O Furor Religioso
O problema dessa senhora, eu dectei em 3 horas de conversa, primeiro tudo que ela falava tinha uma palavra: Jesus. Tanto a palavra, como o significado são dignos de respeito, porém era a forma como ela falava, com furor no olhar, chegando até a ficar agressiva se fosse contextada, coisa que eu começei à fazer, pois precisava retirar-me pra outro afazer e ela insistia em conversar sobre o assunto, mostrando as marcações diárias que fazia em sua bíblia.
Depois da irritação eu começei a achar graça da situação, pois eu e meu acompanhante queríamos sair e ela se colocava na frente da porta, como uma guardiã da sabedoria divina. Nesse momento eu soltei uma sonora gargalhada e ela falou que aquilo demonstrava o quanto eu estava necessitada da palavra de Deus.
Felizmente o telefone tocou, era uma moça interessada na compra de sua chácara, aí então rapidamente ela tratou de nos dispensar, falando se poderíamos encostar o portão da frente.
Nos sentimos aliviados por sermos "soltos", mas tristes por percebermos que com tantos anos de vida religiosa, aquela velhinha não aprendeu à respeitar o livre arbítrio alheio, o direito de escolha religiosa, afinal a crença em Deus pode se passar de um estado de espírito para uma ação mais eficaz.
Tantas imagens na sua sala, não fizeram com que ela descobrisse que a verdadeira crença é a nossa conduta com o próximo e o que fazemos com o nosso tempo livre, não a quantidade de besteiras que falamos à respeito do que não praticamos verdadeiramente e muito menos a quantidade de quinquilharias guardadas na sala, para as visitas verem.
Autor: Cibelle Maciel
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