Tratamentos alternativos: conhecimentos que não podem se perder!



Autores: Marçal Rogério Rizzo* e Juliene Linares**

Quem nunca buscou algum tratamento alternativo para curar alguma doença? Acreditamos que todo mundo acaba buscando um “remedinho” ou algo diferente dos medicamentos químicos tradicionais para a sua cura. Às vezes, até, um belo chá de alguma planta do quintal de casa contribui para a cura. Mas, infelizmente, o Brasil não leva esse conhecimento popular tão a sério como deveria.

Este texto vem para ressaltar a importância de incorporarmos a medicina alternativa ao nosso cotidiano médico. Utilizamos como apoio para a elaboração desse texto, o artigo de Ottaviano de Fiori que foi publicado no Jornal de São Paulo (edição de 01 de junho de 2006 – intitulado: Enfim, uma iniciativa esclarecida).

Fiori destacou que o Ministério da Saúde irá incluir alguns tratamentos alternativos no Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, o Brasil já está atrasado em relação a vários países no que diz respeito à medicina alternativa. Um exemplo disso é a China, que optou por ensinar, nas próprias faculdades de medicina, técnicas da medicina tradicional.

Entretanto, além do espírito cientificista das nossas faculdades, que dá maior ênfase à matéria e esquece o espírito, há, ainda, o interesse das grandes multinacionais farmacêuticas, que se importam somente com o lucro e com os resultados de suas ações nas Bolsas de Valores de todo o mundo.

O autor cita que os tratamentos alternativos são artesanais e vêm de uma imensa pesquisa realizada ao longo da história da humanidade pelos xamãs e curadores de todos os povos. Há uma corrente que defende que essas terapias deveriam ser inclusas na lista do SUS e introduzidas no currículo das nossas universidades, pois custa muito pouco para formar um curador alternativo e livrar-nos das superstições científicas.

Ressalta, também, que a profissão de médico deveria ser equiparada definitivamente à de curador alternativo e, assim, difundir, na mídia e nas salas de aula, a visão de mundo que está permitindo a universalização do humanismo terapêutico, como, por exemplo, os florais de Bach, a cura pelas mãos, as pajelanças dos povos da floresta, dentre outros. “Temos vergonha do que dirão os gringos? [...] Chega de querermos parecer ‘ocidentais’ e ‘civilizados’. Melhor sermos autênticos e nacionais, como os chineses e alguns governos africanos, que não se pejam em descartar a medicina das multinacionais e recuperar a sabedoria de seus antepassados”.

Fiori lembra, ainda, que devemos nos conformar com apenas a ampliação feita pelo Conselho Nacional de Saúde, do “[...] mercado de homeopatia, da acupuntura, do turismo termal e das fitoterapias, em cuja pesquisa tanto têm contribuído antropólogos, arquitetos, pais de santo, populares e feirantes de ervas”.

Devemos destacar um exemplo pouco divulgado, mas bem sucedido de medicina alternativa no Brasil que é o Hospital de Medicina Alternativa (HMA). Esse hospital está localizado em Goiânia (GO) e desde março de 1987 há o atendimento ambulatorial e tem como missão: “Contribuir para o bem estar físico e mental da população do Estado de Goiás, utilizando-se das diversas formas de terapias alternativas, através da validação, do cultivo, da manipulação de plantas medicinais e da distribuição dos medicamentos processados à mesma, bem como estabelecer parcerias com entidades afins que possibilitem a realização de pesquisas científicas e capacitação de profissionais da área”.

Outras iniciativas como o HMA poderiam existir no Brasil. Os governos federal e estaduais deveriam investir mais nessa área para podermos ter uma medicina alternativa bem desenvolvida e, assim, ter uma população mais sadia.

A sabedoria popular, que vem sendo tão desprezada tem seu valor. A ignorância, os interesses econômicos e o preconceito ainda prevalecem. Não podemos deixar que a “ciência” das multinacionais tome conta do que, em muitos casos, ela não se faz necessária, podendo ser utilizadas terapias alternativas, mais naturais, mais baratas e eficazes.

Encerramos este artigo pensando que o ciclo da vida vem nos mostrando que grande parte do nosso “saber” é passado de geração para geração e é isso que tem permitido a evolução. Devemos aprender com os mais velhos para não cometer os mesmos erros e buscar novos conhecimentos.

*Marçal Rogério Rizzo: Economista, Professor Universitário do Centro Universitário Toledo de Araçatuba (SP) – UniToledo.

**Juliene Linares: Acadêmica do 2º. Semestre do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Toledo de Araçatuba (SP) – UniToledo.
Autor: Marçal Rogério Rizzo


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