20 Passos para jogar sua vida fora – Parte I



Múcio Morais

Meu maior laboratório sou eu mesmo. Andei observando para onde foram alguns anos de minha vida, neste exercício encontrei uma série de pérolas (mais de 20) que agora transformo em palestras e artigos a fim de compartilhar com você algumas maneiras incríveis de desperdiçar o bem mais precioso que temos aqui: A VIDA. Hoje falarei de duas...

1. PERCA TEMPO JULGANDO OS OUTROS
Perca muito tempo nesta atividade. Esta que pode te tirar do convívio de muita gente, é claro, gente muito pior que você.
Esta atividade vai lhe tirar dos principais aniversários, festas, casamentos, batizados, encontros de família etc. Vai evitar aquelas gargalhadas insuportáveis, ambientes de brincadeiras, beijos, abraços, coisas assim. Julgar é uma atividade relativamente simples. É quase uma questão de postura diante da vida, diante dos outros. Comece se sentindo o máximo, alguma coisa próxima de dono da verdade. O Segundo passo é mais simples ainda, basta olhar para os outros de cima pra baixo, lembre-se: você é o maioral ok? Julgue as ações e reações, lembre-se de apimentar e presumir que o outro estava sempre mal intencionado. Coisa de gente ruim mesmo, sabe? Nada muito complicado, basta usar a expressão “eu sabia” ao final de cada avaliação. Ah sim, se possível faça em publico para que o efeito destruidor seja maior, se houver então um embate, aí você começa logo na segunda atividade para jogar fora sua vida, o Rancor. É excelente, quer ver?

2. MANTENHA-SE SEMPRE EM POSIÇÃO DE RANCOR
Recuse perdoar sempre. A Qualquer tentativa de reconciliação busque imediatamente na memória aqueles acontecimentos e sentimentos habilmente desenvolvidos por você no(s) momento(s) de julgamento. É maravilhoso, seu cérebro guarda tudinho, cada detalhe e você recebe aquelas frases arquivadas e separadas para protege-lo de qualquer tentativa de sabotagem emocional, basta repeti-las: Com sua família? TÔ FORA, Festa na empresa? NÃO VOU MAIS, Sua mãe? É, sem comentários. Ah, tem uma ótima, é da linha do “Eu não sou obrigado” veja só: Eu não sou obrigado a aceitar isso, Eu não sou obrigado a conviver com fulano, Eu não sou obrigado a escutar isso; Tem também a linha preferida dos adolescentes, a linha do eu não pedi: Eu não pedi pra nascer, eu não pedi para ser pobre, eu não pedi pra ser rico... Enfim, o Rancor deve levar embora uns 30% de sua vida. Mas cuidado com datas especiais, e-mail´s de colegas e coisas do gênero, delete tudo. Parece brincadeira, mas sempre terá gente tentando te comover e destruir sua autoestima demonstrando sua incompetência para julgar.

Fico por aqui. Preciso rever algumas coisas. Acho que tenho algumas ligações para fazer, melhor fazer agora antes que as atividades do dia se mostrem mais importantes que as pessoas. Sabe, estou tentado a mandar e-mail´s ao invés de ligar. É mais fácil escrever do que falar, pelo menos pra mim. É, deixa-me dominar o Dragão político interior e fazer minhas ligações. Porque cometer mais um dislate. “Agüenta aí...

...10 minutos depois...
Acabei de ligar para minha irmã Kátia, pedi perdão a ela por julga-la em uma situação ha algumas semanas atrás... A Gente estava meio cara amarrada um para o outro. Ela, meu sobrinho IAN e meu cunhado Fauzzi são muito preciosos pra mim. É, estou com a sensação de ter ganhado alguns anos de vida! Estraguei tudo de novo. Essa mania de tentar ser gente.

Eu também tenho encrencas...


Ótimo dia!
Múcio Morais
Autor: Múcio Morais


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