FINALMENTE, OS CULPADOS PELA CRISE APARECEM E SÃO INDULTADOS



Somente depois da recente reunião realizada na Basiléia, Suíça, sede dos BIS ou USB (Banco Central dos Bancos Centrais), com a presença de Governadores ou Presidentes dos Bancos Centrais dos países do Grupo do G-10, compreendendo Bélgica, Canadá, França, Itália , Japão, Holanda, Suécia, Suíça, Inglaterra e Estados Unidos, foi possível saber, de direito, porque de fato já sabíamos, que os responsáveis
Pela propalada e administrada “Crise Mundial...” são os Cartéis do Sistema Financeiro e os Bancos Centrais, por omissão.

Essa reunião da Basiléia deixou bem claro que os Bancos Centrais dos Países mais ricos do Mundo, venceram a queda de braço contra o Tesouro Nacional americano e mostraram, sem nenhum constrangimento, que são verdadeiros agentes do sistema financeiro mundial. Enquanto o Secretário americano defendia ajuda restrita às vítimas inocentes das subprimes, limitada aos USD 160 bilhões, o FED (banco central americano) cobrava a ampliação desses benefícios aos especuladores e aos Bancos, indistintamente e foi o grande vencedor da peleja, em prejuízo de bilhões de dólares a milhões de contribuintes. E o FED está fazendo redescontos de títulos com garantia de 85% do Valor de Face, quando é sabido que a cotação desses papéis não passa de 10%. E uma prova transparente de que as Raposas continuam Fiscalizando os Aviários.

O interessante é que o sistema financeiro , através dos Bancos Centrais, sem necessidade de compromisso com o povo ou de representatividade através de eleições populares diretas, conquistou poderes absolutos para manipular mercado , inflação, juros e ainda com a vantagem de sacar do Tesouro Nacional, sem limite, recursos para a cobertura de fabulosos prejuízos ( R$ 48 bilhões foram sacados recente pelo BC Brasil) FAZ BEM LEMBRAR o que disse THOMAS JEFFERSON, EX-PRESIDENTE AMERICANO: “Se o povo americano alguma vez permitir aos bancos controlarem a questão da nossa dívida, primeiro através da inflação, depois pela deflação, os bancos e as corporações que crescerão privarão o povo de toda a prosperidade até que os seus filhos acordem sem casa no continente que os seus pais conquistaram”. A profecia está se materializando e mais de dois milhões dos americanos (vítimas inocentes) estão abandonando as suas casas, porque foram enganados e manipulados pela ganância da especulação financeira.

A era Greenspan, de juros negativos e de excesso de liquidez, com os ganhos abusivos nos países em desenvolvimento (continua até hoje), alastrou a especulação habitacional e de outros ativos de risco, mostrando uma prosperidade irreal e deixou os Bancos totalmente livres para a manipulação do mercado financeiro Mundial . E os Bancos Centrais não estão sendo capazes ou não querem mostrar a dimensão dessa crise e até parece que desejam que a instabilidade e as incertezas continuem. De acordo com o IIF ( Instituto de Finanças Internacionais), os Emergentes devem receber um fluxo de capitais de mais de US$ 730 bilhões este ano, sendo somente que US$ 260 bilhões em investimentos Diretos e o restante para giro na especulação financeira volátil, que não gera mais produção , emprego ou renda. E esse capital nocivo continua vasculhando o planeta, em busca de atrativos ganhos em países como os do Brasil, que infelizmente sempre privilegiou esse capital em detrimento das prioridades maiores da Nação.


A fraqueza do Tesouro americano. demonstrada frente ao seu Banco Central , como vem anunciando alguns jornais, já despertou em muitos países a necessidade de devolver ao Congresso Nacional o controle do dinheiro e a sua volta às mãos do povo, mas com competência, seriedade e total TRANSPARENCIA. As lições valiosas do passado, a partir de 1929 de nada serviram ou estão servindo, exatamente porque os países democráticos continuam socializando prejuízos de bilhões de dólares (do povo) em favor de uma ínfima minoria de especuladores e banqueiros internacionais. Esperamos que o governo brasileiro tenha maturidade suficiente e não seja embevecido com o noticiário bajulador da imprensa internacional, mostrando o País como o berço da prosperidade para esse capital nocivo. Basta lembrar, com uma certa tristeza que o crescimento real estupendo das receitas do Tesouro não foi suficiente para conter uma dívida de US$ 157 bilhões em janeiro de 1991 que passou para R$ 1,333,8 trilhão em 2007 e deve chegar a R$ 1.540 trilhão em 2008, de acordo com projeções do Banco Central.Tudo isso, depois do pagamento, no mesmo período, de alguns bilhões de dólares em juros e encargos financeiros. Somente de 2007 para 2008 haverá um crescimento nominal da dívida em mais de R$ 200 bilhões, independentemente dos juros que serão pagos com o aproveitamento do superávit primário. E de 1991 para cá esses bilhões de reais que estão gerando novos endividamentos estão sendo direcionados única e exclusivamente para alimentar a ciranda financeira ou o capital de “motel” e a concentação de riquezas. Esperávamos, sinceramente, que os Bancos Centrais e o FMI , na reunião da Basiléia apresentassem soluções concretas para o MONITORAMENTO DO SISTEMA FINANCEIRO, NA DEFESA DE BILHÕES DE PESSOAS.Os americanos e os países da União Européia são os únicos que estão ganhando com essa crise. Afinal, estão rolando dívidas de mais de US$ 20 trilhões, a custo zero ou próximo de zero.
Autor: João da Rocha Ribeiro Dias


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