Excremento Parlamentar



Está belo esse país, tão bonito que de tão esquisito se tornou mais que ridículo. A cada dia uma surpresa que desanima, mais uma ilusão otimista fracassada, pela sempre e já estagnada falta de moralidade política. Aonde é que será que se encontra aquele uísque 18 anos marca “Ética”? Será que se vende? Ao menos isto, uma especialidade política brasileira a parte, o comprar a quem se vende.
Quando se está interessado em assistir algo cômico, não é mais necessário se deslocar ao cinema, basta ligar a televisão na TV Senado, e começamos a nos sentir como telespectadores “serpentólogos”, diante de tanta selvageria disfarçada, só uma designação a quase todos lhe servem bem, demagogos!
Aqueles procedimentos formais polidos de “Não me toque!!!”, com sessões sempre de voto secreto quando se há requerimentos de partes como brio, vergonha, responsabilidade nacional, tudo aquilo que na sua essência, quando na ausência, esfacela o sentido tão amplo da Moral.
A Ética então, deve estar perdida entre as PEC’s e MP’s, movidas somente quando do reembolso ou favorecimento de partidos, parecem felinos disputando o último pedaço de carne, já desconhecem o pão da classe baixa. A ética agora já não corresponde nem a responsabilidade de seus atos, os fins já não mais justificam os meios, tudo resulta na querida emenda constitucional da Imunidade Parlamentar, anjo da guarda dos homens transeuntes, rede dos peixes malcheirosos.
Um fato que é irreprochável aos que deflagram a pedra no pecado, a fim de dar esperanças aos corações patriotas, é a recente aprovação do Luiz Antônio Pagot pela descabida indicação do nosso “esselentíssimo” presidente para chefiar o DNIT –(Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes), órgão o qual não merece ser ordenado por um homem que já desperta tantas dúvidas, além de algumas afirmações como no pronunciamento recente do senador Mario Couto (PSDB-PA):

“[...]Vejam bem. O Sr. Luiz Antônio Pagot foi funcionário desta Casa. Está aqui a declaração solicitada pelo meu Partido e confirmada por esta Casa, no período de 1995 a 2002. Pasmem senhores e senhoras! Olhem o fato: no período de 1995 a 2002 o Sr. Luiz Antônio Pagot trabalhou nesta Casa. Olhem o fato: no mesmo período ele trabalhou numa empresa, em Itacoatiara, por nome de Hermasa. Fato grave, porque a Lei nº. 8.112, de 1990, não permite isso. Pior, no seu currículo encaminhado a esta Casa, Sr. Presidente, ele oculta essa informação.
Nada, senador Mozarildo, absolutamente nada tenho contra Luiz Antônio Pagot. Nem o conheço. Repito, nem o conheço, nem sei quem é. Agora, pelo amor da Santa Filomena, aprovar o nome desse homem aqui vai ser uma agressão a esta Casa. Um homem que mentiu, que ocultou do Senado, no seu currículo, que trabalhou nesta Casa. E o Senado confirma, o Senado confirma que esse homem trabalhou. Ele tem de devolver R$428 mil a esta Casa. Foi quanto ele faturou nesse período. Tem que devolver.
Presidente Lula, Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo amor de Deus, retire o nome desse homem. Retire o nome desse homem, Presidente! Nós não podemos votar num homem que ocultou do Senado informações. Nós não podemos votar em um homem que recebeu R$428 mil deste Senado e não trabalhou. [...]”.

Realmente é lamentável ter que consignar tantas críticas aos representantes da política brasileira, são poucos os que se sobressaem do calabouço enegrecido. Os comentários tragicômicos de Arnaldo Jabor deixam o posto de profecia, sim! Por que na realidade somos todos hereges, reconhecendo em supostos devaneios mentais a concepção de bois imaginários, firmas inexistentes, crimes de senadores, falta de vergonha, heresia dos brasileiros! Onde é que já se viu tantos dejetos opressores da verdade? Vergonha da desmoralização da própria mentira, Viva Jabor!!! Viva o nosso promissor partido da contracultura contemporânea, como é mesmo o nome dele? P...Q...P...
Lembrando, não é o que vocês estão pensando... é apenas o indignado Partido Que Palhaçada!
Autor: Smadson Lima


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