Feliz 2008!



FELIZ 2008!

 Uma pesquisa realizada, revela que oitenta e seis por cento dos brasileiros ficam estressados na época do Natal. Segundo o estudo, para a grande maioria das pessoas, esta é uma época de confraternização, de alegria, mas que também gera muita expectativa. E muita irritabilidade.

Todo mundo espera que tudo dê certo, que o dinheiro seja suficiente, que a família fique reunida, que o ano que começa seja melhor... E além disso, existe a rotina de fim de ano, que é extremamente exaustiva.

O estresse começa no trânsito, que costuma ficar muito intenso nesta época. A maratona de enfrentar o grande movimento nas lojas, as filas que parecem intermináveis, e ainda o calor excessivo que causa um cansaço ainda maior, ou a chuva que dificulta ainda mais o corre- corre das pessoas pelas ruas.

E esta, que a princípio deveria ser uma época de tranqüilidade, de serenidade, devido ao famoso espírito natalino, se transforma, para tantas pessoas, em época de explosão de irritabilidade.

Como a cena que no último dia vinte e quatro presenciei em um supermercado: uma mulher, após um senhor ter esbarrado nela, numa reação que causou surpresa em todos os que presenciaram, jogou uma caixa de panettone no chão, e a chutou com força. Depois deu um sorriso, e diante das expressões de susto e de surpresa de todos que ali estavam, saiu tranquilamente, com um sorriso que me pareceu de alívio!

Será que aquela reação explosiva a relaxou um pouco?

Voltei para casa pensando naquela cena, e em quanto o ser humano tem dificuldade para ser feliz, para se manter sereno. Algumas pessoas se acostumam a acumular tanta irritabilidade, que conduzem a vida, como se fossem bombas, prestes a explodirem. E fico assustada!

E fico realmente desejando que uma virada de ano, resulte em um milagre.

Que os votos de paz, harmonia, sucesso e realizações, deixem de ser simplesmente palavras gentis repetidas automaticamente a cada passagem de ano, e se transformem em profundos desejos interiores concretizados em movimentos de cooperação, de respeito pelo outro e posicionamentos firmes de vida, durante todo o ano! E por todos os anos!

Acredito que o desejo e a necessidade de um mundo realmente mais fraterno e solidário, são comuns a todos que aqui vivem.   Todos temos o desejo e a necessidade de sermos respeitados. Então, vamos assumir isso, vamos aproveitar o começo de um ano novo, e realmente inaugurar um mundo novo, onde tudo que é bom seja perpetuado e continue a existir, e substitua gradativamente tudo aquilo que nos faça mal, e que provoque mal a quem nos rodeia!
 Na passagem do ano, quando substituímos o número no calendário, quem sabe, aproveitamos e mudamos também pelo menos um pouco, algumas atitudes egoístas que temos?

Que tal, passarmos a realmente enxergar o outro, substituindo o nosso egoísmo, pela capacidade de nos colocarmos no lugar dele?

E substituirmos a expressão de aborrecimento por algum acontecimento isolado, por uma expressão mais leve, sorridente, propagando a satisfação e a felicidade pelo acontecimento maior que é a vida?

Que o desejo de viver numa sociedade pacífica, fraterna, onde sempre poderemos ter a certeza e a tranqüilidade de que seremos respeitados e valorizados, enquanto seres humanos, cresça de tal maneira, que transborde além de nós, e se materialize através de atitudes em todos os dias da nossa vida!

Por mais motivos que você tenha para reclamar, existe um presente que supera todos eles, que é o privilégio de se estar vivo, de se ter vida e de sempre existir a possibilidade de se viver de maneira realmente melhor! Lembre-se disso!

E que todos os alimentos, inclusive os panettones sejam saboreados com prazer,com um sorriso de agradecimento, principalmente num país, onde um grande número de pessoas não tem acesso ao básico para pelo menos matar a fome!

FELIZ 2008! Sonhe, mas sonhe muito, principalmente quando estiver deitado dormindo, ou simplesmente descansando. Só não se esqueça de transformar alguns destes sonhos em metas, pois não podemos nos esquecer, que a maior parte da vida de todos nós acontece quando estamos acordados!


Autor: Maria Aparecida Francisquini


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