Sun Tzu: como ser bem sucedido em um projeto



O livro A arte da guerra (孫子兵法), de autoria do estrategista chinês Sun Tzu, é um tratado militar composto de treze capítulos, escrito durante o século IV a.C. Entre as várias lições que se pode extrair da obra é a de que a primeira batalha a ser travada por uma pessoa é contra ela mesma. O livro expõe a importância da disciplina, do planejamento e da motivação. A idéia central de A arte da guerra, de Sun Tzu, é a de que se pode eximir-se da peleja, da batalha, do conflito, desde que haja um planejamento estratégico e uma integração entre o planejamento (estratégia) e a execução (tática).

Alguns passos devem ser seguidos para que um projeto, seja ele pessoal ou profissional, seja bem sucedido. Senão vejamos os treze passos ensinados em “A arte da guerra”:

Primeiro: Sun Tzu nos ensina que devemos “criar situações que contribuam para a sua realização”. Todo projeto deve ser antecedido de um planejamento.

Segundo: Sun Tzu aconselha, primeiramente, a verificar o “custo da organização” do projeto antes de partir para a ação. Segundo o filósofo chinês, “o soldado experimentado não faz um segundo recrutamento, nem tampouco suas carroças de suprimento são carregadas mais de duas vezes”. Deve-se, então, verificar os custos e o orçamento necessário para se colocar em prática o projeto.

Terceiro: De acordo com Sun Tzu, todo aquele que se lança em uma batalha deve aprender a “controlar sua impaciência”, a qual pode gerar “defeitos desastrosos”. Todo projeto demanda um tempo específico; tudo tem um tempo determinado para a concretização. A impaciência diante da demora pode prejudicar o seu andamento e levar a decisões precipitadas.

Quarto: Sun Tzu diz que devemos nos colocar “além da possibilidade de derrota”. Segundo ele, “vislumbrar a vitória somente quando esta estiver ao alcance da percepção das pessoas comuns não é o auge da virtude”.

Quinto: De acordo com os ensinamentos de Sun Tzu, o controle da execução de um projeto é “meramente uma questão de organização” e “a qualidade da decisão é como o mergulho oportuno do falcão”. Portanto, organização e decisão correta são fundamentais.

Sexto: Sun Tzu aconselha a não focar muitos pontos ao mesmo tempo, pois as “forças distribuídas em muitas direções, o poder de combate que se enfrentará em um determinado ponto será proporcionalmente fraco”. O melhor é concentrar-se em um só projeto.

Sétimo: Sun Tzu alerta para as sociedades, justificando que “ninguém pode fazer alianças sem estar ciente das intenções dos vizinhos”. Tocar um projeto sozinho é, portanto, mais aconselhável.

Oitavo: De acordo com o filósofo chinês, aquele que entra em um projeto deve ser “versado na arte de variar os planos”, devendo considerar “ tanto os fatores favoráveis como os desfavoráveis”.

Nono: Para Sun Tzu, “aquele que não praticar a reflexão prévia e fizer pouco de seus oponentes estará se arriscando a ser derrotado por eles”, ou seja, é necessário refletir sobre os planos e não desconsiderar as circunstâncias externas.

Décimo: Segundo os ensinamentos de Sun Tzu, desconhecer “a natureza do terreno torna o combate impraticável”. Quem decide colocar em prática um projeto deve analisar os meios e os fins de tal projeto, todas as etapas pelas quais ele passará.

Décimo primeiro: Sun Tzu afirma que “a conveniência da tática ofensiva ou defensiva, e as leis fundamentais da natureza humana são questões que, com toda certeza, devem ser estudadas a fundo”. Isso quer dizer que o indivíduo que se propõe a investir em um projeto deve levar em consideração tanto a tática ofensiva – a sua execução – quanto a defensiva – os problemas que podem advir durante a execução; além disso, principalmente em projetos pessoais, quem projeta algo deve ter conhecimento de si mesmo e das pessoas envolvidas.

Décimo segundo: Sun Tzu diz: “Infeliz será o destino daquele que vencer suas batalhas, conquistar os objetivos que lhe foram atribuídos e não cultivar o espírito da audácia, aproveitando o êxito; porque o resultado será perda de tempo e estagnação geral”. De acordo com o seu ensinamento, depois que o indivíduo realizou o projeto, alcançou os objetivos e teve êxito, mas parar e não dar continuidade a ele, desfrutando daquilo que dele pode advir, perdeu seu tempo e estagnou.

Décimo terceiro: Por fim, o estrategista chinês afirma que são “as informações oportunas que permitem ao soberano esclarecido e ao bom general atacar e vencer, e obter feitos fora do alcance dos homens comuns”. A maioria das pessoas executa algum tipo de projeto e atinge seu objetivo; entretanto, Sun Tzu incentiva-nos a buscarmos patamares mais elevados, acima do comum.

Destarte, aquele que conhecer perfeitamente esses treze passos inspirados nos ensinamentos do filósofo e estrategista chinês, em “A arte da guerra”, e colocar em prática seu conhecimento, certamente alcançará êxito.

* Prof. Maurício Apolinário
é autor do livro “A arte da guerra para professores.
www.mauricioapolinario.recantodasletras.com.br
Autor: Prof. Maurício Apolinário


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