Os Desenhos e a Violência



Estive em férias no início do mês de março, e consegui ficar mais próximo de meus filhos neste período, com isso, participei mais ativamente de suas rotinas diárias.

Preocupo-me, como todo o bom pai, com a educação e criação deles.

Para meu espanto, o que assisti na programação diária de televisão brasileira destinada ao público infantil? Respondo, desenhos animados com inúmeras cenas de violência explicita.

Gritos como, vou te matar! Você deve morrer! Vou te destruir! Maldição! Demônios! Feiticeira! Sem contar as cenas de violência, como chutes, socos, esquartejamentos, tiros, raios e destruição em geral.

E o mocinho? Este em geral, grita as mesmas coisas, em ameaça ao antagonista.

Ora, se mensagens subliminares estão sendo tão discutidas nos canais de comunicação (Mensagens escondidas que passam certar idéias ao inconsciente) o que diríamos de mensagens diretas de violência, como as transcritas acima?

Nossas crianças acordam e se quiserem assistir algum programa de televisão, são obrigadas, vez ou outra, a se deparar com cenas de violência descabidas e inconseqüentes, mostradas em horário ditos para programas infantis. No entanto, mais parecem lavagem cerebral para formação de guerreiros mirins, como sabemos que ocorre em algumas regiões em guerra já retratado em diversos filmes.

Parece uma hipocrisia televisiva, pois paradoxalmente, os mesmos veículos de comunicação que exibem campanhas para o fim da violência e busca pela paz, vinculam desenhos de cunho violentíssimos em programas que sabidamente são assistidos pelas crianças.

De outro lado a idéia paradoxal perde o efeito se pensarmos que os meios de comunicação visam, primeiramente o lucro, e depois outros aspectos. Do contrário não haveriam tantos programas mostrado mulheres semi-nuas. Em nossa opinião um apelo em busca de audiência, assim como os desenhos animados em análise.

Onde estão os desenhos clássicos quase inocentes, cadê o humor, as charadas inteligentes, os desenhos com mensagens de solidariedade, amizade, honestidade. Já estamos cheios de violência na nossa realidade diária, não precisamos de aulas televisivas matinais de como ela funciona, nem mesmo, é necessário que ensinem sobre este assunto as nossas crianças.

Os meus filhos estão proibidos de assistirem tais programas, eles podem até não gostarem de minha atitude, porém, não posso ficar olhando este absurdo e ficar omisso.

Para minimizar comprei DVD com filmes que considero adequados, quem decide o que nossas crianças vão assistir, ou qual formação valorativa elas terão não será nenhuma rede de televisão, mais sim pais responsáveis e atentos as influência negativa que os meios de comunicação podem trazer para seus filhos.

Essa foi a nossa contribuição de hoje, até a próxima.
Autor: Geverson Aparicio Ferrari


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