A DENGUE NO BRASIL E NO RIO DE JANEIRO



A DENGUE NO BRASIL E NO RIO DE JANEIRO

A dengue é uma doença provocada pela picada do mosquito AEDES AEGYPTI (mosquito da dengue) que, quando infectado, faz com que o vírus penetre e contamine o organismo manifestando os sinais da doença num período que varia de 3 a 15 dias.

Após este período de incubação, o indivíduo contaminado começa a apresentar os seguintes sintomas:

DENGUE CLÁSSICA

Febre alta; Forte dor de cabeça; Dor atrás dos olhos; Perda do paladar e do apetite; Erupções na pele semelhantes ao sarampo; Náuseas, Vômitos e Tonturas; Cansaço; Dores no corpo, nos ossos e nas articulações.


DENGUE HEMORRÁGICA

Apresenta os mesmos sintomas da "Dengue Clássica" acrescidos dos seguintes sintomas chamados "SINAIS DE ALERTA": Fortes dores abdominais; Vômitos persistentes; Pele pálida, fria e úmida; Sangramento pelo nariz, boca e gengivas; Manchas vermelhas na pele; Sonolência, agitação e confusão mental; Boca seca e muita sede; Pulso rápido e fraco; Dificuldade respiratória e perda de consciência.

Nesse estágio, o quadro clínico do indivíduo se agrava e pode levar a morte em até 24 horas. Dados apresentados pelo Ministério da Saúde alertam que 5% dos casos de Dengue Hemorrágica são fatais.

Não há tratamento específico para dengue clássica. Além de repouso e ingestão de bastante líquido, os sintomas são tratados com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona) evitando-se os salicilatos, tipo "AAS" e a "ASPIRINA", tendo em vista que seu uso pode favorecer manifestações hemorrágicas.

Nos casos de dengue hemorrágica, é preciso estar atento aos primeiros sinais de alerta como, por exemplo, a queda de pressão. A fase crítica ocorre geralmente após o 3º dia da doença: o paciente deixa de ter febre e sente uma falsa sensação de melhora, mas em seguida o quadro clínico piora. A Secretaria de Vigilância Sanitária alerta que alguns dos sintomas da dengue só podem ser diagnosticados por um médico.

A dengue, mesmo na forma clássica, é uma doença séria. Caso a pessoa seja portadora de alguma doença crônica, como problemas cardíacos, devem ser tomados cuidados especiais. No entanto, ela é mais grave quando se apresenta na forma hemorrágica. Nesse caso, quando tratada a tempo, a pessoa não corre risco de morte.

As autoridades sanitárias alertam, também, que é praticamente impossível eliminar o mosquito, mas é possível evitar a sua proliferação identificando e eliminando os criadouros do AEDES AEGYPTI. Estima-se que 90% dos focos do mosquito estejam concentrados nas residências, independente de suas localizações geográficas (cidade, campo ou comunidades carentes).

Pneus abandonados, vasos de plantas, bacias, lajes, piscinas não tratadas adequadamente e quaisquer outros retentores de água oferecem altos riscos por se tratarem de locais perfeitos para a fêmea do mosquito depositar seus ovos. Desta forma, a melhor prevenção é limpar e retirar tudo que possa acumular água e oferecer risco.

O individuo que for contaminado pela dengue ainda corre o risco de ser contaminado outras vezes, mas nunca pelo mesmo tipo de vírus. Considerando que no Brasil foram identificados três tipos de vírus, é perfeitamente possível que uma pessoa seja contaminada três vezes, sempre por tipos de vírus diferentes.

Não há possibilidades de transmissão da dengue por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia e nem através de fontes de água ou de alimento.

Ainda não existe uma vacina capaz de imunizar as pessoas contra o vírus da doença, entretanto a comunidade científica internacional e brasileira está trabalhando firme nesse propósito. A dengue, com quatro tipos de vírus identificados até o momento (no Brasil foram identificados três), é um grande desafio para os pesquisadores tendo em vista a necessidade de se fazer uma combinação de todos os vírus para que se obtenha um imunizante realmente eficaz contra a doença. Entretanto a comunidade científica internacional e a brasileira esperam ter a vacina nos próximos cinco anos.

Face aos sérios problemas de saúde pública em todo o mundo, especialmente em países tropicais como o nosso, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes Aegypti, a dengue tornou-se uma praga mundial. Estudos da Organização Mundial de Saúde mostram que mais de 100 países em todos os continentes, exceto a Europa, registram a presença do mosquito e casos da doença.

Segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária, a dengue reemergiu no Município do Rio de Janeiro em 1986, a partir deste ano a doença se tornou endêmica apresentando anos epidêmicos. A média das taxas de incidência em anos não epidêmicos é de 27 casos/100.000 hab., já a média dos anos epidêmicos é de 470 casos/100.000 hab.

Em 2007, até novembro, o país registrou um aumento de 200 mil casos em relação ao mesmo período do ano anterior. No Rio de Janeiro, foram 57.112 notificações, sendo 144 ocorrências na forma hemorrágica e 18 óbitos. Os municípios com maior número de casos foram a capital e (21.237) e Niterói (7.360).

De acordo com o último balanço da doença, foram notificados 536.519 casos de dengue entre os meses de janeiro e novembro de 2007. Destes, 1.275 foram de casos de Febre Hemorrágica de Dengue (FHD), com 136 óbitos. Na Região Norte os registros chegaram a 46.012 casos de dengue, dos quais 140 ocorrências de FHD com 14 óbitos.


01/MAR/2008
Magno R Almeida

Fonte: Ministério da Saúde – Secretaria de Vigilância Sanitária
Autor: Magno R Almeida


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