Índia: uma breve análise de sua economia e de seus costumes



Autores: Marçal Rogério Rizzo* e Ana Caroline Lemes Rodrigues**

Quem vê a pujança econômica da Índia não imagina que somente em 1947 ocorreu sua independência. Era somente reconhecida pelos seus costumes, pela pobreza e pelo baixo crescimento. Agora, vemos que surgiu com um novo formato de alta tecnologia, desenvolvimento e já é reconhecida pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

País com mais de 1,1 bilhão de habitantes tem como língua oficial o hindi, mas a mais utilizada é o inglês, que é uma das heranças deixadas pelos britânicos. Sua capital é a Nova Délhi. Pesquisadores dizem que a Índia até 2050 ao lado de Brasil, Rússia e China se tornará uma das maiores forças econômicas.

É notado que a Índia vem crescendo a cada dia. No último informe Comércio Exterior elaborado pelo Banco do Brasil (edição no. 65), há uma matéria especial sobre a Índia que prevê grandes taxas de crescimento. De acordo com o economista Manmohan Singh (atual primeiro-ministro), até 2008 o PIB chegará a 8% ao ano, podendo, em 2009, chegar a 10%. Nesse ritmo, a Índia será a terceira economia mundial em 2040. A Índia somente perde para a poderosa China. Por ser um mercado disponível e tendo mão-de-obra barata, há várias empresas interessadas em ingressar no território indiano.

O mesmo informe faz referência à revista The Economist, que cita áreas que tiveram o maior crescimento, entre elas está a de tecnologia.

Mas como tudo que tem seu lado positivo também tem seu lado negativo e neste caso, a Índia possui problemas na infra-estrutura (tanto nos transportes como nas hospedagens). A questão da legislação trabalhista também necessita de uma mudança.

Seu maior símbolo atual é a grande aderência com a área tecnológica devido à maioria da população ser dedicada aos estudos e ao trabalho. Hoje, o bom desempenho das indústrias de informáticas tem tornado a Índia na maior exportadora de software. Fazendo uma breve comparação: enquanto no Brasil são formados cerca de 36 mil engenheiros, na Índia, a cada ano, 300 mil engenheiros. A Índia tem combatido a corrupção estatal e lutado para reduzir a carga tributária.

Seus principais produtos exportados são: artesanatos, eletrônicos, pedras preciosas e jóias. Os principais parceiros de exportação a União Européia e China.

Para encerrar este artigo, vamos deixar alguns costumes do povo indiano que vale a pena saber para não inviabilizar o fechamento de um contrato. Um dos fatores indispensáveis é saber o inglês, pois, o estrangeiro será bem recebido, quando citar alguma referência em inglês (tapinha nas costas significa demonstração de amizade).

Porém, nunca encoste em uma mulher, nem ao menos estenda a mão para ela, espere que esta responda com o balançar da cabeça. As reuniões devem ser marcadas com antecedência e seja sempre pontual. Como na Índia eles são voltados para a religião, não é permitido tocar, em hipótese alguma, em uma vaca, pois estas são consideradas sagradas e, por fim, sempre é bom citar algumas cidades, porém, evitando falar os nomes dados pelos colonizadores como, por exemplo, Mumbai (ex-Bombai) e Chennai (ex-Madras). Resta aos empresários brasileiros descobrirem que Brasil e Índia tem muitas coisas em comum e ao governo seguir o exemplo e investir em educação e desenvolvimento de novas tecnologias.

*Marçal Rogério Rizzo: Economista, professor universitário, especialista em Economia do Trabalho pela Unicamp, especialista em Gerenciamento de Micro e Pequenas Empresas pela Universidade Federal de Lavras, mestre em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Unicamp e doutorando em Dinâmica e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP de Presidente Prudente - SP).

**Ana Caroline Lemes Rodrigues: Acadêmica do 2º. Semestre do Curso de Ciências Contábeis do Centro Universitário Toledo – UniToledo.
Autor: Marçal Rogério Rizzo


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