QUANDO O ASSUNTO É SEXO



QUANDO O ASSUNTO É SEXO

Por Sonia das Graças Oliveira Silva



A educação das crianças começa no nascimento, isso é fato. E vale também para a educação sexual. Os primeiros e principais responsáveis são os pais. Depois, os pais contam com outros adultos para ajudá-los nesta difícil tarefa de educar, ou seja, os professores.
Nos dias atuais, em que a maioria das mulheres que são mães e precisam trabalhar deixam seus filhos, desde cedo, nas escolas, torna-se muito importante a colaboração destes profissionais. Mas muitas crianças ainda ficam em casa, sem escola e algumas tem como babá a telinha da TV, ou em casos muito piores, as ruas.
Infelizmente, existe uma grande erotização das crianças e adolescentes na sociedade e isso acarreta cada vez mais problemas na área do comportamento sexual. Percebe-se no Brasil um alto índice de adolescentes grávidas, quase crianças com crianças no colo, o que ocasiona muitos problemas familiares com esses pequenos seres.
Há que se considerar que muitos pais se abstêm de falar ou não sabem como falar e ensinar as crianças e adolescentes sobre o assunto sexo. No entanto, as crianças desde pequenas já dançam, sem saber, músicas com letras e gestos que falam sobre sexo, namoro, beijos, transas, etc.
Muitas crianças ouvem falar em usar camisinha sem ter a noção de que “camisinha é essa”. Ouvem falar em AIDS, mas não sabem o que vem a ser isso. As crianças, por não terem ainda capacidade de entender o que é tudo isso, se é certo ou errado, precisam ser protegidas. E a saída, com certeza, é direcionar a educação sexual cada vez mais para os mais jovens.
A maioria dos adolescentes, por mais incrível que pareça, em detrimento de tanta informação veiculada, é pouco informada a respeito da própria sexualidade e reprodução. Muitos não sabem dizer “não” ao sexo indesejado, nem sabem negociar a prática do sexo seguro.
O sexo é uma parte importante e significativa da vida. No sexo, como em muitas outras partes da vida, é importante saber respeitar a si mesmo em primeiro lugar para depois respeitar os outros. Isso inclui a capacidade de saber dizer não quando não se quer! Nem sempre é fácil dizer não! Muitas vezes o desejo de dizer não entra em conflito com o que os amigos pensam, ou o namorado quer...
Apesar do grande número de adolescentes grávidas, muitos pais ainda acreditam que negando informações aos jovens sobre sexualidade e contracepção, estarão evitando o início precoce da vida sexual. O que ocorre, de fato, é que a educação sexual de qualidade dá aos jovens condições para escolherem o momento apropriado para o início da vida sexual segura, saudável e prazerosa.
Na adolescência, a curiosidade é enorme, os jovens querem respostas a todo custo, mas têm dificuldades em perguntar para as pessoas certas. A tarefa de dar as respostas certas fica, normalmente, para o profissional que é especialista no assunto, mas ele não pode atuar sozinho. O resultado é melhor quando é feito em parceria com outros professores, quando é usada a tecnologia, como filmes educativos, vídeos, etc.
É importante uma dose de carinho dos professores na hora de satisfazer a curiosidade; a informação deve ser precisa, pois muitas vezes o (a) jovem até já iniciou sua vida sexual precocemente e está ávido (a) por uma resposta para o seu problema.
Pesquisas mostram que o adolescente que recebe educação sexual na escola, ou que é bem orientado desde pequeno pelos pais, costuma adiar sua primeira vez, ou ainda, o faz de maneira mais responsável.
Quando o professor e os pais reconhecem a complexidade do assunto e exercem seus papéis com dignidade, eles estarão contribuindo para o entendimento dos adolescentes de que sexo é natural, pode dar prazer, mas necessita de muita responsabilidade e maturidade para isso.
Autor: SONIA DAS GRAÇAS OLIVEIRA SILVA


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