O AVANÇO DAS MARCAS PRÓPRIAS



Presença cada vez mais marcante nas prateleiras dos supermercados, os produtos de marca própria já conquistaram um espaço importante nos carrinhos de quem vai às compras.

De acordo com o levantamento "Hábitos e comportamento do consumidor de marca própria", da LatinPanel, divulgado pela Abmapro - Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização, itens com o nome do próprio estabelecimento ou de uma marca mantida pelo varejista apresentam índices de penetração de 35% na categoria alimentos (que engloba itens de mercearia em geral, excetuando-se bebidas) nos lares nacionais.

Isso significa, por exemplo, que em um universo de 100 famílias pesquisadas, 35 delas consomem pelo menos um produto de marcada própria em gêneros alimentícios.

A pesquisa revelou ainda que em outros setores as marcas próprias também ganham mais espaço no consumo das famílias brasileiras. Em limpeza, que inclui itens como água sanitária, sabão etc, o índice de penetração desses produtos chega a 16%. Já em higiene, entre os quais estão xampu, sabonete etc, essa taxa chega a 8%.

"Os números podem ser considerados bons, mas ainda refletem que há bastante espaço e oportunidades de negócios tanto para os fabricantes como para varejistas", analisa Neide Montesano, presidente da Abmapro.

Por falar em oportunidades, há vários setores nos quais as marcas próprias possuem um grande potencial de crescimento em função de sua penetração ainda ser relativamente baixa. Na área de bebidas, atinge 24%; na têxtil, 12%, e na eletro correspondem a 7%.

"Esses setores poderiam ser melhor explorados e o principal beneficiado seria o consumidor, que teria à disposição um leque maior de opções de escolha e de compra", analisa Neide Montesano.

O consumo de produtos de marca própria aumentou no País nesses dois últimos anos.

Pelo levantamento da LatinPanel, houve um crescimento - de 58%, em 2005, para 67%, em 2007 - do número de domicílios em que os moradores manifestaram ter comprado esses produtos.

O índice de nove pontos porcentuais significa que, nesse período, 3,8 milhões de famílias passaram a consumir marca própria em algum momento, alcançando 29,4 milhões de lares.
Autor: Alfredo Passos


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