Artesãos ampliam em 50% vendas em loja do Sebrae/RS
O espaço foi inaugurado há pouco mais de um ano e comercializa produtos oriundos de projetos entre os profissionais e a instituição em todo o Estado.
A implantação de facilidades no pagamento dos clientes como a colocação de máquinas de cartão de crédito e a oferta de novos produtos, por exemplo, são alguns dos fatores que contribuíram para que o faturamento aumentasse.
No espaço de 100 metros quadrados são comercializadas a produção dos grupos Lã Pura, que reúne 35 artesãos de três municípios da Fronteira Oeste gaúcha (São Borja, Uruguaiana e Santana do Livramento); do Favos do Sul, que conta com 20 artesãos de São Borja; do Mão Gaúcha, pelo qual passaram mais de 300 artesãos, tendo hoje 178 diretamente ligados à produção, distribuídos em 35 núcleos no Rio Grande do Sul.
Também estão presentes na loja os grupos Bichos do Mar de Dentro, composto por profissionais de Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Camaquã e São Lourenço do Sul; o Projeto Canoa, com 10 artesãos de Canoas; e a Rede de Artesanato da Região das Missões, da qual fazem parte 30 artesãos da região, que recebem o apoio do Sebrae/RS por meio do Arranjo Produtivo Local (APL) Turismo Rota Missões.
Fazem parte do APL Turismo Rota Missões micro e pequenas empresas da cadeia turística dos 23 municípios que integram a Fundação Missões: hotéis e pousadas, bares, cantinas e restaurantes, agências de turismo, empresas de entretenimento e lazer e produtores associados, que são artesãos e fornecedores de insumos da cadeia turística.
O objetivo é consolidar o destino turístico Rota Missões por meio do aumento da competitividade das pequenas empresas da cadeia, da qualificação dos estabelecimentos e da promoção do destino com vistas à ampliação do seu mercado.
Atualmente, o estabelecimento é administrado pela Cooperativa dos Artesãos do Rio Grande do Sul (Cooparigs), detentora da marca Mão Gaúcha. De acordo com a gerente da cooperativa, Elis Guilloux, a loja é um sucesso. “Estamos muito satisfeitos com os resultados que o espaço está nos proporcionando até o momento. Os clientes estão gostando dos nossos produtos e temos certeza de que conseguiremos aumentar ainda mais as nossas vendas ao longo do ano”, avalia.
As expectativas do presidente da Cooparigs, Pedro Gonçalves Filho, também são muito positivas em relação aos próximos meses de funcionamento da loja. “Os grupos estão produzindo uma série de peças novas que vão ser lançadas no final de fevereiro na Paralela Gift.
Depois disso, o público poderá conferir de perto as novidades no nosso espaço no Mercado Público. Isso certamente atrairá mais clientes”, afirma.
Segundo a gestora estadual de Artesanato e Cultura do Sebrae/RS, Vânia Fernandes, o espaço no Mercado Público é de extrema importância para os artesãos gaúchos. “É a oportunidade que eles têm de trazer os produtos fabricados no interior do Estado para serem comercializados na Capital.
Isso dá maior visibilidade para o trabalho dos artesãos, fazendo com que eles não dependam apenas de feiras para exporem seus produtos”, afirma.
Além disso, Vânia destaca a localização do espaço. “O Mercado Público é um ponto turístico que atrai grande público e a tendência é que o fluxo de clientes aumente cada vez mais”, salienta.
O Mercado Público é um dos locais de comércio mais tradicionais da capital gaúcha. O prédio é uma imponente construção em estilo neoclássico, datada de 1869.
É um espaço múltiplo, onde os gaúchos freqüentam tradicionais restaurantes e compram artigos religiosos, especiarias importadas, hortigranjeiros, carnes e peixes.
Também fazem parte da tradição do Mercado os sorvetes caseiros feitos com receitas intocadas por mais de meio século, o chope bem servido e as especialidades da culinária gaúcha, segundo a Agência Sebrae de Notícias.
Autor: Alfredo Passos
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