Balanced Scorecard (BSC)



A premissa básica do BSC é que um conjunto de orientações construídas segundo à natureza de seus objetivos propiciarão resultados que se refletirão em outras perspectivas desejadas numa escalada gradual, coerente e lógica, até a consecução do intento maior ou final. Estas ações e resultados decorrentes das reações de causa e efeito se estruturadas e encadeadas logicamente, evitarão descontinuidades.

Assim, otimização na implementação do planejamento é obtida pelo agrupamento e ordenação das orientações segundo suas perspectivas (patamares). Um patamar deve esgotar e efetivar as orientações necessárias e suficientes para que a seguinte seja estruturada e obtenha resultados.

Kaplan e Norton ao idealizarem o BSC estruturaram o método em quatro perspectivas que basicamente atendem as necessidades da maioria da empresas: a) o interesse dos proprietários e acionistas (remuneração do investimento), b) clientes da empresa devem estar satisfeitos e consumirem quantidades que maximizem o lucro, para tanto c) a empresa deve racionalizar seus processos internos buscando a excelência dos métodos e de força de trabalho, através da d) otimização do aprendizado do capital humano e da infraestrutura.
A: reações de causa e efeito perseguidas na metodologia resultam de uma cadeia de ações orientadas do aprendizado aos interesses dos proprietários, passando pelas melhorias dos processos internos para obtenção da satisfação dos clientes. Desta forma a) investimentos em aprendizado melhora a qualidade dos serviços, b)melhora na qualidade resulta em satisfação do cliente, c) satisfação redunda em lealdade dos clientes e d)aumento de lealdade se traduz em crescimento e lucro.

O BSC não pretende substituir o planejamento estratégico na obtenção da vantagem competitiva ou na busca de melhor posicionamento da empresa no mercado, pois as orientações estratégicas devem resultar também de políticas, diretrizes, análise das oportunidades e ameaças do ambiente externo, do conhecimento das forças e fraquezas próprias, além dos cenários que se formarão pelos fatores conjunturais (sociais, econômicos, demográficos, culturais, etc.). Pretende sim, ser uma ferramenta de apoio, a disposição do planejador na implementação do plano.

O BSC deve ser orientador e capacitor de programas de melhorias departamentais desde que não conflitem com interesses da administração estratégica, posto que o alinhamento e a congruência dos resultados devem ser consoantes com as diretrizes da organização. O método simplifica o plano de implementação das ações parciais em nível de áreas organizacionais, com a adoção de medidas restritas.

Na implementação de um programa de melhoria, o BSC orienta para criação dos scorecards - fichas ou planilhas para construção e acompanhamento do programa prescrevendo um conjunto de quatro definições: a) os objetivos – declaração clara e assertiva dos alvos que se pretende atingir, b) o método de mensuração e obtenção dos indicadores para monitoramento do desempenho ou resultados, c) as metas - quantificações ou qualificações e periodicidade dos objetivos factíveis com os recursos, competências e capacidade da empresa e devem ser deliberadas (consensuais) pelo grupo responsável pelo atingimento das metas e, d) as iniciativas a serem praticadas para o atingimento das metas.

Embora as quatro perspectivas sejam um padrão da metodologia, nada impede que o planejador utilize outras configurações que traduzam melhor sua pretensão. Por exemplo, num planejamento de progresso pessoal, pode definir como primeira perspectiva o (a) crescimento pessoal (financeiro, social, cultural, profissional, etc), como segunda perspectiva (b) influenciar, convencer, agradar, favorecer, satisfazer pessoas ou entidades que o apóiem no intento (empresa, professores, família, comunidade, amigos, etc.), bastando para tanto (c) desenvolver suas competências pessoais (atitudes, conhecimentos e habilidades), devendo (d) cuidar de seus núcleos de resultados internos (familiar, espiritual/mental, físico, emocional, intelectual, social, ecológico, financeiro, profissional), pois o ser humano é um todo sinérgico e se alguma área de resultado está descompensada, em desequilíbrio, desalinhada, ela vai provocar desequilíbrio.

Um outro exemplo seria a realização de um espetáculo cujos promotores (financiadores) tem interesse no entretenimento de determinado público (clientes) e para isso contratam artistas (executores) que ensaiam a apresentação (aprendizado).
Promotores
Autor: Wagner Herrera


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