O PRESIDENTE LULA, A DENGUE E A FEBRE AMARELA



*Bia lopes


Ao surgimento dos primeiros casos de FEBRE AMARELA no Distrito Federal imediatamente foi iniciada a aplicação do “fumacê” pela Saúde Pública de Brasília! Lá pode? Não faz mal? Só faz mal aqui em Rondonópolis? Não faz mal para o Presidente?
Conforme nota divulgada pela Folha On Line, “Em Campinas-SP. A Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, iniciou nesta segunda-feira, dia 11 de junho de 2007, o bloqueio químico – nebulização com veneno - contra a dengue em áreas dos bairros na região sul de Campinas. A expectativa é atingir 2,1 mil imóveis até o dia 16 (...)
“Antes da nebulização, as equipes de saúde visitam as casas para retirada e inviabilização de criadouros do mosquito Aedes Aegypti, e a busca ativa de pacientes com sintomas da doença. As famílias também são orientadas sobre como preparar o domicílio para a aplicação química.”
“O bloqueio químico é feito com Malathion, um produto da classe dos organofosforados, na proporção de 30%. A ação é realizada com base em critérios técnicos rigorosos e, até o momento, não foi registrado nenhum caso de intoxicação de pessoas ou de animais. O objetivo é bloquear a transmissão da doença.”
“O mosquito é esperto. Ele se torna resistente à química dos inseticidas”, afirma o epidemiologista Délcio Natal, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Concordo com o epidemiologista: o mosquito é esperto! Ainda mais se não for feito o trabalho da forma correta! Quanto à resistência ao inseticida é discutível, pois todo inseto atingido pelo veneno irá morrer. Novos mosquitos surgirão, é o ciclo da vida do inseto e DEVIDO A ISTO o inseticida deve ser passado a cada 10 ou 12 dias até eliminar o último mosquito! Não basta passar uma vez e achar que resolveu o problema. Se estas aplicações forem realizadas durante 03 meses na cidade, todos certamente teremos uma cidade mais saudável, livre desses insetos patogênicos.
Acabar com esse mosquito seria, portanto, resolver dois ou mais problemas de uma vez só. Se for tomada a providência correta, isto é, usar o U.B.V (fumacê) e o inseticida adequado acertadamente vamos resolver alguns problemas: eliminar os vetores da dengue e da febre amarela, o Flebótomo, responsável pela Leishmaniose e o Calazar; e, eliminará, também, o Culex (que é, o nosso conhecido pernilongo) responsável pela Wunchereria bancroftti (a elefantíase). Eu não acho difícil. Basta querer.
Um dos problemas, é o uso de inseticidas inadequados. Se o que se quer é eliminar mosquitos, então veneno para rato ou barata não serve! Nas indicações de uso de cada inseticida está claro.
O que está sendo utilizado em nossa cidade (até lavando paredes em residências onde ocorreu óbito por Leishmaniose) é indicado, conforme citado no artigo técnico do fabricante do produto, ‘para Mosca do Chifre, Mosca do Berne e Carrapatos!’ Sequer cita mosquitos! Alguém deve ter lido na indicação “mosquicida” e confundiu com “mosquiticida”. Mosquitos e moscas diferem no desenvolvimento biológico e comportamental. Existe também uma grande diferença entre um mosquito e um carrapato, por exemplo...
A população está reclamando, sim. Pessoas têm passado mal, mas é com o uso deste produto! O que a população quer é que seja utilizado o sistema do “fumacê” o malathion, óleo e água como antigamente!
No momento atual a dengue está relegada a um segundo plano, por ser um problema mais antigo, o que vem chamando a atenção são as notícias de casos de Febre Amarela. Mas é importante recordarmos que se trata do mesmo vetor, do mesmo vírus! E a dengue vitimou mais de 500 mil pessoas no ano passado, das quais 121 morreram (não computados os casos subnotificados). “A grande preocupação das autoridades de saúde diz respeito à subnotificação dos casos”, afirma o Secretário Estadual de Saúde do Piauí, Assis Carvalho.
Febre amarela ou dengue é apenas um dos muitos nomes, é a mesma patologia. Sendo o mesmo vetor e o mesmo vírus, apenas aumenta a gravidade devido as seqüenciais infecções. No domingo, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, fez um pronunciamento na TV e no Rádio reafirmando que “esses casos não representam uma epidemia”.
É o começo de uma epidemia Senhor Ministro, e suas atenções deveriam ficar redobradas, pois se forem feitas as sorologias e o isolamento viral se constatará DEN 4, DEN 1, DEN 2 e DEN 3. E, tais dados, estarão sinalizando pessoas sofrendo sua primeira dengue, outros a segunda, muitos a terceira ou quarta dengue, (nesse caso, os que resistiram às demais...).
Autor: Beatriz Antonieta Lopes


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