Um mundo melhor é possível



Sabemos que nas últimas décadas, vêm se intensificando as preocupações relacionadas às questões ambientais e, juntamente com isso, as iniciativas de variados setores da sociedade para o desenvolvimento de atividades e projetos no intuito de educar as comunidades, procurando sensibilizá-las e mobilizá-las para a modificação de atitudes e apropriação de posturas que sejam benéficas ao seu equilíbrio.
É válido ressaltar que as idéias ligadas à temática ambiental não surgiram de um dia para outro. Numerosos fatores contribuíram para que esse tema repercutisse em grande expansão como vem acontecendo, entre eles estão a poluição dos rios, a má qualidade do ar nas grandes cidades, desmatamentos, queimadas, desaparecimento de espécies animais e vegetais, alterações climáticas, enfim, a perda crescente da qualidade de vida do homem e de todos os seres vivos.
Tendo em vista esses aspectos citados anteriormente é necessário ter consciência de que a presença, em todas as práticas educativas, de reflexão sobre as relações dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes é condição imprescindível para que a Educação Ambiental ocorra e dentro desse contexto, sobressaem-se as escolas, como sendo espaços privilegiados na inserção de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em projetos e em processos de participação que levem à auto-confiança, à atitudes positivas e ao comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo interdisciplinar.
O desenvolvimento de um processo de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que transcendam o ambiente educacional, atingindo tanto o bairro no qual a escola está inserida como comunidades mais afastadas nas quais residam alunos, professores e funcionários que são potenciais multiplicadores de informações e atividades relacionadas à Educação Ambiental oferecida na escola e ainda podemos afirmar que o estreitamento das relações intra e extra-escolar é bastante útil na conservação do ambiente, principalmente o ambiente da escola e ainda sugere-se, entre outras propostas, que os trabalhos relacionados à Educação Ambiental na escola devem ter, como objetivos, a sensibilização e a conscientização; a busca de uma mudança comportamental, a formação de um cidadão mais atuante, a criação de condições para que a Educação Ambiental seja um processo contínuo e permanente, através de ações interdisciplinares; a integração entre escola e comunidade, objetivando a proteção ambiental.
Porém, em contrapartida, sabemos que implementar a Educação Ambiental nas escolas tem se mostrado uma tarefa exaustiva, pois existem grandes dificuldades nas atividades de sensibilização e formação, na implantação de atividades e projetos e, principalmente, na manutenção e continuidade dos já existentes. Fatores como o tamanho da escola, número de alunos e de professores, vontade da diretoria de realmente inserir um projeto ambiental que vá alterar a rotina na escola, entre outros, podem servir como obstáculos à implementação da Educação Ambiental.
Diante de tantas “pistas” para uma inserção efetiva da Educação Ambiental nas escolas, evidentemente, temos que optar por um processo de implementação que seja fundamentado pela cooperação, participação e geração de autonomia dos personagens envolvidos. Projetos impostos por pequenos grupos ou atividades isoladas não são capazes de produzir a mudança de mentalidade necessária para que a atitude de reduzir o consumo, reutilizar e reciclar resíduos sólidos se estabeleça e transcenda para além do ambiente escolar. Portanto deve-se buscar alternativas que promovam uma contínua reflexão que culmine em uma mudança de mentalidade, pois apenas dessa forma, conseguiremos implantar, em nossas escolas a verdadeira Educação Ambiental com atividades e projetos que serão frutos da ânsia de toda a comunidade escolar em construir um futuro com o qual possamos viver em um ambiente equilibrado, em harmonia com o meio, com os outros seres vivos e com nossos semelhantes.
Autor: Maíra Damian Pivetta


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