A importância do mapeamento de competências
Por competências organizacionais* entende-se todo o corpo do conhecimento, medologias, processos, etc. da empresa (capital intelectual) e por competências individuais (capital humano) - o conjunto de saberes dos colaboradores (conhecimentos, habilidades e atitudes) que é o capital diferencial da organização.
Nesta era do conhecimento os ativos intangíveis chegam à cotação cinco vezes maior que os ativos físicos, principalmente em empresas de serviços. Os ativos intangíveis, também conhecidos como capital intelectual*, são constituídos segundo Edvinsson e Malone (1998), pelo capital humano, capital de clientes e capital estrutural (organizacional, processos e inovações).
Os ativos físicos sofrem monitoramento constante em grande parte das empresas tanto nas perspectivas contábil como física visando valorar sua depreciação e estado de conservação para não sofrer solução de con
tinuidade, e quanto ao capital humano? O fato de não se depreciar, gastar ou quebrar leva as organizações a negligenciá-lo quanto ao inventario e monitoramento? Mas, porquê fazê-lo? Quando?
As áreas organizacionais geralmente demandam competências similares quanto ao componente atitudinal (ser), embora que em função da natureza de processo peculiar às diversas funções que as áreas realizam, os componentes de conhecimento (saber) e/ou habilidades (fazer) exigem competências especificas..
O mapa de competências deve ser uma conseqüência da formulação de estratégias e fazer parte do plano de intenções (planejamento estratégico) com medidas de melhoria do capital intelectual na superação das fraquezas internas para enfrentamento da concorrência.
Daí, deduz-se que o mapa deve contemplar as competências requeridas na pretensão do atingimento da vantagem competitiva, pois os mapas disponíveis são genéricos e devem servir de orientador, porém o produto final deve conter aquelas competências essenciais para as estratégias propostas, as que trarão a diferença para organização.
O rol de competências necessárias ao sucesso do plano estratégico confrontado com o inventário e avaliação das competências disponíveis na empresa ou área tem como resultado o plano de desenvolvimento de competências, que será incorporado ao planejamento global da organização com objetivos, metas e atribuições.
Os Fatores críticos de sucesso* são excelentes facilitadores na construção do mapa, pois segundo Rockart (1978) - criador do conceito - “FCS são algumas áreas de atividade chave, cujos resultados favoráveis são absolutamente necessários para os gerentes atingirem seus objetivos”, assertiva corroborada por Bullen (1981) onde os “FCS são entendidos como um número limitado de áreas nas quais um resultado satisfatório assegura um bom desempenho competitivo aos indivíduos, departamentos e organizações”.
A prevalência destas áreas organizacionais sobre outras, sugere o estudo com maior critério no mapeamento e conclusões sobre competências desejáveis versus instaladas. Também um exame acurado da Cadeia de valor (Porter, 1989) e seus elos merece atenção para determinar as competências a serem desenvolvidas e implementadas.
Eventualmente o desenvolvimento de competências* pode não estar atrelado ao planejamento estratégico, sendo direcionado ao aumento de lucros (eficiência operacional), ao incremento de receitas (eficácia da forca de vendas), ao aumento de valor agregado* (atendimento, distribuição, serviços), etc., com conotação tática (departamental), neste caso a metodologia BSC se apresenta como ferramenta ideal.
* Alguns artigos do autor sobre assuntos relacionados podem ser encontrados neste site sob a URL http://www.artigos.com/option,com_comprofiler/task,userProfile/user,331/Itemid,60/
IMMVII
Autor: Wagner Herrera
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