O Solar D’el Rei
É um casarão assobradado que, recuado da rua, fica no alto de ma ladeira, dentro de uma grande chácara na encosta do Morro das Pedreiras.
O seu primeiro proprietário foi o Brigadeiro Francisco Gonçalves da Fonseca, grande negociante negreiro que trazia escravos da África para vendê-los aqui.
No início de 1800, o Solar D’El Rei era o único prédio de Paquetá que tinha todos os seus quintais cercados com muros, provindo daí a primeira denominação da atual Rua Príncipe Regente, que era então chamada de RUA DOS MUROS ...
Em 30 / 11 / 1937 o prédio foi tombado pelo Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional mas, apesar disso, passando às mãos do então Deputado Barreto Pinto, sofreu várias modificações que, embora em desacordo com as suas características originais, projetaram-no em definitivo como local de veraneio de D. João VI, o Príncipe Regente.
Em 1928 o prédio sofreu também algumas outras descaracterizações, quando foi sede de Escola Brasileira de Paquetá, que era dirigida pelo Professor João de Camargo.
Em 1961 o prédio foi desapropriado pelo Estado e transformado no Museu de Artes e Tradições Populares que, na prática, nunca funcionou como tal.
Na administração municipal do Prefeito Marcos Tamoio, o Solar D’El Rei passou por uma grande obra de restauração, durante a qual ainda foram encontradas no seu telhado algumas telhas coloniais originais e que, na sua face inferior, mostravam claramente o relêvo da musculatura da coxa dos escravos, onde elas costumavam ser modeladas.
Em 1977 começou a funcionar no local a BIBLIOTECA REGIONAL DE PAQUETÁ, atividade que ainda funciona ali, mas que agora é chamada de BIBLIOTECA POPULAR DE PAQUETÁ “Joaquim Manoel de Macedo”.
Autor: Marcelo Cardoso
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