RIDICULARIZAÇÃO DA FÉ ESCANCARADA NA TV



Que Voltaire, Diderot e até Nietzsche tenham bradado contra a Igreja Católica e o Cristianismo, entendemos muito bem ,pelo contexto em que viveram. Época de grande poder do Clero, em todos os aspectos da vida humana. Na verdade, exceto Nietzsche, outros grandes filósofos e pensadores se rebelaram muito mais com o Clero do que com a religião e seus escritos sagrados. Hoje vivemos outro tempo. Religiosidade em baixa. Materialismo em alta. Religiões esvaziadas de conteúdo. Culto ao dinheiro e a aparência. Pensamos que com isso, estamos a caminho de um mundo melhor, mais tolerante, mais compreensivo. Será mesmo? Baixando o foco agora na telinha brasileira, na Globo e periféricos, percebemos nitidamente, em quase todas as novelas e minisséries produzidas, uma crescente iniciativa de ridicularizar a religião e promover o culto ao materialismo e ao consumo. Isso não é uma leitura de esquerda. Ao contrário. Esse esmagamento da religiosidade popular, essa ridicularização da fé, apenas limita o live arbitrio ,a tolerância e o direito que as pessoas tem de escolher o melhor caminho para suas vidas, segundo suas próprias consciências e convicções. Eles querem destruir qualquer possibilidade de uma crença e uma atitude religiosa autêntica, honesta e verdadeira, como se tudo o que é relacionado à religião é embuste. Fazem crêr às pessoas comuns, que não podem confiar em sacerdotes, religiões, espíritualidade. Tudo isso é fora de moda. Hoje, o que vale é o quanto se têm no bolso. Não adianta alguém querer um apoio, um sentido para a vida, que não seja o dinheiro e o sucesso ! Comunistas também amam o dinheiro e o invejam e o desejam o tempo todo. Aliás , foram os comunistas os primeiros a assumir o ateísmo. Quando pensamos que , com o advento da internet, das facilidades de comunicação e expressão, o mundo vai ser mais tolerante, cada grupo vai ter seu significado e o respeito que lhe cabem, parece que, na prática ,ainda vigora o velho maniqueísmo humano , a separar tudo em dois grupos: os bons e os maus; os na moda e os fora de moda; os verdadeiros e os falsos. Na época de Voltaire, ler um romance em que uma personagem era uma freira concupiscente ou um padre devasso, causava realmente grande impacto. Mas hoje, a banalização nas novelas de freiras devassas, padres que largam a batina, gente que se entrega ao sexo e aos prazeres materiais, causa-me nojo. É de uma mau gosto e de uma falta de criatividade imensa. Já cansou ! Ora, que se respeitem os religiosos, os que fazem sua profissão de fé. Os que se entregam à clausura. Que se respeitem as freiras, os padres, os monges, os celibatários. Há muitos deles, creio que a grande maioria, que o fazem porque acreditam verdadeiramente e são honestos em sua vocação. Há muita beleza nisso. Assim como é bela a vocação militar, a vocação artística, a vocação empresarial, a vocação professada com autenticidade e boa fé, qualquer que seja. Vamos dizer não a essa verdadeira perseguição religiosa na TV, principalmente na Globo. O ignorante do Sr. Manoel Carlos já nos cansou com essa perversidade de padres e freiras. Talvez ele não teve a felicidade de conhecer algum sacerdote verdadeiro e honesto em sua vocação e em sua vida prática. Ou então é mais um imbecil a serviço do combate mundial a fé, a moral e a tradição. É mais um esquerdista que quer ver o mundo rendido ao materialismo histórico do demoníaco Marx.
Autor: Ulisses Fonseca da Silva


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