O Verdadeiro Chefe



Hoje, para a maioria daqueles que trabalham em pequenas, médias e grandes empresas, é visível a importância do trabalho humano e, conseqüentemente, da gestão de pessoas. "Mas como isso é tão notável?", perguntarão alguns. Vejam só: você já teve algum chefe que lhe faltava uma grande e boa dose de autoridade, ou seja, o que ele falava simplesmente caía por terra com uma facilidade incrível? Ou já viu algum projeto ser prejudicado pela falta de coordenação da equipe ou harmonia entre os participantes? Melhor ainda: um chefe inseguro que parecia bem incomodado ao invés de feliz com o rendimento de algum funcionário em especial? Se você nunca viu ou sequer ouviu falar de alguém assim é realmente um sortudo.

É indiscutível a importância do valor humano para as empresas andarem bem das pernas e em total harmonia. Um bom chefe tem seu valor, um bom funcionário também e, principalmente, a relação entre ambos é de essencial apreço. Cada empresa tem suas peculiaridades, mas, de modo geral, possuem a mesma base de trabalho: as pessoas. E pessoas têm sentimentos, personalidades, histórias próprias. Inevitavelmente, se a empresa precisa do trabalho de cada um para andar pra frente, a vida de cada um deverá ser de interesse da empresa. Não estamos falando aqui de vida particular, mas a vida profissional, o comportamento dentro do trabalho, a motivação. Para as tarefas caminharem, é necessário que funcionários se sintam bem, motivados e comprometidos com os resultados a serem alcançados.

Só que para tudo isso, sem dúvida, se faz cada vez mais necessário o papel real do líder. Um bom gerente ou diretor, atualmente, não deve ser aquele indivíduo inacessível perdido nas profundezas de seu gabinete. Muito pelo contrário, deve possuir uma característica básica e crucial: gostar de gente. Seu maior e melhor desafio será motivar e gerir pessoas no sentido de indicar um caminho a seguir, dar rumo ao navio. Um gestor nunca deve se abster dos processos internos da empresa, ou falar e não cumprir. Deve possuir uma postura clara e acessível, capaz de lidar de maneira madura e firme junto aos problemas mais simples.

A maioria das reclamações que se escuta é com relação aos chefes. Ou porque as pessoas trabalham e não se sentem valorizadas, ou porque ganham (ou julgam que ganham) mal, ou porque não possuem motivação no trabalho. O bom chefe é aquele que sabe delegar porque simplesmente conhece o perfil do seu funcionário e deixa em suas mãos uma função compatível. É aquele que estimula os funcionários que possuem mais tempo de casa, mas não deixa os novos alheios ao processo. Investe nas pessoas através de cursos, treinamentos, palestras. É aquele que trata todos de igual pra igual porque realmente todos têm sua importância para o bom andamento da equipe. É aquele que motiva e recompensa seus funcionários, seja financeiramente ou através de elogios. Seres humanos gostam, apreciam e necessitam de recompensa e valorização.

O que infelizmente muitas vezes acontece é a lei da selva, onde o mais forte prevalece e é o líder. Ou a pessoa mais velha, ou o dono da empresa, mesmo que ele não seja capacitado para isso. De modo geral, foi nos instituído que para ser chefe é necessário –e somente isto- uma excelente formação técnica e experiência setorial. Sem dúvida. Mas será que é realmente só isso que os chefes modernos precisam? Claramente não. Precisam também adquirir experiência com pessoas, saber motivar a liderança dentro de cada funcionário e se especializar também no valor humano. Por isso vemos essa avalanche de chefes mal preparados para o cargo que possuem, essa avalanche de insegurança e arrogância. Para ser chefe não precisa ser o mais forte, mas deve estar devidamente preparado.


Autor: Livia Torres


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