CADA UM DE NÓS PODE FAZER A DIFERENÇA



Bia Lopes


Sim, cada um de nós pode fazer a diferença, basta querer. É simples. Você pode dizer um “sim” mal-educado, desinteressado ou um “não” com educação e demonstrar estar lamentando este não, certamente você pode sempre fazer um pouco mais pelo outro que está a sua frente, precisando de você...
Li uma história de uma jovem mãe com um filho pequeno que estava lutando contra um câncer. Muitas lágrimas esta mãe derramou, e a cada dia mais perto estava o fim, para seu filho. Um dia ela perguntou ao pequeno o que ele gostaria de ser quando ficasse adulto.
--Bombeiro, respondeu prontamente o menino. A mãe ficou em silêncio, pensando. Mais tarde foi até a sede do corpo de bombeiros perguntar se o menino poderia fazer uma visita, conhecer e ver o carro de bombeiros de perto. O comandante comovido, ao saber a história do menino não só autorizou a visita como quis saber a medida (tamanho da roupa) que o menino vestia, mandou fazer um uniforme completo, igualzinho ao dos bombeiros e, no dia combinado foi com o carro, sirene ligada, buscar o pequeno para passar o dia, trabalhando com eles. Os olhos do garotinho brilhavam de alegria...neste dia houve um principio de incêndio, um resgate e vários atendimentos devido a ocorrências de acidentes. À noite, cansado e feliz contou as peripécias para a mãe.
Os dias foram passando e a saúde do menino foi piorando, se agravando mais e mais, até que um dia o médico avisou a mãe que era o último dia de sua vida. No hospital a enfermeira recordou do “dia de bombeiro” e ligou avisando sobre a gravidade do estado do garoto para algum dos bombeiros vir se despedir do amiguinho.
Os bombeiros pediram à mãe que abrisse a janela do quarto para que o menino visse eles chegando, sirenes ligadas, escada “magirus” e todo o aparato dos bombeiros, que, pela escada entraram no quarto e prestaram a última homenagem, nomeando-o “ Bombeiro Honorário”. O menino perguntou:
__Então eu sou um bombeiro de verdade? Sorriu e morreu.

Bem diferente da história da Karol...

O último desejo da pequena Karoline

Dia 19 de abril, seria o dia de seu aniversário, pediu aos pais que a festinha de seus 10 anos fosse em Rondonópolis junto de seus priminhos, tios e amigos.
Os primos e amigos passaram a manhã e parte da tarde enfeitando o centro comunitário para festejar Karol, que estava vindo de Cuiabá. No coração de cada um muita tristeza, apesar da atividade festiva e muita “torcida” pela amiguinha...
À tardinha a pequena chegou na festa, entrou olhando e sorrindo para todos que ali esperavam para festejar seus 10 aninhos.
Fez questão de,após ouvir os “parabéns à você” e soprar as velinhas ,cortar o bolo para todos.
Depois da festa deitou-se para descansar e começou a morrer, quase em silêncio. Os pais e tios,desesperados correm para o hospital mais próximo onde Karol recebe atendimento. Está morrendo, quer ver o pai e o irmão a mãe corre para chamá-los na sala de espera, quando escuta a funcionária chamar o guarda para ver “este pessoal que parece baratas ou ratos entrando pelo hospital”.
O pai e o irmão entram para ver a criança que agoniza e morre neste instante. Depois disto a jovem mãe vai até a sala onde funcionários conversam e riem e dá um tapa na funcionária.Apenas um tapa. Esta mãe, maltratada no momento da dor maior, da perda da pequena filha, que lutou com unhas e dentes como uma leoa para defender a filha do terrível câncer que dia após dia foi minando as forças daquele corpinho frágil teve ainda que passar pela humilhação de ser levada para a delegacia dar depoimento! E só foi liberada após desmaiar duas vezes, para só então ir até a funerária acompanhar os preparativos para o velório da pequena Karol...
Parece que alguma coisa está profundamente errada. Muito errada. Esta funcionária nunca ouviu dizer que devemos ser humanos, nos colocar no lugar da pessoa que está a nossa frente (empatia), especialmente quem trabalha na área de saúde? Ela, antes de exigir respeito deveria aprender a respeitar, ainda mais neste caso, a dor desta mãe, desta família.
A Lei, que foi criada para proteger o funcionário publico está, neste caso, sendo mal utilizada, protegendo esta “funcionária”...
Karoline, Deus emprestou você durante estes 10 anos para que pudéssemos amá-la e para você nos mostrar sua força e alegria até o fim!

Bia Lopes,funcionária publica,envergonhada.
Autor: Beatriz Antonieta Lopes


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