A Relação Da Infância E Escola



“As crianças vêm ao mundo sem nenhum conhecimento, mas já trazendo inclinações e principalmente um temperamento” (John Lock, 632-1704).

RESUMO:

O artigo tem objetivo de apresentar, qual A Relação da Infância e Escola. O artigo faz uma contextualização  da  Infância e Escola  ao longo da História e quais os  Direitos de Cidadania que essa criança tem na fase  infantil e como a escola se organizou ao longo da Historia para receber essa criança nessa fase de sua vida. E nesse contexto histórico alguns pensadores contribuíram para entendermos essa Infância e essa Escola ao longo do tempo. Entretanto nas sociedades a criança  e a escola e fortemente influenciadas pela vida urbana. Entretanto  a escola é, por excelência, o ambiente que se dedica à atividade educacional. Mas mesmo nessa sociedade a escola não é o único ambiente do qual a educação e parte integrante.

PALAVRAS - CHAVE: Infância  e  Escola

II-INFÂNCIA: Período de crescimento, no ser humano, que vai do nascimento à puberdade. (Dicionário: Aurélio, 2001);

As crianças não são dotadas de motivação natural para o aprendizado. È   necessário oferecer o conhecimento a elas   de modo convidativo, mediante jogos  (Inglês. John Locke, 1932-1704);

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, 13 DE Julho de 1990.

Art. 3º

A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerente à pessoa    humana, sem prejuízo da proteção  integral de que trata esta Lei;

Art. 4º

É dever da Família, da comunidade, da sociedade em geral, do Poder Público assegurar, como absoluta prioridade, à efetivação dos direitos referentes à vida, a saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, a profissionalização, a cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência família e a comunidade;

Art. 5º

Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da Lei qualquer atentado, por ação ou  omissão, aos seus direitos fundamentais;

Art. 53

A criança e  adolescente tem direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação  para o trabalho;

-         Parágrafo Único:

 É direito dos pais ou  responsável ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais;

A escola é uma das Instituições de seqüestro, como o hospital, o quartel e a prisão. São aquelas instituições que retiram compulsoriamente os indivíduos do espaço familiar ou social mais  amplo  e os internam durante um período longo, para moldar suas condutas, disciplinar seus comportamentos, formatar aquilo que pensam. (Francês. Michael Foucault, 1926-1984);

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA  DO BRASIL  DE 1988

Art. 6º

São Direitos Sociais á Educação, à Saúde, o Trabalho, à Moradia, o Lazer, a Segurança, à previdência Social, à  proteção a maternidade e a Infância, a Assistência, aos Desamparados, na  forma  desta  Constituição  (Constituição de 1988)

O mundo da escola rígida e autoritária que os positivistas defendiam está ultrapassados. A solidariedade era um impulso natural  do ser humano e que a escola é um dos órgãos sociais responsável  por promove-la. (Francês. Augusto Comte, 1798-1857);

 LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (LOAS)

Artº 2º

Inciso I

A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e velhice;

Inciso II

O amparo ás crianças e adolescentes  carentes;

Art. 4º

A Assistência Social rege-se  pelos seguintes princípios;

Inciso II

Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar os destinatários da ação assistencial alcançável  pelas demais políticas públicas.

Não é possível ou desejável transmitir conhecimento à criança, mas, antes, levá-las a procurar resposta, ela mesma, a suas inquietações (Grego.Platão, 727-347 a .c).

IV - CONFÊRENCIA NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: 2002. REALIZADOCONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente)

Garantir mobilização social e desencadear, quando necessário, processo de responsabilização jurídica na perspectiva da universalização da educação Infantil.

A educação infantil indispensável para a formação da criança por meio da educação, a criança vai se reconhecendo como um membro vivo do todo  (Alemão. Friedrich Froebel, 1782-1852);

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

Art. 26

Toda pessoa tem direito à instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementar e fundamental. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnica-profissional era acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.

A educação deve  propiciar ao corpo  e á alma toda a perfeição e a beleza que podem ter (Grego.Platão, 727-347 a .c);

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA (ADOTADA PELA ASSEMBLÉIA DAS NAÇÕES UNIDAS DE 20 DE NOVEMBRO DE 1959 E RATIFICADA PELO BRASIL)

PRINCÍPIO 7º

-         A criança terá direita a receber educação, que será gratuita e compulsória pela menos no grau primário;

-         Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais;

A educação é um caminho para vida pública e o exercício da ética (Grego. Aristóteles, 384-3822 a.c);

A propósito  da vida  humana é a  obtenção do que ele chama de vida boa. Ser feliz e  ser útil à comunidade  (Grego. Aristóteles, 384-3822 a.c);

- CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL 12ª REGIÃO

- Políticas Públicas: Desafios e Perspectivas 1997.

O entendimento de que a política da criança e do adolescente deve  realizar-se de forma integrada  às demais políticas, para que atenda de forma adequada e digna, assegurando os Direitos Sociais, tem sido uma Diretriz inarredável dos alinhamentos e engajamentos dos representantes do CRESS nos Conselhos e  Fóruns. Estamos, nesse sentido, compondo a Comissão CNAS? CONANDA vista a normalizar convivência ECA/ LOAS, procurando opinar e apontar os caminhos da efetivação destas políticas.

O próprio nascimento da concepção da infância, o sentimento da Infância, analise as condições e mudanças da vida escola. (A vida escolástica). Para Philippe  Áries: Essa concepção a idade da infância como um período peculiar de nova condição humana. Segundo o autor esse olhar se forma com o fim da Idade Média, sendo inexistente na sociedade desse período. As primeiras demonstrações são caracterizadas pela paparicarão, era vista como um ser inocente e divertido, servindo como meio de entreter os adultos.

 

É comum a educação ser encarada como um valor único, invariável e redentor. E enredada em seu contexto  cultural” (Francês. Michael Foucault, 1926-1984);

É no século XVII, com a intensificação das críticas, que as perspectivas e ações em relação à  Infância começam a se deslocar para o campo moral e psicológico. É possível perceber que a criança perde seu anonimato e assume  um  papel central  no meio familiar. Nos dias de hoje, quando dizemos que uma criança já está idade escolar, entendemos facilmente que ela tenha por volta de seis  anos.

Até os fins do Séc. XVII, no entanto a mesma afirmação não teria muita  importância sobre a idade dessa criança. Até então, a escola havia se mantida alienada dessa classificação etária, uma vez que seu objetivo era mais  técnico, destinado a  aprendizes de qualquer idade ou clérigos, e não à educação infantil.

Durante a era Moderna. A escola embora muito tempo ignora  as diferenciações de idade, se concentra nas disciplinas, que tem uma origem religiosa e extremamente regida. Esse aspecto moral e  de vigilância seria curiosamente responsável pelo direcionamento das escolas Século XIX. Enquanto alguns tinham sua Infância delimitada pelo ciclo escolar, o tempo da disciplina da vigilância separada do  da liberdade,  adulta. Mas tarde, os internatos seriam exclusivos de uma elite o e o primário, ensino mais curto  seria destinado ao povo.

No Século XVIII como o surgimento da escola a preocupação da igualdade entre os filhos  à manutenção das crianças juntos aos pais e o sentimento de família valorizado pela igreja começa a  se delinear a família nuclear burguesa.

A alienação é conseqüência do afastamento entre os interesses do trabalhador e aquilo que ele  produz, tudo se  encontra em processo  de mudança.(Alemão, Karl Marx, 1818-1883);

2-  ESCOLA

-          Estabelecimento público ou privado onde se ministra ensino coletivo (Dicionário: Aurélio, 2001);

-           Não é quartel, a escola, não é convento. A escola tem de estar articulada no seu território com as outras políticas. (Maria  Luiza, 2001)

A educação é um processo de transformação das condições sociais, mais, ao mesmo tempo, é condicionado pelo processo (Alemão, Karl Marx, 1818-1883);

-  A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO  NACIONAL (LDB)

Art. 2º

A educação, dever da Família e  do Estado, inspirada  nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, em preparo para o exercício da cidadania e  sua qualificação para  o trabalho.

Art. 6º  -

São direitos Sociais, à Educação, à Saúde, os Trabalhos, à Moradia, o Lazer, á Segurança, à previdência Social, à  proteção à maternidade e à Infância, à Assistência, aos Desamparados, na  forma desta Constituição.(Redação dada pela emenda constitucional nº 26 de 2000)

Educação era  outra coisa: o objetivo  deverá  ser a sabedoria, isto é, conhecer o mundo  e a si mesmo (Grego. Sócrates, 469-399 a.c);

- CADERNO CEDE (47). NA MIRA DA VIOLÊNCIA A ESCOLA E SEUS AGENTES (1998)

A instituição escola não pode ser vista apenas como reprodutora das experiências de opressão, de violência de conflitos, advindas do plano macro-estrutural. È importante argumentar seu real papel. (CADERNO CEDES (47), 1998);

A escola existe, pois para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado (Ciência), bem  como o próprio acesso  aos rudimentos desse saber. As atividades da escola básica devem se organizar a partir dessa questão. Se chamarmos isso de currículo, podemos então afirmar que é a partir do saber sistematizado que  se estrutura o currículo da escola elementar. Ora, o saber sistematizado, a cultura erudita, é uma cultura letrada. Daí  que a primeira exigência para  o acesso a esse tipo de saber é aprender a ler e a escrever.Além disso, é preciso também aprender a linguagem da sociedade. Está  aí o conteúdo fundamental da escola elementar: LER, ESCREVER, CONTAR, os rudimentos das ciências naturais e das ciências sociais (Ribeiro, Maria, 2001p.32).

È sábio  o homem  que  pôs em  si tudo que  leva  à felicidade ou dela se aproxima (Grego. Sócrates, 469-399 a.C);

A escola é reorganizada para ser o mundo da criança, no qual as intromissões não poderão ser feitas em nome do mundo exterior, mas, ao contrário, é este que está errado no tratamento das crianças e que, portanto, deve  mudar. Inclusive o lar e toda a vida pública devem mudar. Daí a insistência da escola em entender seus poderes até o lar, o que ela consegue com sucesso. A sociedade é educada, por meio de legislação liberal, no sentido de mandar seus filhos à escola, e educada para compreender a existência da infância e  sua ligação  com a escola (Questão da nossa época, p.17,  e Celestino, p. 17, 1996)

Toda virtude  é conhecimento. Ao homem virtuoso, segundo ele, é dado conhecer o bem e o belo. A busca da virtude de vê prosseguir pela vida inteira. Portanto, a educação não pode  se restringir aos anos de juventude de educar é tão importante para uma ordem política baseada na justiça(Grego. Platão, 427-327 a.c);

Quando se inicia o século XX, a escola torna-se de direito, o lugar da infância, mas não seu lugar de fato. Então, a separação entre o mundo da criança e o mundo do trabalhado, que havia conquistado a consciência científica e democrática, torna-se um problema. E a pedagogia manifesta-se por meio, de uma nova linguagem, a escola está separada  da vida, e apartada da realidade.

Combater a alienação e a desumanizarão  e função  social da  educação, a educação deveria ser  ao mesmo tempo intelectual, física e técnica (Alemão, Karl Marx, 1818-1883);

Entendoque a educação escolar possibilita uma diversidade das especialidades profissionais. Durkheim a vê positivamente na medida em que concorre para a complexificação da divisão do trabalho social entre os homens, a solidariedade  orgânica, favorecendo a coesão e à  harmonia sociais. Para Durkheim as  relações entre educação e trabalho são externas.

Não se aprendem apenas idéias ou fatos mais também atitudes, idéias e senso crítico, desde que a escola disponha de condições para exercita-los” (Brasileiro. Anísio Teixeira, 1900- 1971);

Gramsci, no entanto, não pensa somente na escola do futuro. Vê méritos  na escola presente, tais méritos se devem, na sua conta, pelo fato de ser o trabalho. No mundo contemporâneo, a infância desaparece, isso é, não acontece, e, com isso, tampouco é possível a existência da personalidade individual. Por isso  sua vez, uma filosofia social inspirada em Foucault pode então dizer que a infância não desaparece, mas, sim, que  nunca  existiu  de forma  substancial.

Para o pragmatismo, o mundo em transformação requer um novo  tipo de homem consciente e bem preparado para resolver seus próprios problemas acompanhando a tríplice revolução da vida atual: Intelectual, pelo incremento das ciências, industrial, pela tecnologia, e social, pela democracia. Uma educação em mudança permanente em permanente reconstrução” (Brasil.ANÍSIOTEIXEIRA,1900- 1971);

A educação, mais que um dever do e Estado, é um dever da Família. Menos que um direito, é uma conquista do cidadão. Ao Estado cabe auxiliar a família, dando-lhe acesso gratuito à educação fundamental e possibilitando às famílias carentes, através de bolsas de estudos, optar entre a escola pública e a escola privada nos demais níveis. A escola privada não é concessão do Estado.(Celestino, 1996, p.58).

Todos os seres humanos guardam em si instintos tanto egoístas quanto altruístas. A educação deveria assumir a responsabilidade de desenvolver nos jovens  o altruísmo em detrimento do egoísmo, mostrando a eles que o objetivo existencial mais nobre é a vida as outras  pessoas (Francês. Augusto Comte, 1798-1857);

O  Assistente Social é o profissional especializado habilitado para identificar e atuar em problemas de educação. A saúde, trabalho, justiça e segurança, entre outras áreas, planejando e executando políticas públicas e programas comunitários. Também pode atuar diretamente com indivíduos, famílias, grupos, empresas e comunidade (Revista  Serviço social (86), 2006).

Procura na Infância o elo que igualaria todos os homens, sua essência boa e divina ainda não corrompida pelo convívio social (Alemão Friedrich Froebel, 1782-1852);

Só aprendemos quando assimilamos uma idéia de tal jeito que, chegado o momento oportuno sabemos agir de acordo  com o aprendido “(Brasileiro. Anísio Teixeira, 1900- 1971);

A missão do Assistente Social é de alcançar o bem estar do ser humano e ajudar a ir encontro das necessidades de todos, dando especial atenção às carências e ao fortalecimento daqueles que são vulneráveis, aos oprimidos e as que vivem na pobreza. Uma característica histórica que define o Serviço Social e a preocupação da profissão no que diz respeito ao bem – estar individual num contexto social e ao bem-estar da sociedade. Os Assistentes Sociais procuram também promover a receptividade das organizações, comunitárias e outras instituições sociais para as necessidades individuais e problemas sociais. (Código de Ética da Associação Nacional de Assistente Social - Nacional de Assistente Social -  revista Serviço Social ( 2006 pág.  86)

Onde quer que se discude da educação, o Estado sofre um golpe nocivo”(Grego.Aristóteles, 384-3822 a.c);

REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFIAS

-         FOUCAUL, M. microfisica  do poder, Rio de Janeiro, 1989;

-         In. Revista. Serviço Social e Sociedade (86) São Paulo: Cortez, julho, 2006;

-         In.Caderno cedes (47). Na mira da violência escola e seus agentes. São Paulo, unicamp, dezembro, 1998;


Autor: marcelo souza


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