ÍNDICES DE DESEMPENHO ORGANIZACIONAL SOB DIFERENTES ENFOQUES



Quando se busca a avaliação do desempenho de uma empresa, é necessário que seja realizada uma análise baseada em índices, pois são eles que permitem a mensuração das conseqüências financeiras e econômicas das decisões dos gestores. Só que poucos analistas definem elementos corretos que possibilitam uma análise completa. Esses elementos, que são a base para o inicio de qualquer verificação, partem dos seguintes aspectos: (a) ponto de vista adotado, (b) objetivos da análise e (c) padrões potenciais de comparação.
Qualquer índice específico só é útil em relação ao ponto de vista considerado e aos objetivos específicos de uma análise. Quando há tal confronto, um índice pode se tornar um padrão de comparação para os diferentes níveis de interesse. Como se sabe, os índices financeiros são muito especulados e proporcionam a satisfação ou não dos interesses de grupos importantes e muito influentes numa organização como os proprietários, gerentes e fornecedores/credores.
Na perspectiva dos proprietários, procura-se avaliar os índices de rentabilidade (como retorno sobre o patrimônio liquido, lucro e valorização de ações, bem como o retorno sobre o capital ordinário, sendo considerados índices de principal interesse dos empresários) e índices de destinação dos lucros (dividendos por ação, rendimento dos dividendos, índice de retenção de lucro e o confronto de dividendos com os ativos da empresa). Além disso, é importante ressaltar que os proprietários baseiam-se em indicadores do mercado, porque são esses que possibilitam comprar o valor de mercado da organização com o valor registrado no livro contábil.
Na perspectiva dos gerentes ou administradores, os indicadores que devem ser levados em conta são os que permitem uma análise operacional (como margem bruta, margem líquida, alavancagem operacional), a gestão eficiente dos recursos (principal item de análise dessa perspectiva, pois itens como o giro do ativo e administração do capital de giro afetam diretamente na liquidez da organização) e a rentabilidade (agora o que se avalia é o retorno sobre ativos, investimentos em projetos econômicos e o retorno sobre a base corrente de valor).
Já os credores procuram analisar a empresa sob o enfoque dos índices de liquidez (liquidez seca, corrente, imediata) e de alvancagem financeira (índice de endividamento, exigível total, patrimônio liquido, cobertura dos juros e na análise do fluxo de caixa), pois sua preocupação baseia-se na no retorno que podem obter como financiadores das necessidades da empresa.
Assim, nota-se que para realizar a mensuração correta e mais completa dos aspectos financeiros de uma organização precisa-se adotar indicadores distintos para cada perspectiva de interesse. Dessa forma, qualquer pessoa que busque avaliar o desempenho de uma empresa deve levar em conta o ambiente como um todo e às exigências que são impostas em nível sistêmico. Ademais, trabalhar com outras ferramentas de gestão em conjunto, como o Balanced Score Card por exemplo, auxiliam para a ampliação e melhor detalhamento desses indicadores.
Autor: RODRIGO RORATTO*


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