Compreendendo as Organizações Contemporâneas



- Compreendendo as Organizações Contemporâneas

Em plena era da informação, o grande desafio deste momento é fazer com que as empresas tenham capacidade de se organizarem e se adaptarem as rápidas mudanças de um mercado cada vez mais complexo, dinâmico e turbulento. O gestor, contudo, tem que saber da importância do seu papel como agente de mudanças, ele tem que saber como o movimento do mercado afeta a comunidade, a sua empresa e seus concorrentes, e conseqüentemente o seu trabalho, interrelacionando-os.
A empresa de hoje, precisa adotar uma estrutura de gestão flexível, para que haja respostas imediatas às necessidades e desejos dos clientes, ou seja, a empresa precisa se estruturar de forma que a qualquer momento ela esteja apta a mudar, ou se adaptar. Mas para que isso aconteça, é necessário que as pessoas que fazem parte desta organização, possam e tenham condições de continuamente aprenderem, seja sobre o mercado, a empresa, sua profissão ou sobre elas mesmas, para assim adquirirem a capacidade de se autogerenciarem (tendência mundial na gestão das empresas), tornando-se responsáveis pelo desenvolvimento da empresa em que trabalham e pelo seu próprio.
Devemos ter em mente que toda a organização é formada por bens tangíveis (meios físicos, financeiros, etc.) e intangíveis (pessoas e os conhecimentos que podem agregar ao todo). Partindo deste pressuposto, sabemos que uma empresa tem sua cultura organizacional (e/ou seu pensamento estratégico) além de seus recursos físicos para a produção; e assim sendo, seus valores (tangíveis e intangíveis) devem ser constantemente reavaliados, observando se continuam capazes de responder de forma dinâmica as questões do mercado, mas sempre se preocupando nessas reavaliações, de terem seus objetivos e missão orientada por sua visão e valores, mantendo uma boa imagem pública, uma boa imagem interna e reputação empresarial, ou seja, coerência.
Ao longo do tempo em que a Administração se profissionalizou (séc. XIX, XX) as organizações foram observadas como estruturas piramidais rígidas, onde os ambientes interno e o externo são vistos como sistemas distintos e independentes, não relacionados. No atual momento da Administração mundial, esse conceito não é mais válido, pois ante as mudanças oriundas do processo da globalização e internacionalização da gestão, as empresas precisam responder efetivamente (com eficácia e eficiência) com a rapidez que essa nova dinâmica mercadológica lhes impõe.
A tendência, e ambição, das organizações é criar uma estrutura organizacional que seja capaz de “aprender” constantemente, por isso os modelos de gestão empresarial elaborados hoje em dia, que dão especial atenção a gestão do conhecimento, ao desenvolvimento real de talentos, ao intra-empreendorismo e a qualidade de vida, são bem aceitos, pois o maior desafio da administração atual está em inter-relacionar o capital físico e o capital intelectual, às necessidades operacionais das empresas, necessidades e desejos dos clientes e necessidades “morais” e de subsistência dos seus colaboradores internos.
Assim sendo, a nova forma de administrar está sendo afetada de várias maneiras que podem ser descritas pelas perguntas a seguir: Como encorajar, desvendar e usar a diversidade humana nas organizações? Como desenvolver um programa de aprendizagem sistemática que responda às complexas, e extremamente mutáveis, necessidades de seu macro e microambiente organizacional? Como redimensionar as fronteiras da organização, haja vista, que elas estão se tornando cada vez mais “virtuais” e suas operações mais terceirizadas? Como acompanhar as mudanças de mercado, fazendo com que a organização se beneficie com elas? Como lidar com as tecnologias e gestão das informações? Como posicionar a organização ante aos clientes e a comunidade em geral? Como alcançar o equilíbrio na gestão organizacional, ou seja, equilibrar eficácia (os resultados, do ponto de vista do cliente) e a eficiência (a excelência operacional, do ponto de vista dos colaboradores internos)? Como readaptar o papel do Administrador, como agente de mudança e de excelência na organização? Como redimensionar a o papel da Liderança e do Processo de Poder e Influência? Como encontrar e desenvolver o Diferencial Competitivo da organização? Como posicionar a empresa do ponto de vista “socialmente responsável” - dentro do contexto do desenvolvimento econômico regional - (não confundir com a responsabilidade social)? ... e que ferramentas de controle gerencial (sistema de informação gerencial) deve-se usar?
Segundo Robert Heller (org) e Bob Garratt em “Guia do Gerente Completo”, relata-se:
“As fronteiras tradicionais vem sofrendo erosão, e não apenas as organizacionais. A computação e as telecomunicações convergiram, esmaecendo as demarcações entre ‘varejo’ e ‘atacado’ ou entre ‘empresas’ e ‘governo’. Novos fluxos de informação de clientes, novas exigências dos clientes e novos canais de entrega estão forçando um fundamental repensar de conceitos.
O atual desafio é identificar as atividades que levam ao sucesso competitivo nesse novo mundo. Depois, é necessário organizar-se eficaz e efetivamente, definindo assim suas novas fronteiras.
Quer a pessoa trabalhe em uma empresa de fabricação tradicional ou de novos serviços em rápida evolução, a base ou análise do negócio permanecerá a mesma: projeto, produção, vendas e distribuição de produtos e serviços. O que muda agora é a necessidade crescente de novas estruturas e processos organizacionais para atender a essas novas demandas.
Tais mudanças, no entanto, requerem uma mudança significativa na postura mental e no comportamento gerencial ao se tomarem decisões. É preciso abandonar o pensamento binário dominante (ex: ou isto, ou aquilo) para adotar um pensamento mais sutil e integrador (ex: isto, aquilo, e...). Muitos atuais gerentes ainda não estão preparados para isso. O desafio é: por onde começar?”.

É importante ressaltar que a observação e avaliação constante da realidade da empresa é fundamental para o aprimoramento de sua gestão, assim como para o sucesso da mesma. Pois com isso fica mais fácil saber onde se está e principalmente onde se quer chegar, para que quer chegar e como é mais fácil chegar...e compreender a relação Colaborador x Empresa, Empresa x Empresa e Empresa x Sociedade, com o cuidado das conseqüências de suas decisões, é fundamental para a construção de um mundo mais igual, justo e com mais oportunidades.
Autor: Daniel Martins


Artigos Relacionados


GestÃo Do Conhecimento: Um Diferencial De Competitividade

Criação Do Bsc Em Resposta à Era Da Informação

GestÃo Do Conhecimento E As Pessoas Nas OrganizaÇÕes

Unijuí-teoria De Administração

Gestão Organizacional

Palestra(resumo): Gestão Empreendedora De Negócios E De Projetos

Marketing De Relacionamento