A cor como comunicação



ARTIGO CIENTÍFICO


AUTORES:
INÁCIO, Sabrina Coelho, MARTHA, Marina, MELO, Laura Ferraz, RIBEIRO, Indila.


EIXO TEMÁTICO:
Publicidade e Propaganda arte e estética.


TEMA
Cor.


PROBLEMA
Quais são os principais pontos de vista com relação à utilização das cores?


PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Livros:
BRAGA, Leonilda d'Anniballe. O mundo da forma e da cor: os artistas plásticos. Rio de Janeiro: 1969.
DANGER, Eric Paxton. A cor na comunicação. Rio de Janeiro: Forum, 1973.
DEL NEGRO, Carlos. As cores. Rio de Janeiro: 1962.
FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. 2. ed. São Paulo: 1986.
GOETHE, Johann Wolfgang von. Doutrina das cores. 2 ed. São Paulo: Nova Alexandria, 1993.
GUIMARÃES, Luciano. As cores na mídia: a organização da cor-informação no jornalismo.
São Paulo: Annablume, 2003.
GUIMARÃES, Luciano. Cor: a cor como informação: a construção biofísica, lingüística e
cultural da simbologia das cores. 3. ed. São Paulo: Annablume, 2004.
KAISER, Lynn; LUNA, Tony de; BRAZ, Maria. Cores: um livro de estórias e atividades relacionadas com as cores. São Paulo: Melhoramentos, 1969.
PEDROSA, Israel. Da cor a cor inexistente. 7. ed. Rio de Janeiro: L. Christiano, 1999.
ROUSSEAU, Rene-Lucien. A linguagem das cores: energia, simbolismo, vibrações e ciclos das estruturas coloridas. São Paulo. Pensamento, 1980

Artigos:
AMSTE, Frederick Van. Cor não é questão de gosto, é de cultura. Usabilidoido. Disponível em Acesso em: Abril de 2006.
AMSTE, Frederick Van.O que não sei de cor sobre cor. . Usabilidoido. Disponível em Acesso em: Abril de 2006.
BARROS, Pablo. Contraste de cor depende do contexto. . Usabilidoido. Disponível em Acesso em: Abril de 2006.
ISABEL, Löfgren. A usabilidade da cor. . Usabilidoido. Disponível em Acesso em: Abril de 2006.
MARMION, Jorge. A utilização de cor no mecanismo de interação com o usuário. . Usabilidoido. Disponível em Acesso em: Abril de 2006.
MENDES, Maria de Fátima, STEINER, Michelle, OLIVEIRA, Rúbia. O uso da cor no ambiente de trabalho: uma ergonomia da percepção. Usabilidoido. Disponível em Acesso em: Abril de 2006.


ESTADO DA QUESTÃO

1 - Livro: PEDROSA, Israel. Da cor a cor inexistente. Rio de janeiro. Léo Christiano Editorial Ltda. 3ª edição. -1982.

“A cor não tem existência material: é apenas sensação produzida por certas organizações nervosas sob a ação da luz”. (PEDROSA, 1982, P 17).

A cor está tão presente no nosso cotidiano que em geral não nos damos conta disso.

Na sua forma física mais elementar, a cor é uma sensação produzida nos cones da retina por ondas de luz de diferentes comprimentos. No seu aspecto perceptivo, ela pode oscilar entre sensações espaciais e psicológicas.

A cor não tem existência material. Só podemos perceber as cores na presença de luz. Podemos estudá-las sob dois aspectos: a cor-luz e a cor-pigmento.

Essa obra trata de forma mais física o fenômeno das cores, deixando um pouco de lado suas influências sobre o comportamento e suas utilizações fora da arte.

Cor-luz:
A cor-luz pode ser observada através dos raios luminosos e se baseia na luz solar. É representada pela soma de três cores aditivas: vermelho, verde e azul. Cor-luz é a própria luz que pode se decompor em muitas outras cores. A mistura das três cores aditivas produz a luz branca.

Cor pigmento:
Cor-pigmento é a substância material que conforme sua natureza absorve, refrata e reflete os raios luminosos componentes da luz que se difunde sobre ela. São o Ciano, Magenta e Amarelo, que misturadas em partes produzem outros milhões de cores. A soma total delas produz um preto turvo. A cor-pigmento é, pois, a substância usada para imitar os fenômenos da luz-cor.

Enquanto o branco é a soma de todas as cores, o preto é a ausência delas. Ou seja, o preto é a ausência da luz.

Classificação das cores:
- Cores primárias: São cores que não se decompõem, não podem ser “minimizadas”, não vem de outra cor, mas sim podem dar origem a outras cores se misturadas. (São três: vermelho, amarelo e azul).
- Cores complementares: São pares de cores que se complementam, formando o branco, ou luz branca, como por exemplo, o vermelho + azul esverdeado.
- Cores secundárias: São cores produzidas através das cores primárias. Amarelo + vermelho = laranja.
- Cores terciárias: são cores formadas a partir das cores primárias + secundárias.

Percepção:
Só percebemos as formas através da variedade de cor. O órgão visual não conseguiria detectar formas se não fosse a diferenciação de pontos coloridos. Então, esse impacto à sensibilização cromática sempre é o conjunto da ação da luz sobre a retina.

O pintor trabalha com a cor pigmento, que existe em todos os corpos naturais. É a capacidade que todos os corpos têm de absorver determinados raios da luz e refletir para a luz refratada. O que percebemos é apenas uma parte da luz incidente. Cria-se aí um outro dado contraditório, pois o que chamamos de cor refletida é a que a superfície joga para fora. Por exemplo, a luz incidente total, composta das três cores básicas (vermelho, azul e verde) em uma superfície, que absorve, supostamente, o vermelho e o verde e joga para fora o azul. Chamamos essa superfície de azul, porque ela a jogou para fora. Mas ela absorveu o vermelho e o verde. A rigor, então, teríamos que dizer que essa superfície é vermelha e verde, já que jogou para fora o azul. Mas nós damos o nome exatamente do que percebemos e não do que é a superfície. Então a superfície não é colorida, mas sim a luz que incide sobre ela.


2 - Artigo: AMSTE, Frederick Van. Cor não é questão de gosto, é de cultura. Usabilidoido. Disponível em Acesso em: Abril de 2006.

A última aventura de Amstel em busca de conhecimento sobre design de informação, foi no curso de Engenharia Cartográfica. Foram chamadas duas professoras de psicologia, para falar de cognição, disciplina que trata de como interpretamos os estímulos do mundo externo. As duas vinham de uma corrente sócio-histórica da psicologia, que estuda o homem sempre dentro de seu contexto social. Propondo que nossos pensamentos, sentimentos, reações entre outras funções cerebrais são determinadas pelo meio, pela sociedade em que vivemos e não por herança biológica, como se acredita em outras correntes mais positivistas.

Segundo o autor, o caso das percepções das cores é emblemática. Luria, um pesquisador russo, estudou duas comunidades. A primeira, eram agricultores na extinta União Soviética. Descobriu que eles não conseguiam abstrair uma cor além do objeto. Para eles, só existia as cores pêra, dente podre, esterco de bezerro, etc. Azul, verde, eram cores das quais eles nunca haviam visto tal objeto.

A segunda era os Hanunu das Filipinas, que já reconheciam quatro categorias de cores: preto, branco, verde e vermelho, que possuem propriedades de seco e úmido. Porém uma secção marrom, brilhante e úmida de um bambu recém cortado é considerada verde, não vermelha como seria para nós.

As escolas ensinam à versão científica da percepção de cores dos pigmentos, da maneira que os espectros se dividem em três primárias (azul, vermelho e amarelo) e três secundárias (roxo, laranja e verde). Apesar de que os próprios nomes das cores já revelam seu significado cultural.

Amstel ressalta que não pode realizar uma pesquisa etimológica do vocabulário em português, mas o fez em inglês:
- Green (verde): vem do inglês grow, significado de crescer. O início, indicava a cor das plantas vivas, logo, tinha sentido mais amplo de joviedade;
- Yellow (amarelo): usado inicialmente pelos negros trazidos da África para definir as pessoas de pele clara. Em 1856 foi registrado com o senso de covardice, apesar da cor já estar associada ao ensino;
- Orange (laranja): originou-se do sânscrito naranga, que significa "árvore de laranja";
- Red (vermelho): vem de reudh, que originou o termo de diversas línguas já se referindo à cor vermelha (latim "rufus", grego "erythros", sânscrito "ruddhira", etc). A luz vermelha para significar "pare" data de 1849, muito antes dos sinais de tráfego;
- Blue (azul): vem de bhle-was, que originou bla no alemão medieval e flavus no Latim significando amarelo. Na Escandinávia, originou blamaor, preto e em grego originou phalos, branco. O primeiro significado registrado é constância e, depois, luxúria. Com as blueprints (plantas-baixas), a cor ficou associada a planos detalhados;
- Purple (roxo): vem do grego porphyra, nome dado a um crustáceo do qual se extraía uma pedra semi-preciosa roxa. A tintura roxa produzida na fenícia já era usada para tingir roupas reais há milhares de anos. Ainda é a cor da reclusão e da penitência na Igreja e na realeza.

Por estes motivos, não podemos afirmar que os comprimentos de onda da luz referentes ao vermelho têm o mesmo significado aqui e no mundo todo, não reconhecemos que tenha um mesmo significado dentro de uma mesma cultura, sendo que em lugares diferentes tem efeitos diferentes. O vermelho é energético em academias, preocupante em hospitais e desafiante numa bebida, sem contar que as cores ao redor também influenciam.

Portanto o autor afirma que para usarmos as cores, devemos conhecer bem o contexto em que ela será usada, escolhendo com muito cuidado.


3 - Livro: DANGER, Eric Paxton. A cor na comunicação. Rio de Janeiro: Forum, 1973.

Muitas vezes as pessoas não sabem da importância da cor, do quanto ela é capaz de persuadir o consumidor na hora da aquisição, ela estimula um impulso de compra a ponto de vender, atrai a atenção. A razão por ela ter tanta importância é que o colorido fala às emoções e não à razão, as pessoas são atraídas por ela.

Há certos produtos que a cor não será a responsável ou não influenciará tanto na sua aquisição, são produtos que vendem mais os serviços prestados que a sua aparência. A cor poderá até realçá-los, mas não será o ponto culminante da venda, por exemplo, um cortador de unha ou um projetor de filmes. Mas as cores, no processo de venda, são muito importantes, elas se apóiam no fato de que as pessoas desejam, numa certa época, as mesmas cores, para isso, deverá haver produtos disponíveis nessas condições, ou seja, o fabricante terá que prever a tendência das cores. Os clientes compram porque gostam ou necessitam, e escolhem a cor porque lhes agrada ou porque preenche uma finalidade específica. O fabricante tem que saber as cores que os clientes gostam, ou descobrir o motivo que lhes faz escolher uma a outra.

As condições de mercado é que faz com que haja mudança nas cores desejadas dos consumidores. Em alguns ramos, a mudança das cores é feita uma ou duas vezes ao ano, normalmente na primavera e no outono, ou em ambas as estações. Mas raramente deverá haver uma mudança de toda a gama. Poucas vezes será necessário fazer uma mudança muito repentina de cor, porque os gostos e os desagrados das pessoas não são muito variáveis. Mas é importante haver algumas mudanças, para que a gama não se torne ultrapassada, não saia da moda, podendo assim, obter um lançamento de uma nova tonalidade, de vez em quando.

Há necessidade de observar cada produto individualmente, para identificar os fatores que decidirão a escolha da cor em cada caso. Se o cliente estiver procurando cor, como no caso de tintas e cortinas, as boas vendas dependerão da oferta, da disponibilidade dos produtos naquela ocasião.

Muitos fabricantes usam cores distintas em seus produtos para terem assim uma característica própria que levará o consumidor a reconhecer o produto de imediato pela cor, essa é uma boa estratégia de marketing.

A cor desempenha um papel muito importante, porque se um produto não for oferecido em cores que atraiam o consumidor as vendas serão prejudicadas. Para isso é necessário uma pesquisa de mercado, identificando assim, um mercado para o produto e a tendência da cor. Ao fazer uma compra, o consumidor comum é influenciado por outros fatores, além de seu gosto e aversões pessoais. As pessoas são influenciadas pelo que os vizinhos estão fazendo, pelo que os amigos estão usando, pelo que ela vê acontecer à sua volta, por tradição, ou por considerações práticas como limpeza, comodidade, necessidade de combinar com outras coisas que já possui, entre outras.

O estabelecimento da venda do produto também é um fator de grande importância na escolha das cores. Se for em um supermercado, lojas de auto serviços e similares haverá um maior grau de compras de impulso, e as cores deveram ser escolhidas de modo a atrair a atenção e induzir à compra, ou seja, cores vivas e simples. Em estabelecimentos em que haja menos grau de compra por impulsividade, as pessoas levarão tempo para escolher e o colorido mais sutil será o requerido.

Já em questão de embalagem, a cor não é o único fator que auxilia a promoção de vendas, mas é uma parte importante do processo. As pessoas não compram uma embalagem pelo que ela representa, mas pelo produto que contém nela, raramente as pessoas consideram uma embalagem, porque os fatores que as motivam comprar são, muitas vezes, inconscientes, mas essas pessoas são atraídas pelo visual do produto, ou seja, a embalagem. Encontrar uma embalagem que ajude a vender envolve uma combinação de marketing e fatores visuais.

Alguns produtos são adquiridos por todos os tipos de clientes, nesse caso, uma decisão sobre o uso de uma tonalidade com atração universal é o correto, dependendo do produto e da natureza do mercado. Mas há uma porção de diferentes tipos de clientes, cada um com seu repertório e com idéias próprias, os jovens, os velhos, homens, mulheres, os que gostam de coisas tradicionais, os que preferem coisas modernas, os sofisticados, os conservadores, os recém casados e muitos outros. É aconselhável descobrir se alguns desses tipos são predominantes, em um caso especial. Além disso, identificar o consumidor é função bastante importante da pesquisa do mercado para justificar um controle periódico.

Geralmente a parte do mercado de baixa aquisição, a massa da população, prefere cores mais simples e vivas e os dez por cento mais sofisticados gostam de não ser confundidos e empenha-se na preferência de cores mais diferentes, e acabam sendo eles a iniciar uma tendência de cores.

Outros pontos que têm que ser considerados são problemas de iluminação, associações e preconceitos de cor, psicologia e fisiologia da cor, assim como suas características físicas.

A cor pode ser dividida, entre outras divisões, em duas categorias, quentes e frias. As quentes correspondem às cores vermelho, alaranjado e amarelo, além de suas variações e as frias correspondem às cores verde, azul e violeta, além de suas variações. As cores quentes são impulsivas e as cores frias retardantes. As cores, ao serem misturadas, podem se tornar uma tonalidade, uma nuança ou um tom. Se misturar uma cor pura com o preto haverá uma tonalidade, se misturar uma cor pura com o branco haverá uma nuança e uma tonalidade com branco.

Além de tais efeitos, o que é visto depende da interpretação dada pela mente, o que é chamado de percepção. Há muita afinidade entre cor e personalidade. s pessoas se sentem mais ativas em um ambiente de cor quente, o ambiente tende a encorajar a ação, já em lugares cujos tons são mais frios há menos distração e as pessoas se sentem mais concentradas. Tais diferenças, mesmo não sendo aplicadas à prática da venda, podem ser aplicadas no uso funcional da cor. Essas afinidades mostram as diferenças em alguns segmentos, por exemplo, os jovens gostam de cores vivas, as cores quentes despertam mais atenção, pessoas que preferem vermelho tendem a serem mais extrovertidas, enquanto as que preferem amarelo tendem a ser mais intelectualizadas, os que preferem azul tendem a ser mais introspectivos, possuindo um rigoroso controle sobre suas emoções, os que gostam de alaranjado são mais joviais, os que preferem púrpura têm tendência artística, os que apreciam o grená inclinam-se a disciplina, e o rosa é preferido pelas mulheres bem femininas.

Associações de cor adequadas podem ser usadas com vantagem, porém é necessário ter certo cuidado, pois muitas vezes elas podem atrapalhar. Com alimentos, por exemplo, aplica-se um conjunto de associações e cada uma é adequada para cada tipo de alimento, carne ou pães em azul seriam desagradáveis, verde-amarelo sugere doença e púrpura também não é uma boa escolha. Alaranjado é a melhor cor para os alimentos, assim como vermelho e amarelo são igualmente agradáveis, e verde é aceita em certos casos.

A abrangência da função das cores no nosso meio é muito grande, este livro é baseado nas cores como meio de venda, mas isso está ligado diretamente não só a todos que fazem parte da estrutura de venda e ao consumidor, mas, todas as pessoas que têm contato com as cores, pois sua influência é que vai tornar a atitude das pessoas em compra.


4 - Livro: GOETHE, Johann Wolfgang von. Doutrina das cores. 2 ed. São Paulo: Nova Alexandria, 1993.

As pessoas, em geral, sentem grande prazer com a cor. O olho necessita dela tanto quanto da luz. As cores que vemos nos corpos não são algo completamente estranho ao olho, como se de algum modo fosse a primeira vez que tivesse tal sensação.

Ao contrário, esse órgão sempre se dispõe a produzir, por si mesmo, as cores, e desfruta de uma sensação agradável, quando externamente se apresenta algo adequado à sua natureza e se fixa de modo significativo sua capacidade de ser determinado numa certa direção.

Para sentir plenamente esse importante efeito, é preciso que o olho seja envolvido por uma cor única, por exemplo, estar num quarto de uma só cor, olhar através de um vidro colorido. Nesses casos em que nos identificamos com ela, a cor põe olho e espírito em unísono consigo mesma.

As cores do lado positivo são amarelo, amarelo-avermelhado (laranja), vermelho-amarelado (mínio, cinabre). Elas são estimulantes, vivazes, ativas.

- Amarelo: É a cor mais próxima da luz. Surge a mais leve moderação desta, quer através de meios turvos, quer através de reflexos de superfícies brancas. Condiz com a experiência, que o amarelo produza uma impressão calorosa e agradável. Por isso, também na pintura pertence à parte iluminada e ativa. Embora esta cor, em estado puro e nítido, seja agradável e reconfortante e tenha nobreza e serenidade em sua máxima intensidade, é, ao contrário, extremamente sensível e produz um efeito bastante desagradável ao se sujar ou inclinar para o lado negativo.

- Amarelo-avermelhado: O amarelo-avermelhado proporciona, com efeito, ao olho sensação de calor e contentamento, na medida em que representa a cor tanto da incandescência, quanto do suave reflexo do poente. Por isso, também é agradável em ambientes; na roupa, é em maior ou menor grau alegre ou suntuoso.

- Vermelho-amarelado: O lado ativo se apresenta em sua mais alta energia, e não é de se estranhar que homens enérgicos, sadios e brutos se deleitem especialmente com essa cor. A inclinação para ela foi observada entre os povos selvagens. As cores do lado negativo são azul, azul-avermelhado e vermelho-azulado. Proporcionam um sentimento de inquietação, ternura e nostalgia.

- Azul: Assim como o amarelo, sempre implica uma luz, pode-se dizer que o azul sempre implica algo escuro. Esta cor produz um efeito especial quase indescritível. Como cor, é uma energia, mas está do seu lado negativo e, na sua mais alta pureza, é por assim dizes um nada estimulante. O azul nos dá a sensação de frio, assim como nos faz lembrar a sombra.

- Azul-avermelhado: O azul se intensifica suavemente até o vermelho e, mesmo encontrando-se do lado passivo, conserva algo ativo. Seu estímulo é, entretanto, de um tipo inteiramente diferente do amarelo-avermelhado: inquieta mais do que anima.

- Vermelho-azulado: Tal inquietude aumenta à medida que a intensificação progride, e pode-se certamente afirmar que a presença de um papel de parede vermelho-azulado puro e saturado é insuportável.

- Vermelho: Se no amarelo e no azul vimos uma intensificação progressiva até o vermelho e se então observarmos nossos sentimentos, pode-se supor que na união dos pólos intensificados ocorrerá um verdadeiro apaziguamento, que podemos definir como uma satisfação ideal. O efeito desta cor é tão singular quanto sua natureza. Proporciona tanto uma impressão de seriedade e dignidade quanto de benevolência e graça. A primeira ocorre em seu lado escuro e condensado; a última no lado diluído.

- Verde: Nosso olho tem a satisfação real com esta cor. Se ambas as cores primárias mantêm equilíbrio perfeito na mistura, de modo que não se note uma antes da outra da outra, o olho e a alma repousam nessa mistura como se fosse algo simples. Não se deseja, nem se pode ir além: é por isso que na maioria das vezes se escolhe papel de parede verde para aposentos muito utilizados.


HIPÓTESES
- Os principais pontos de vista com relação à utilização das cores nas teorias a seguir:
- A psicologia das cores: Como as cores interferem no aspecto emocional das pessoas.
- A cor na publicidade: Critérios utilizados pelos publicitários para atribuição de cores à campanha produzida.
- Teoria primária das cores: As cores sob o ponto de vista físico.


JUSTIFICATIVA
O trabalho desenvolvido sobre cor pode servir de base de estudos para qualquer futuro profissional de Comunicação, nas áreas de Publicidade e suas ramificações: web designers, produtores gráficos, criação editoração, entre tantas outras, e também uma fonte de consulta para alunos das faculdades de comunicação em geral, alunos do ensino fundamental, na disciplina de Educação artística. Além disso pode interessar a pessoas fora desse meio, movidas pela curiosidade pelo fenômeno das cores.

Essa pesquisa também se justifica por se tratar de um tema que se mostra pouco aprofundado e com uma bibliografia escassa.

Muitas questões giram em torno das cores: questões de preferência por determinadas cores, suas influências comportamentais e psicológicas. A usabilidade talvez seja o ponto mais importante do estudo, já que, na comunicação, as cores são um espelho do que se quer mostrar, e são escolhidas “a dedo” de acordo com o que se quer transmitir através das peças criadas. Essa pesquisa pode contribuir desse modo para se entender porque alguns produtos, serviços marcas e idéias a serem divulgados dependem tanto de uma escolha criteriosa das cores.

De forma geral o estudo pode interessar a quem se interessar pelo assunto cor, seja de forma, simples apenas por sua teoria básica, seja pelo lado psicológico das cores e seus efeitos sobre as pessoas, ou seja, pela sua atração em peças publicitárias. Será de grande importância também para que nós estudantes da área que utilizamos à cor como atrativo para o que criamos podendo torná-los mais atraente e desejado.


OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL:
Relacionar os principais pontos de vista com relação à utilização das cores.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Conhecer a utilização das cores sob o ponto de vista psicológico.
- Delinear os principais aspectos da escolha das cores na criação publicitária.
- Apresentar a teoria primária das cores.


CONTEXTUALIZAÇÃO
A nossa pesquisa visa solucionar os principais pontos de vista em relação à utilização das cores. Portanto existem vários contextos onde podemos encaixar os problemas levantados pelo trabalho. O que achamos mais interessante é a visão relativa à cultura popular das cores, as diferentes culturas e as formas utilizadas por elas em relação ao significado e utilização das cores. Existem várias crendices sobre as cores e cada civilização ou povo tem simbologia e significados diferentes.

Dos egípcios aos babilônios, as cores foram parte fundamental da cultura e religião, definindo e expressando toda a força mística destas. Além disso, era através da magia das cores que a classe dominante controlava a política e dominava o povo.

Na Índia e na China, o poder das cores influencia todos os aspectos da vida. Os centros energéticos do corpo, conhecidos como Chakras, são regidos pelas cores, sendo seu uso estudado, tomando-se todo cuidado para que o equilíbrio entre o material e o espiritual se mantenha inalterado para a preservação da a sorte e a sanidade.

A seguir apresentamos algumas cores e seus significados:

- Branco: Pitágoras, o filósofo grego, acreditava que a cor branca continha, além de todas as outras cores, todos os sons. Esta crença reflete-se na propriedade da cor branca de representar a divindade, sinceridade e transformação nos simbolismo do som dos sinos e gongos. Pode-se observar que muitos dos antigos templos e das atuais igrejas são brancas. E sabemos que as tradições nipônicas consideram o branco a cor do luto.

- Preto: Em Madagascar, uma pedra negra é colocada em cada um dos quatro pontos cardeais, sobre o túmulo, para representar a força da morte.

Já para os antigos egípcios, a negra lama do Nilo representava um renascer e os gatos pretos eram considerados duplamente sagrados, diferindo das crenças ocidentais da Idade Média, nas quais os gatos e lebres pretos eram considerados familiares, isto é, mensageiros do demônio.

Na Roma antiga sacrificavam-se bois pretos para satisfazerem os deuses das profundezas.

Nas Ilhas Britânicas, existem histórias de um cão negro, parte fada parte fantasma que, se visto, acaba com o bom humor do infeliz que estiver olhando na sua direção.

- Vermelho: O Vermelho é uma cor mágica em muitas culturas e representa o sangue, a essência da vida. Ervas eram amarradas com uma fita vermelha e esta era, por sua vez, amarrada em volta da cabeça para aliviar a dor da enxaqueca.

Acredita-se que a cor vermelha é bastante desagradável para os maus espíritos, por essa razão, na China, os rabichos dos sábios eram trançados com uma fita vermelha para afastar os maus espíritos e as mães faziam o mesmo com o cabelo das crianças ou as costuravam dentro do bolso pela mesma razão.

No Japão, crianças com catapora são mantidas em um quarto totalmente vermelho, vestidas com roupas vermelhas para apressar o processo de cura.

Os ingleses usavam lenços vermelhos no pescoço para afastar os espíritos que causavam o resfriado e as runas dos povos nórdicos eram marcadas em vermelho.

- Amarelo: Os corpos dos aborígines australianos são pintados com ocre amarelo nas cerimônias funerárias. Já na China os magos escrevem seus feitiços em papel amarelo para aumentar sua potência. E na Idade Média, tanto Judas como o Diabo eram representados vestidos de amarelo.

- Laranja: As laranjeiras fornecem uma generosa colheita ano após ano e, tanto nas culturas ocidentais como orientais, suas flores são usadas pelas noivas como um símbolo de fertilidade.

- Púrpura / Magenta e Violeta: Púrpura / Magenta e Violeta são, na verdade, representações de uma mesma cor, que variam na intensidade de luz. É um tom especialmente sagrado para as culturas romanas e egípcias nas figuras de Júpiter e Osíris. Associa-se às dimensões sagradas, justiça, diligência, nobreza de espírito, pensamento religioso, idade avançada e inspiração.

Na igreja católica o Púrpura / Magenta é usado pelos sacerdotes para transmitir santidade e humildade. E na China, o violeta simboliza a morte e é a cor das viúvas.

- Rosa: O Rosa é outra cor ligada à deusa romana e grega do amor e da beleza, Vênus e representa os aspectos mais suaves do amor e bondade.

- Dourado: O Dourado é o poder do sol e suas deidades, como o deus egípcio Ra e o deus grego Apolo. Sabe-se que na Idade Média, os curandeiros prescreviam água ou licores com folhas de ouro para a cura de problemas nos olhos e como tratamento das doenças graves.

- Azul: O Deus dos Judeus ordenou aos israelitas que usassem um barrado azul em suas roupas. O azul é também a cor das roupas de Odin, deus supremo dos povos Nórdicos, o deus hindu, Vishnu era azul; além de ser a cor das roupas de Nossa Senhora.

Na Escócia, as pessoas usam roupas azuis para restaurar a circulação. No norte da Europa, por volta de 1600, um pano azul era usado no pescoço para evitar doenças. Culturas asiáticas acreditam que vestir ou carregar algo azul afasta o mau olhado. E ainda nas culturas orientais, o azul é conhecido como o envelope áurico que contém e sustém a vida.

- Verde: Na Irlanda, o verde é associado às fadas e acredita-se que pode dar azar devido a esta ligação. Entretanto se você soprar gentilmente a lanugem do cardo ou do dente-de-leão para ajudar as fadas no seu caminho, é possível usar esta cor com impunidade. No antigo país de Gales, verde era a cor usada pelos druidas durante a cerimônia do Eisteddfod. Observa-se que essa cor é muito usada nos hospitais, com base na crença de que esta cor ajuda o processo de recuperação da saúde.

- Marrom: Nas culturas orientais acredita-se que o marrom incorpore toda a força natural do elemento terra, a força vital do nosso planeta. Acreditamos ainda que as estações, a natureza e até os pontos cardeais exercem direta influência sobre nossa vida, fazendo com que se tenha sorte, dinheiro e até uma vida amorosa bem sucedida.

O Feng Shui é uma antiga arte chinesa de criar ambientes harmoniosos. Originada há cerca de 5000 anos, nas planícies agrícolas da Antiga China. E também existe uma análise das cores para esta arte, que indicamos a seguir:

- Vermelho: Esta cor está relacionada ao elemento fogo, ao verão. É a cor do sangue e por isso também está relacionado à vida e à força e energia vital máxima. Esta é uma cor Yang e por isso, o ideal é que seja utilizada em ambientes que tenham como objetivo a interação entre pessoas como a sala de estar, a sala de TV, ou mesmo a sala de jantar.

De forma geral, não é recomendado o uso de vermelho:
-> nos banheiros: Além deste ser um local Yin por natureza, é ligado ao elemento água;
-> nas cozinhas: este ambiente já é muito Yang, a colocação da cor vermelha pode causar desequilíbrios, assim uma análise cuidadosa deve ser feita;
-> nos quartos: o objetivo deste local é promover tranqüilidade e repouso, por isso o ideal é o uso de cores mais suaves.

- Amarelo: Apesar de o amarelo estar relacionado ao elemento terra, também é uma cor Yang. O amarelo representa a luz do Sol e o brilho do ouro. Seu uso melhora a concentração e a facilidade de comunicação. A cor amarela, assim como a vermelha, deve ser utilizada em ambientes Yang como a sala de TV. Também é necessário evitar seu uso em banheiros e quartos. Já na cozinha o amarelo pode ser utilizado em detalhes ou em uma das paredes.

- Laranja: A cor laranja está situada entre o elemento fogo e o elemento terra, portanto, carrega um pouco das características dos dois elementos. Também é uma cor Yang e segue as recomendações feitas para o uso da cor amarela. A diferença é que o laranja, com o devido cuidado, pode ser aplicado nos quartos, principalmente de adultos e de preferência na parede atrás da cama.

-> Azul: A cor azul está relacionada ao elemento água e nos remete à natureza, seja no céu ou no mar. O azul, quando usado de forma dosada, nos proporciona tranqüilidade, porém, usado em demasia, pode favorecer a introspecção e isolamento. Deve-se usar essa cor em ambientes que visem descanso e tranqüilidade, como quartos e sala de meditação.

De forma geral, não é recomendado o uso de azul em:
-> Salas de estar, de TV e de jantar: a cor azul é Yin e não propicia ou facilita a comunicação e a interação entre pessoas, por isso não é recomendado o seu uso em ambiente Yang, como os citados;
-> Cozinha: este ambiente é Yang e relacionado ao elemento fogo, assim o uso de azul pode significar a redução do "fogo", ou seja, a diminuição da energia vital do ambiente, da casa e de seus moradores.

- Preto: A cor preta relaciona-se ao elemento água e é o símbolo do máximo Yin. Por isso mesmo, seu uso em paredes não é recomendado para ambientes internos.

- Verde: O verde é ligado ao elemento madeira e a primavera. Representam o crescimento, desenvolvimento, natureza e saúde. A cor verde pode ser utilizada com bastante liberdade em todos os ambientes da casa, independente de sua função. Neste caso, deve-se apenas tomar cuidado para colocar tons suaves de verde nos ambientes como quarto e cozinha, podendo nas salas utilizar tons mais brilhantes.

- Branco: A cor branca é relacionada ao elemento metal e nos remete à pureza, limpeza, e abertura para novas possibilidades e oportunidades, assim como uma tela em branco esperando para se pintada.

A cor branca pode ser utilizada com total liberdade em toda a casa, tanto externamente como nos ambientes internos. Essa é a cor escolhida pela maioria das pessoas tanto para ambientes residenciais como profissionais.

O que percebemos é que podemos utilizar as cores de diversas formas, e que cada cultura ou povo a utiliza de uma forma diferente e mágica para eles. Neste contexto de cores e crenças, as pessoas realmente acreditam naquilo que a sua cultura apresenta e sua mente passa a acreditar de tal maneira que se torna realidade, ou seja, os efeitos são realmente sentidos.

Portanto, percebemos que a aplicação e usabilidade das cores está mais ligada ao nosso cotidiano do que imaginamos e devemos dar importância a isso.


REFERENCIAL TEÓRICO

1 - Psicologia das cores

Segundo Erci P. Danger em A cor na comunicação, a cor além dos aspectos físicos tem implicações também na sensação.

As cores trazem consigo uma série de elementos psicológicos e são percebidas de acordo com a vivência de cada um. Uma cor que para um pode ser lembrança de alegria ou até mesmo um prazer visual, para outros pode ser uma lembrança triste ou uma sensação ruim. Todas essas informações dependem da bagagem cultural e experiência de vida que cada um de nós traz consigo.

Logicamente as percepções visuais das cores, exceto quando há alguma anomalia, são iguais, o que muda são as sensações provocadas por elas. Ainda que a atração de cada cor específica seja desigual, a referida atração sempre ocorre em algum grau. O uso de expressões, tais como: cores alegres, cores vivas, cores quentes, cores frias, cores festivas, cores de luto, cores apagadas etc. tem um sentido: são as percepções, que temos delas em um contexto no qual as encaixamos. Apesar do significado das cores ser diferente em culturas diferentes, elas podem ser usadas para transmitir uma determinada mensagem.

Já a posição de Modesto Farina, em Psicodinâmica das cores, reflete o que alguns já sabem. A preferência por determinada cor pode estar baseada no tipo de personalidade e nas condições circunstanciais da vida de uma pessoa ou em seus desejos e processos mentais mais íntimos, profundos e até inconscientes. As pessoas não escolhem necessariamente uma cor porque ela é boa para si próprias, mas porque gostam da cor, mesmo que esta possa ser contrária às suas necessidades.

Algumas especialidades da medicina já aceitam a Cromoterapia, ou seja, Terapia com as cores, como forma de tratamento, já que as cores têm o poder de exercer uma reação nas pessoas.

A cor exerce influência decisiva nos olhos dos seres humanos, afeta a atividade muscular, mental e nervosa. A combinação das cores afeta o lado psicológico das pessoas e pode se tornar um ponto importante no interesse do público pelo produto, serviço ou marca. A combinação certa pode causar efeitos como de excitação, urgência, contentamento, calma, vulgaridade, melancolia, segurança etc., e ainda destacar algum elemento em relação a outro.

Assim também a comunicação usa dessas associações mentais, para que um produto seja visto como se quer que o vejam.

Muito ainda se tem a estudar sobre as cores, mas o que essas teorias falam sobre a cor é levado em conta na hora de se escolher a cor de um ambiente, de um produto, marca, serviço, embalagem, entre outras coisas.


2 - Teoria Primária da Cor

A cor está mais presente no cotidiano das pessoas do que parece. É algo que pertence mais ao comportamento próprio do indivíduo do que em um fenômeno independente de validade universal, isso porque o mundo que rodeia o ser humano é caracterizado pela luz e pela cor. São elas que fornecem a compreensão do espaço, a definição de distâncias, volume e dimensões.

A cor nada mais é que uma sensação provocada pela luz sobre os olhos, cuja retina se acha estimulada por energia radiante.

Assim, podemos estudar, através da física das cores, uma teoria chamada Teoria das Cores. Essa teoria propõe que por meio das cores básicas, ou seja, as primárias, qualquer cor pode ser formada. Essas cores não podem se decompor, ou seja, não são derivadas de outras cores, por isso são chamadas de cores primárias. Elas se distinguem em dois aspectos diretamente relacionados, no entanto aparentemente opostos, a cor-luz e a cor pigmento.

A cor-luz, também conhecida como cor energia, possui esse nome porque as cores todas as cores estão contidas na luz e por elas são refletidas. Quando um feixe de luz branca atravessa um prisma, as freqüências são separadas e podemos ver todas as cores num arco-íris. Este princípio é utilizado na eletrônica, na física e na informática. É este o princípio que possibilita, por exemplo ver as cores na tela do computador. As cores-luz primárias são vermelho-alaranjado, verde e azul forte. A soma dessas três cores produz a luz branca, o que faz com que sejam denominadas cores primárias aditivas.

A cor pigmento é a substância usada para imitar os fenômenos da cor-luz, e são essas cores que são utilizadas para tintas, lápis de cor, canetas coloridas e outros materiais para tingir ou colorir. Essas tintas podem ser extraídas de vários materiais, alguns de origem vegetal, outros animal, e até materiais de origem mineral. Também para o mesmo efeito podem ser usados produtos químicos. O resultado final, o pigmento, é o resultado dos materiais sintetizados por processos industriais.

Os pigmentos cromáticos são classificados em três categorias, primários, secundários e terciários. As cores primárias da cor pigmento são o vermelho, o amarelo e o azul, ou para estudo técnico, magenta, amarelo e cian. Com essas cores é possível criar uma infinidade de tonalidades e, assim, reproduzir as cores da natureza.

Obtemos as cores secundárias pela combinação das primárias, duas a duas, em proporções iguais e, desse modo obtemos as cores laranja, verde e violeta.

Ao misturar em proporções diferentes as cores primárias podemos obter vários tons entre as cores primárias e as secundárias, estas podem ser chamadas de cores terciárias. A cor marron, por exemplo, é uma cor terciária obtida da mistura das três primárias. Em artes gráficas, o marron pode ser obtido com a mistura do amarelo ou vermelho alaranjado com um pouco de preto.

A partir de uma cor pode-se fazer uma sucessão ordenada de cores a que se chama gama. As duas gamas mais conhecidas são a quente em que a cor principal é o vermelho e vai desde o violeta ao amarelo e a fria em que a cor principal é o azul e vai desde o azul até ao amarelo-limão.

Essa gama de cores pode variar ainda mais já que a tecnologia permite que se crie ainda mais tons e nuances de todas essas cores.


3 - A cor na Publicidade

O que se discute nessa teoria são as diversas formas de se analisar a atribuição de uma cor na publicidade.

Eric P. Danger em A cor na comunicação, discute os critérios seguidos para essa atribuição e sua relação beleza/ benefício. Saber balancear a utilização das cores é a chave para manter a harmonia dos elementos. A conseqüência da má utilização das cores é não haver equilíbrio no que se vê assim os olhos ficam confusos em meio a tanta informação. A cor pode informar e muito, principalmente quando utilizada com consciência pelos profissionais de Comunicação.

A publicidade usa estas técnicas para atrair a atenção do seu público alvo, estimulando a sua aceitação. Nesta área, vários fatores se misturam para poder determinar a cor exata que irá representar a intensidade contida em cada mensagem. Muitas são as formas de eleger a cor na publicidade: tendências, usabilidade, segmento, público-alvo (categoria social, faixa etária, consumidor potencial), atributos da cor versus produto.

A eleição das cores pelo publicitário depende de uma pesquisa prévia em parceria com o cliente sobre a campanha, marca, serviço e atribuições citadas acima. É praticamente um laboratório de criação, no qual todas essas relações são analisadas.

A cor nas embalagens pode fazer a diferença na hora da compra. A embalagem vende por si só. Além do desenho do produto, a tipologia empregada e a aplicação de cromia. A cor tem muita influência na decisão de um produto e não outro. Portanto, é para ela que devem se dirigir os primeiros cuidados principalmente se considerarmos as ligações emotivas que envolve e seu grande poder sugestivo e persuasivo. A cor na embalagem age sobre a mente e atua sobre a sensibilidade e está ligada diretamente às funções ópticas, fisiológicas e neurológicas. A classificação das sensações luminosas é feita pelo cérebro e é ele que identifica as cores primárias de onde derivam todas as outras tonalidades. Mesmo que determinadas pessoas afirmem gostar mais de uma cor ou tom e não de outra, ninguém ignora a força emotiva das cores. Existem outras associações com relação às cores e produto. A cor na embalagem pode atingir as pessoas na sua necessidade de se alimentar, no seu desejo de possuir saúde e prestígio ou de personalidade ou ainda aparência. Também influencia na questão de peso, ou seja, se você utilizar numa embalagem cores muito escuras ela se tornará muito pesada.


ASSUNTOS
1. Principais pontos de vista em relação à utilização das cores.
2. O significado das cores em diversos contextos culturais.
3. As cores na cultura brasileira.
4. Cor e Arte / Cor e Design.
5. Interações entre as cores.
6. O impacto das cores no estado psicológico do indivíduo.
7. A cor na comunicação.
7a. Mitologia das cores na publicidade e propaganda.
7b. Psicodinâmica das cores na comunicação visual.
7c. Critérios utilizados pelos publicitários para atribuição de determinadas cores às campanhas produzidas.
8. A usabilidade das cores na comunicação.
Autor: Laura Ferraz


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