Comunicação via satélite



FUNDAÇÃO MINEIRA DE EDUCAÇÃO E CULTURA

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA
ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES

Disciplina: Ondas e Linhas – Professor: Dr. Ricardo Ramos





COMUNICAÇÃO VIA SATÉLITE



Por



André Braz Pereira






Belo Horizonte, 2005

Índice
1- Objetivo-----------------------------------------------------------------03

2- Introdução---------------------------------------------------------------03

3- Breve cronologia dos satélites-----------------------------------------04

4- Categorias de satélites-------------------------------------------------05
4.1. Satélites de baixa órbita (LEO) e de média órbita MEO)...........06
4.2 Geo-estacionários...............................................................07
4.3. Um comparativo entre satélites de órbitas LEO, MEO e GEO.....08

5- Freqüência de Operação------------------------------------------------09

6- Finalidades --------------------------------------------------------------10
6.1.Satélites para Serviços Meteorológicos .............10
6.2.Satélites para serviços de Radiodeterminação .............11
6.3.Satélites para serviços de broadcasting .............11
6.4.Satélites para serviços móveis .............11
6.5.Satélites para serviços fixos .............11
6.6.Satélites para serviços militares .............12
6.7.Satélites para serviços científicos..........................................12

7- Arquitetura de comunicações móveis por satélite---------------------13

7.1.Visão Geral de uma Chamada Telefônica.................................14

8- Métodos de Acesso------------------------------------------------------15
8.1.TDMA.................................................................................15
8.2.FDMA.................................................................................15
8.3.CDMA.................................................................................16

9- Comunicação entre satélites-------------------------------------------17
9.1.Arquitetura SOS..................................................................18
9.2.Problemas na comunicação por satélites.................................20

10- Vantagens e Limitações-----------------------------------------------20
10.1.Desvantagens..,.................................................................20
10.2.Vantagens.........................................................................21

11- Conclusão--------------------------------------------------------------22

12- Referências Bibliográficas---------------------------------------------23


1-Objetivo




Este trabalho destinar-se apresentação das Comunicações via Satélite.
Estamos apresentando os tipos, os modelos, os satélites que estão em órbita, as características, as vantagens e desvantagens deste sistema.






2-Introdução


A idéia dos satélites para telecomunicações, apareceu depois da segunda guerra mundial através do oficial de radar Arthur C. Clarke, conhecido por seus livros de ficção científica. A idéia que propunha no seu artigo enviado à revista Wireless World era a colocação em órbita de três repetidores separados de 120o sob a linha do equador a 36000 km de altitude (satélite Geoestacionários). Estes repetidores tinham função de realizar a comunicação de rádio e televisão a toda parte do globo terrestre. Apesar de Clarke ter formalizado a idéia, Newton já havia propostos em seu livro ‘Philosophie naturalis principia de um canhão. [13]
Devido à falta de tecnologia e materiais para o lançamento de tais equipamentos no espaço (através de foguetes espaciais), o exército americano fez os primeiros experimentos de propagação de radiocomunicações entre 1951 e 1955 utilizando a lua, um satélite natural, como refletor passivo. Os experimentos não obtiveram muito sucesso por causa da grande distância existente entre a terra e a lua e a falta de tecnologia e material para trabalhar com sinais de baixíssima amplitude e SNR. A reflexão lunar é ainda utilizada somente para serviços de radioamadorismo.
O primeiro satélite lançado no espaço, o Sputnik 1 (lançado pelos Soviéticos), realizou a primeira experiência de transmissão e recepção de sinais no espaço. O Sputnik 1 simplesmente enviava para Terra sinais nas freqüências de 20 e 40 MHz, o que mostrava a possibilidade de uma comunicação a uma distância muito longa.
Apesar dos soviéticos terem sido os primeiros lançadores do satélite espacial, a história destinou a voz do Presidente Eisenhower o lugar da primeira voz a ser retransmitida do espaço. A voz continha mensagens de feliz natal e foi transmitida de um gravador contido em um foguete. Dizem os historiadores que a opinião pessoal de Eisenhower era que o espaço teria pouca utilidade prática. Este gravador podia armazenar mensagens para retransmiti-las mais tarde, dando origem aos chamados satélites de retransmissão diferida.


3-Breve cronologia dos satélites


1957- Lançamento do SPUTNIK 1 (1º satélite a ser lançado)
1960- Lançamento do ECHO 1
1964- formou-se o INTELSAT
1965-COMSAT's EARLY BIRD (1º satélite comercial em órbita)
1976 MARISAT (Três satélites para comunicação marítima)
1977 formaram-se o EUTELSAT
1979 formaram-se Inmarsat
1979 O primeiro lançamento de Ariane
1996 Iridium começa lançamento dos seus 66 satélites.
1999 Iridium terminou
Atualmente, os satélites são meios de comunicação extremamente importantes. Por eles passam cerca de 33% das chamadas telefônicas internacionais, bem como a maior parte das transmissões televisivas internacionais.































4-Categoria dos satélites


Existem três tipos de satélites que se encontram em três órbitas distintas:



LEO (LowEarthOrbit): Aproximadamente 500-1500 km

MEO (MediumEarthOrbit) : ): Aproximadamente 6000-15000 km

HEO (HighEarthOrbit): a partir de 20000 km (onde se inclui GEO: (Geostationaryorbit) Aproximadamente 36000 km)









4.1. Satélites de baixa órbita (LEO) e de média órbita (MEO)

Órbitas LEO são aquelas em que os satélites viajam a uma altitude entre 500 e 3000 km, aproximadamente. Nas órbitas MEO os satélites estão viajando entre 13000 e 20000 km de altitude. Como estas órbitas estão próximas à Terra, o satélite tem de viajar a uma velocidade angular maior que a do planeta, pois caso contrário, a força de gravidade o puxará para o solo, destruindo-o.
Os satélites LEO´S são normalmente divididos em duas categorias: “BIG LEO´S” e “SMALL LEO´S”. A diferença entre eles é que os BIG LEO´S utilizam a faixa de freqüência acima de 1GHz e os SMALL LEO´S abaixo de 1GHz.
A velocidade média de um satélite LEO está em torno de 25000km/h, fazendo uma volta completa em torno da Terra em cerca de 90 a 100 minutos. As órbitas podem ser tanto circulares como elípticas, dependendo da necessidade do projeto a ser executado, pois as órbitas elípticas fazem com que o satélite passe mais tempo sobre uma determinada região, facilitando e ampliando o tempo de comunicação entre o satélite e a estação terrestre.
Os satélites de comunicação utilizam estas órbitas, pois elas estão mais próximas à Terra, fazendo com que os equipamentos utilizados possam ser menores, até portáteis, já que necessitam de pouca potência para transmissão.













4.2 Geo-estacionários.



São assim denominados por serem colocadas em uma órbita sobre o equador de tal forma que o satélite tenha um período de rotação igual ao do nosso planeta Terra, ou seja, 24 horas. Com isso a velocidade angular de rotação do satélite se iguala à da Terra e tudo se passa como se o satélite estivesse parado no espaço em relação a um observador na Terra.

Para que um satélite entre em órbita é necessário que atinja uma velocidade de pelo menos 28.800 Km/h. Com essa velocidade, se posicionarmos o satélite a 36.000 km de altitude, acima do equador, ele ficará numa órbita geoestacionária.

A União Internacional de Telecomunicações (UIT) dividiu o espaço Geoestacionários em 180 posições orbitais, cada uma separada da outra de um ângulo de 2°. O Brasil pleiteou 19 posições orbitais junto à UIT. Destas, atualmente sete se encontram designadas para uso dos operadores brasileiros (Star One, Loral e Hispasat).

O satélite, do ponto de vista de transmissão é uma simples estação repetidora dos sinais recebidos da Terra que são detectados, deslocados em freqüência, amplificados e retransmitidos de volta a Terra. Um satélite típico é composto de uma parte comum (“bus”) onde se encontram as baterias, painéis solares, circuitos de telemetria e a parte de propulsão. Além do “bus” temos a carga útil (“payload”) composta essencialmente dos circuitos repetidores, denominados “transponders”.



4.3. Uma visão comparativa entre satélites de órbitas LEO, MEO e GEO
Os satélites que operam em uma órbita Geo-estacionária necessitam de foguetes lançadores mais complexos, devido a sua altitude elevada, o que provoca um custo de lançamento mais elevado do que os lançamentos dos satélites de tecnologia (MEO e LEO). Este custo chega a ser 4 vezes mais caro que o próprio satélite.
Esta operação de lançamento, a cerca de 10 anos atrás, era uma operação arriscada, pois havia uma quantidade razoável explosões e insucessos. Hoje, a cada ano que passa a confiabilidade nos veículos lançadores vem aumentando muito.
Os Satélites GEO possuem uma vantagem de abranger uma área de cobertura muito maior do que as dos satélites LEO e MEO. Em contra partida, a elevada altitude provoca um retardo de aproximadamente 0,5 s no sinal. Este retardo provoca problemas mais complexos em protocolos de verificação e correção de erro de dados, onde a todo instante uma sistema de transmissor interrompe a comunicação de dados para aguardar a resposta do sistema receptor de que há erro do dado enviado. Só então o dado é retransmitindo. Esta interação entre os dois sistemas (Tx e Rx) seria normalmente instantânea se eles não tivessem que aguardar 0,5 s por uma confirmação de erro.
Por este motivo os protocolos de comunicação de sistemas via satélites GEO, são diferentes dos outros sistemas de telecomunicações, tornando viável a tecnologia.

5-Freqüência de Operação

As freqüências mais utilizadas para comunicação via satélite são as da banda C e banda Ku, conforme a tabela abaixo.

- Banda C Banda Ku
Freqüência de uplink (estação terrena para satélite) 5,850 a 6,425 GHz 14,0 a 14,5 GHz

Freqüência de downlink (satélite para estação terrena) 3,625 a 4,200 GHz 11,7 a 12,2 GHz

Um transponder em banda C tem, tipicamente, 36MHz de largura de banda, enquanto que os de banda Ku têm tipicamente 27MHz.

Internacionalmente, a banda mais popular é a banda Ku, pois permite cursar tráfego com antenas menores que as de banda C, devido ao fato das suas freqüências serem mais altas.
Entretanto, devido ao mesmo fato, a transmissão em banda Ku é mais suscetível a interrupções causadas pela chuva. Dessa forma a banda C é mais popular em países tropicais.
No Brasil durante muito tempo só se utilizou à banda C. Mais recentemente, a banda Ku vem recebendo maior aceitação.
As aplicações onde às comunicações via satélite são mais indicadas são aquelas em que:Deseja-se espalhar a mesma informação, no link de descida, por uma região geográfica muito extensa como, por exemplo, para a TV e a Internet. Deseja-se atingir localidades remotas como, por exemplo, campos de mineração, madeireiras, propriedades rurais e suburbanas e postas em rodovias. Deseja-se que o tempo de implantação seja muito rápido, ou de uso ocasional, como, por exemplo, para shows, rodeios, corridas de automóvel.


6- Finalidades dos satélites

Existem os satélites para fins militares, os para fins científicos, os para fins de navegação e os para os fins de comunicações.
Cerca de 75% dos satélites lançados no espaço desde 1957, tem finalidades militares. Desenvolvidos com os objetivos de telecomunicações, observação, alerta avançado, ajuda à navegação e reconhecimento, os satélites militares, possuem funções de objetivos a que foram concebidos, giram em diferentes altitudes e, por conseqüência órbita. Atualmente os EUA possuem tecnologia de altíssima resolução espacial, como o Big Bird, que podem identificar objetos de poucos centímetros de comprimento. Também no segmento bélico destaca-se o Key Hole, que espionam alvos e transmitem, com uma varredura igual a da televisão, em tempo real. Mais uma prova de que o segmento bélico é pioneiro na descoberta de novas tecnologias é o GPS (Global Positioning System).Utilizado em sistemas de navegação, a constelação de 16 satélites americanos fornece aos portadores de terminais a localização acurada de onde se encontram.

Os satélites científicos englobam os meteorológicos, os de exploração do universo e os de coletas de dados da Terra. Os meteorológicos visam à óbvia tarefa de identificação do clima, possibilitando a revenção de mortes por desastres naturais como furacões ou chuvas de granizo. Já os de exploração do universo, tem seu alvo voltado justamente para a exploração do espaço a fim de obter mais conhecimento a Terra, do sistema solar e do universo como um todo para que, quiçá, um dia tenha-se a condição de atender um pouco mais o nosso passado e o futuro que virá. E, o último dos satélites científicos, o de coleta de dados, que visa elaboração de informações sobre fenômenos físicos, químicos, biológicos da superfície da Terra e da atmosfera, através de uma gama infinita de sensores existentes.
Por fim, os satélites de comunicação que são utilizados nas transmissões mundia is de informações digitais, especificamente para o mundo civil. Os satélites de comunicação podem ter múltiplos acessos, isto é, servir simultaneamente a diversas estações terrestres de localidades ou mesmo de países diferentes. Como será visto a seguir sua utilização não é restrita a nenhuma órbita ou banda e é o foco deste artigo.


6.1. Satélites para Serviços Meteorológicos

Os satélites para serviços meteorológicos se encontram tanto na órbita geoestacionária como também em órbitas mais baixas.
Entre estes tipos de satélites se incluem o GMS (Japonês), o COSMOS (Russo), bem como vários programas europeus e americanos. Um dos sistemas de satélites para serviços meteorológicos que vem obtendo êxito é o GOES.
Em comparação com os satélites de comunicações, os satélites para serviços meteorológicos têm uma demanda muito pequena, além de utilizarem freqüências muito mais altas.

6.2. Satélites para serviços de Radiodeterminação

Também conhecidos pela abreviatura de RDSS, estes tipos de satélites são utilizados para navegação, posicionamento e mensagens eletrônicas.
Entre os sistemas satélites para radiodeterminação mais importantes se incluem o GEOSTAR e o LOCSTAR.
· O GEOSTAR é um sistema projetado para a América do Norte, já lançado ao final de 1991.
· O LOCSTAR é uma iniciativa internacional privada para fornecimento de serviços na EUROPA e teve seu lançamento em 1992.

6.3. Satélites para serviços de broadcasting

São satélites com alta potência de transmissão para difusão direta de rádio, TV e dados e também são conhecidos como BSS ou DBS.
O objetivo destes tipos de sistemas é permitir na terra a recepção direta com alta qualidade, custo muito baixo e antenas muitos pequenas.

6.4. Satélites para serviços móveis

Sistemas utilizados para enlaces móveis no mar, no ar e na terra, são satélites também conhecidos como MSS.
As comunicações via satélite geoestacionárias entre embarcações no mar se encontram disponíveis há mais de 10 anos via satélites INMARSAT e transponders alocados nos satélites INTELSAT V.
A organização INMARSAT, na sua próxima geração de satélites, pretende oferecer serviços móveis marítimos, aeronáuticos e terrestres de atratividade ainda maior.Existem ainda em andamento, outros planos para o uso de satélites na órbita Geo-estacionária para fornecimento de serviços em veículos móveis na terra e no ar.
Todos os sistemas operam na banda L(1.6 GHz / 1.5 GHz). Este fato implica em necessidade de coordenação severa de freqüências.





6.5. Satélites para serviços fixos

A maior quantidade de satélites existentes na órbita geoestacionária são os satélites para serviços fixos e as faixas de freqüências mais utilizadas são C (6/4 GHz) e a banda Ku (14/12GHz).
Cerca de 100 satélites se encontram em operação abrangendo mais de 70 redes.Como visto, além dos satélites em órbita, existem aproximadamente o dobro de satélites em planejamento. Isto tem causado bastante preocupação a muitos países em desenvolvimento, quanto a seus futuros acessos a esse recurso orbital.

6.6. Satélites para serviços militares

As administrações militares normalmente utilizam como já citadas anteriormente, a banda X com portadoras para enlaces de subida (UP-LINK) compreendidas de 7.900 MHz a 8.400 MHz (transmissão) e para enlace de descida de 7.250 MHz a 7.750 MHz (recepção).
Os meios de comunicação ultimamente vem divulgando bastante o uso intensivo de satélites durante conflitos, como na guerra no Golfo Pérsico. Sem dúvida alguma, as comunicações telegráficas, de voz, de dados e de imagens criptografadas, com uso de técnicas de espalhamento de espectro, vem sendo decisivas nos campos de batalha, pois além de ótima qualidade e confiabilidade, as informações que assim trafegam são altamente sigilosas e seguras.

6.7. Satélites para serviços científicos

São satélites especialmente desenvolvidos para pesquisas em diversos campos.Os programas GIOTTO, ULYSSES e SPACELAB são exemplos de utilização de satélites para medidas de atmosfera do cometa HALLEY, exploração de regiões polares do sol, análise de propriedades do ambiente interplanetário e o vento solar em todas latitudes heliocêntricas



























7-Arquitetura de comunicações móveis por satélite



Gateways e Base Stations: são estações terrestres.
•GOCC (Ground Operations Control Center): Planeam e controlam o uso de satélites pelos terminais gateway e pela coordenação deste uso com o SOCC

•SOCC (Satellite Operations Control Center): Rastreia satélites, controla suas órbitas e fornece serviços de Telemetria e Comando (T&C) para a constelação de satélites. Também supervisionam o lançamento de satélites.

Cada estação pertence e é gerida por cada operador

Recebe transmissões dos satélites com o intuito de processar as chamadas e encaminhá-las para a rede de destino terrestre
Um gateway pode servir mais do que um país
Efetuam a integração com as redes fixas ou móveis terrestres

7.1.Visão Geral de uma Chamada Telefônica

1-A pessoa que faz o telefonema vai fazer uma chamada via satélite a um ou mais gateways.
2-O gateway encaminha a chamada até à rede telefônica pública existente. Neste caso, uma rede PLMN (Public Land Mobile Network)
3-A PLMN encaminha a chamada ao receptor desejado.
4-A duração da chamada, o serviço usado e a área de serviço são informados ao provedor de serviços, para fins de cobrança.





8- Métodos de Acesso

8.1- TDMA (Time Division Multiple Acess)
- As ligações são sequenciais
- O espectro é dividido em intervalos de tempo





8.2- FDMA (Frequency Division Multiple Acess)
- A largura de banda total disponível é dividida
- Permite vários usuários ao mesmo tempo



8.3- CDMA (Code Division Multiple Acess)
- Cada estação transmite com um código próprio
- As ligações são feitas ao mesmo tempo, em banda espalhada

















9- Comunicação entre satélites

- Comunicação entre satélites podem ocorrer entre ISL’s:
ISL – Inter Satélite Links, são ligações entre satélites presentes na mesma camada, sendo necessário que se encontrem em linha de vista;
- O ISL aumenta a autonomia, reduzindo o número de gateways, reduz atrasos devido a perdas atmosféricas;
- Permite routing a longas distâncias;
- Só é necessário um uplink e downlink para comunicação entre dois agentes móveis.




Existência de muitos ISL’s implica um suporte de Existência de muitos ISL’s implica um suporte de routing sofisticado, complexo, caro e de routing sofisticado, complexo, caro e de complexa implementação:
- Complexa focagem das antenas entre satélites
- Sistema de alta complexidade devido a routers em movimento
- Maior consumo de combustível
- Tempo de vida menor
Existem várias camadas e muitos satélites, torna- se necessário comunicar entre os vários satélites se necessário comunicar entre os vários satélites e as várias camadas.








Comunicações distantes provocam atrasos



- São utilizados muitos ISL’s para chegar ao destino
- Cada passagem por um satélite implica um atraso devido a processamento e tempo na fila de espera
- Necessário nova arquitetura e protocolos que melhorem a situação, propôs-se então a arquitetura Satellite over Satillite (SOS)

9.1- Arquitetura SOS



Este sistema caracteriza-se por:
- Múltiplas camadas de satélites
- Os satélites em cada camada são agrupados por clusters
- Comunicação entre satélites e um utilizador é utilizado pelo User Data Link (UDL)
- Comunicação entre satélites na mesma camada é feita pelos ISL’s
- As comunicações entre camadas são realizadas pelo Inter Orbit Link (IOL)

Se possível todos os handovers são realizados dentro da mesma camada, procurando-se o caminho mais curto para a comunicação.






















9.2- Problemas de comunicação por satélites

Os problemas de comunicação por satélites podem ser agrupados em 3 campos:

Físico:
- A atmosfera provoca reflexões de onda, provocando atrasos e erros
- Variação da intensidade do sinal devido a propagação multipath
- Interrupções no sinal devido a shadowing
- É necessário ter em conta que quanto maior a distância, maior o dispêndio de energia dos equipamentos (tanto em terra como no satélite)
- É necessário bom equipamento para que exista uma maior eficiência na comunicação.

Monetário:
- Existe muito dinheiro envolvido numa transmissão

Software:
- Problemas na camada de transporte, como por exemplo, erro na transmissão de bits.


10- Vantagens e Limitações

10.1. Desvantagens
de
Sem dúvida que poder transmitir informações para vários usuários separados a quilômetros de distância de uma forma tão rápida é, e continuará sendo uma vantagem sobre qualquer outro meio de comunicação. Aplicações militares para esta tecnologia não faltam, já que guerras sempre ocorreram e, pelos recentes fatos, continuaram ocorrendo espalhadas por todo o globo. Porém o uso de ondas eletromagnéticas em uma transmissão, ainda mais em uma transmissão envolvendo áreas enormes traz um ponto à discussão: a segurança. Mesmo em sistemas que possuem os focos das antenas dos satélites pontuais, não raro são as transmissões que usam da encriptação para garantir que somente pessoas autorizadas tenham acesso as informações transmitidas.
Além do problema da chuva que afeta de forma diferente as diferentes bandas de transmissão, existe ainda o problema pouco comentado de quando o satélite eclipsa o sol. Este efeito interfere na comunicação interrompendo (uma vez por ano no período por poucos minutos com previsão adiantada) por ser uma fonte de ondas eletromagnética bastante poderosa. Assim, sistemas críticos que não podem ficar minutos sem comunicação não devem usar VSAT.
Um fator que se deve ressaltar é que seu BER é variável, visto que as condições climáticas (chuvas) interferem de forma direta, já que as ondas eletromagnéticas passam os primeiros quilômetros do seu percurso na atmosfera.

10.2. Vantagens

Depois de todos os problemas apresentados, podem-se ver as vantagens.
O próximo ponto a se levantar é a rapidez. Relatos de instalações práticas mostram que redes VSAT podem ser implementadas e começar a operar em poucos dias. Isto se deve a uma característica importante que os sistemas devem ter o amadurecimento e a não utilização de um meio físico fixo. Além de vários problemas já terem sido detectados e solucionados, o amadurecimento de uma tecnologia traz a vantagem do custo menor. Como custo, tempo e conhecimento dos problemas são fatores importantes em aplicações comerciais, uma comparação, analisando estes tópicos, sempre deve ser feita entre tecnologias.
Levando-se em consideração que localidades mais distantes são sempre deixadas para segundo plano no que diz respeito a comunicações, unidades fabris e pequenos aglomerados rurais sempre podem contar com este meio de transmissão. Localidades insulares, de pouca infra-estrutura e veículos de mobilidade intercontinental (aviões e navios) são possíveis candidatos a possuírem VSAT.
































Conclusão

Todo sistema de comunicação deverá, antes da sua implantação, ter uma avaliação no que diz respeito ao seu custo, ao seu tempo de implantação e ao serviço que este oferece. A comunicação via satélite, quando se deseja uma comunicação para localidades remotas, ou quando se deseja espalhar a recepção em áreas geográficas muito extensas, é o sistema utilizado no momento. Porém em alguns casos, esta tecnologia se vê conflitando com algumas outras que fornecem o mesmo serviço com maior confiabilidade, maior velocidade e menor custo de implantação. Por isso esse sistema deverá ser avaliado de acordo com a necessidade do projeto, pois em certos momentos problemas como o atraso do sinal, interrupções do sinal devido a chuvas, não podem existir para um bom funcionamento de um certo serviço, por exemplo.

No futuro crê-se que as redes de satélites apresentem:

- baixos BER;

- Alta largura de banda, com muita assimetria.

-Atrasos de propagação elevados (especialmente nos GEO’s)

- Baixa congestão interna da rede

Vai ser necessário sintonização entre protocolos e software de modo a utilizar links com grandes atrasos.























Referências Bibliográficas

http://www.cefetrio.hpg.ig.com.br/ciencia_e_educacao/8/trabalhos/rlc_2_2001/ruid_sat/Ruid_Sat.htm

http://www.starone.com.br

http://www.iridium.com

http://www.globalstar.com.br

http://www.hughespace.com/launch/launch.html

http://www.telecom.pt


Livro: Comunicações Ópticas, Justino, Antonio Ribeiro, Editora: Makron Books
Comunicações Via Satélite, Eduard Rankey, Editora: Lince
Autor: André Braz Pereira


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