvolver de suas aulas, deve buscar didáticas que cansem e instiguem seus ouvintes, mas este cansaço deve ser ocasionado pela tentativa de acompanhar o raciocínio e não pelo desinteresse de conteúdo.
Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível, pois a história deve ser vista como uma possibilidade e não uma determinação. Para mudarmos, devemos ser esperançosos, ou seja, ter esperança de que podemos ensinar e produzir junto com os nossos alunos para resistir aos obstáculos a nossa alegria. Mas para cobrar e lutar ideologicamente por mudanças e respeito profissional, o educador não pode ver a prática educativa como algo sem importância.

Paulo Freire mostra a necessidade da responsabilidade, do conhecimento e da generosidade do educador para que tenha competência, autoridade e liberdade. Defende a necessidade de exercermos nossa autoridade docente com a segurança fundada na competência profissional, aliada à generosidade. Ensinar exige comprometimento, sendo necessário que nos aproximemos cada vez mais de nossos discursos de nossas ações. Para ele, a Pedagogia deve estar centrada em experiências estimuladoras da decisão, da responsabilidade, ou seja, em experiências respeitosas da liberdade. Liberdade e autoridade em que a liberdade deve ser vivida em plenitude com a autoridade.
Na educação, que aquilo que o autor chama de “politicidade da educação”, traz a política como algo inerente à própria natureza pedagógica, como algo oposto à neutralidade frente aos acontecimentos da escola, da sociedade, da vida, do qual a educação também faz parte, pois ele nos ameaça de anestesiar nossa mente, de confundir nossa curiosidade, de distorcer a percepção dos fatos, das coisas, dos acontecimentos.
O educador como ser político, emotivo, pensante não pode ter atitudes neutras, deve sempre mostrar o que pensa, apontando diferentes caminhos sem conclusões, para que o educando procure o qual acredita, com suas explicações, se responsabilizando pelas conseqüências e construindo assim sua formação.





Valdivino Alves de Sousa

Contabilista, Pedagogo, e Mestre em Ciências da Religião
Autor: Valdivino Alves de Sousa


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