ESTRESSE INFANTIL



ESTRESSE INFANTIL


Por Sonia das Graças Oliveira Silva


Nos dias atuais fala-se muito em crianças estressadas. Algumas apresentam sérios sintomas como: insônia e alterações de comportamento. Mas quais seriam as causas de tais mudanças? As crianças, cada vez mais cedo precisam ir para a escola ou para a creche. Estão assumindo responsabilidades de horários a cumprir como se fossem pequenos adultos. Enfrentam problemas como o excesso de atividades extra classe; a disputa pela melhor posição em várias atividades; a ausência dos pais em casa; e, por vezes, acabam participando das discussões e ouvem falar de todo o tipo de problemas na família.
Muitas crianças sentem na pele o peso das exigências e das angústias dos adultos. Percebem como os pais ficam com a falta de dinheiro e/ou com a falta de trabalho para os membros da família.
Quando ocorre alguma briga ou discussão acaba sobrando mágoas para os pequenos, o que ocasiona muita “nota vermelha” na escola. A mudança de escola, de residência ou de cidade, a separação dos pais, o nascimento de irmãos, morte de alguém muito querido pela criança, são questões importantes e causadoras do estresse infantil.
Outras causas como a ansiedade da criança, a timidez, o medo de não dar conta dos trabalhos a ela impostos, dúvidas quanto a si mesma, quanto às próprias mudanças físicas, medo de ser motivo de chacota dos amigos, enfim, todo tipo de sentimento, bem do fundo da alma da criança, podem levá-la ao estresse e ocasionar outros problemas mais sérios.
Há que se considerar também a escola, onde, muitas vezes a criança não se adapta e convive diariamente com professores também nervosos e estressados.
Tanto os pais como os professores e pessoas que convivem com a criança no seu dia-a-dia devem estar atentos aos sintomas que as crianças demonstram. Vários médicos citam como sintomas de estresse: os pesadelos, hiperatividade, desatenção, dores musculares nas pernas, apatia, inquietude, dor de barriga, desobediência, medo, fobia, dificuldades na escola e, principalmente, a criança aparenta estar infeliz.
Acredito que o mundo moderno, com tanta tecnologia nos favorece muito, no entanto, também exerce sobre as crianças muita pressão, cobranças, agitação e competitividade. O excesso de atividades, colocado à frente das crianças pelos pais, mesmo sendo com a melhor das intenções, acabam por preencher todo o seu dia não sobrando tempo para as brincadeiras, para os amigos, enfim, para o seu desenvolvimento emocional e social.
A sociedade hoje, apresenta uma família que não tem mais tempo de ficar juntos: pai, mãe e filhos, por muito tempo. Os horários são contados, se tem o pai por um período, não tem a mãe. Isso gera nos pais sentimentos de cobranças e culpa.
Na tentativa de aliviar o estresse das crianças, os pais precisam, antes, cuidar do próprio estresse. Desenvolver atitudes positivas, aumentar a dose de paciência, demonstrar alegria em estar com o filho, juntamente com atitudes de enfrentamento dos desafios do dia-a-dia, são maneiras de ajudar a criança a resolver os seus problemas e fazer crescer a sua auto-estima.
É importante diminuir as exigências, brincar com a criança, levá-la a passeios, cinema, caminhadas, conversar muito com ela, sem críticas e recriminações. Deixar a criança falar, pois ela deve sentir que tem o apoio dos pais, e que eles estão interessados nos seus problemas. O diálogo, ainda é o método recomendado, em qualquer situação, como uma forma de carinho e atenção no combate ao estresse infantil.



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Autor: SONIA DAS GRAÇAS OLIVEIRA SILVA


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