VOCE TEM MEDO DO QUE?



As emoções e os sentimentos proporcionam a energia que faz funcionar a mente. As emoções do temor, da cólera, do amor trazem profundas alterações fisiológicas ao corpo. Se alguém recebe um tapa e se encoleriza ou se lhe apontam um arma e sente medo, as alterações fisiológicas são as mesmas o coração bate com mais força, aumenta a pressão e a quantidade de açúcar no sangue, a digestão fica paralisada. O propósito deste mecanismo biológico é preparar o corpo para fugir, lutar assegurar sua sobrevivência. Observando estes fatos concluímos que o problema de dirigir as emoções e sentimentos é o problema da energia, o manejo da força dinâmica.

A memória funciona de tal forma que os estímulos que tiveram lugar no dia anterior podem provocar hoje a energia emocional que se não for usada em alguma atividade, não desaparecerá nem dissipara, continuara aumentando até que atinja proporções que exigem uma descarga.

As vezes estas descargas se manifestam em explosões de cólera e passamos ao ataque contra a “ameaça”.Existem muitos que vivem neste estado de forma permanente e com o passar do tempo criam mais e mais mecanismos de defesa que os impedem de receber as “agressões” dos outros mas também de receber afeto. O ego usa estes mecanismos de defesa para defender-se da ansiedade despertada por alguma situação conhecida ou inesperada que poderá ter causado algum medo. Isso acontece sempre que algo nos é desconhecido ou quando achamos que algum desgosto do passado poderá repetir-se.

São muitos os mecanismos de defesa do ser humano : projeção, racionalização, negação, fuga fantasiosa, culpa, mas quando é que vamos entender que o limite
da normalidade foi ultrapassado?

A insegurança decorrente destas situações não deixam espaços para uma vida normal, vivemos tensos, irritados, deprimidos num permanente estado de medo irracional e o que é pior. Não reconhecemos isto, não sabemos por que estamos assim. Na verdade, procuramos sempre uma explicação lógica para nosso medo e nos habituamos a isso. Agindo assim, agarrando-nos a quanto alivio possa ser obtido através de justificativas de nosso raciocínio o medo permanece sempre latente, pois nunca é abordado de frente.

O medo deve ser enfrentado francamente e reconhecido como medo mesmo, este é o primeiro passo o segundo é eliminar o medo de ter medo. Se uma pessoa o espera, este virá antes mesmo que o verdadeiro estimulo esteja presente, pois a idéia tem suas raízes num foco de reconhecimento e se não for contida entra automaticamente em ação. Uma emoção pode ser despertada não somente por um estimulo externo ou situação emocional, mas também pela idéia de antecipação.

Podemos vencer o medo preparando a mente para vencer a idéia do medo, mantendo-a serena até que se esbarre com a coisa que inspira medo, não existe razão para antecipá-lo. O raciocínio sereno destas causas revela a inconsistência de nossos temores, então o medo perde seu poder.

A cura do medo consiste em confrontá-lo. Sendo o medo uma espécie de fuga diante de algo ou alguém, encará-lo é exatamente o contrário. Não há como fugir e enfrentar a situação ao mesmo tempo, pois nos dois casos são usados os mesmos sistemas musculares e nervosos. Um dos dois movimentos deverá prevalecer e se a aproximação for feita com coragem, o medo terá que finalmente desaparecer. A aproximação trás confiança e o medo e a confiança são incompatíveis.
Liberte-se, não deixe que a sua vida se reja por este sentimento destrutivo que impede seu crescimento e leva a estagnação e todo o tipo de doenças. Encare o seu medo de frente, seja ele qual for.
Autor: Carmen N.Kuroviski


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