Afinal a vida pública é PÚBLICA!



Entenda-se por Vida Pública, aqui, aquela vida que é domínio de toda uma sociedade. Aquela que se transformou apenas em um dever, cumprido sem entusiasmo, de forma passiva e num acordo com regras estabelecidas, na qual não há mais qualquer investimento emocional. Digo da esfera política onde, embora subliminar, a intimidade entre o político e o eleitor existe... e queima!

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Quando organizados, os seres todos desenvolvem uma incrível e acéfala necessidade, um conluio de conhecimento amofinado no senso comum, naquela coisa que se absorve por osmose fundindo conceitos herdados. Digo da necessidade latente em “indicar” outro ser, de estrutura celular e forma física semelhante, para liderar essa organização. Portanto, referenciando o ser humano, desde a manifestação dessa carência tem-se a existência do Estado como fundamental. Esse Estado, pouco sólido e deveras gasoso, sustenta-se de leis e seres humanos que ousam prestar serviços à sociedade numa necessidade, que neles nascem, de alterar o espaço geográfico habitado.

Porém vem “de graça”, com esse compromisso, o algoz quieto e carrancudo escondido nas confortáveis cadeiras dos plenários. Depois de feito o escambo, não tem mais volta. Há de assombrar até as pequenas câmaras de cadeiras sem almofadas, a Vida Pública. Um dorso cangalha que, vez ou outra, aparece sem camisinha pra estuprar sua vida social deixando um vírus maléfico que, embora estejas no Brasil, aflorará corrompendo tua moral. Viver publicamente é estar, graças ao mecanismo social, vulnerável na essência.

Ora, pois que já é conhecida a capacidade de alguns seres, e suas evoluções, desenvolverem com certa facilidade, os devidos anticorpos. No entanto, aos que andam pelo fogo e terminam tostados, cabe o julgo da própria sociedade. José Dirceu que o diga, com a planta dos pés ainda em brasas. E Jader Barbalho que foi cremado! E quem ainda não se lembra de Judas Iscariotes, assessor parlamentar de Jesus Cristo?! Pois bem, os meandros da Vida Pública e seu acre.

Um agro que, desta feita, anda por assombrar a moral encastelada de Fernando Henrique Cardoso por conta do Cartão Corporativo, um agrado que a própria sociedade cedeu aos “prestadores de serviços ao país” para gastos complementares em exercício de seu comprometimento social. Mas, antes de FHC a Vida Pública, através do Cartão Corporativo, já havia infectado a ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, quando usou, em 2007 e talvez para promover a igualdade racial, R$ 170 mil. Ela preferiu não explicar nada e saiu da política para entra na sepultura. E assim a Vida Pública vem alastrando pra deixar vergões sangrando no ministro Orlando Silva, no ministro Jorge Hage, no senador Arthur Virgílio, no deputado Raul Jungmann, no presidente Lula e qualquer outro que se aproxime do foco viral Cartão Corporativo.

E assim foi com Dilma Roussef que, exercendo cidadania, ordenou um levantamento com informações sobre gastos “corporativos” do governo Luis Inácio Lula da Silva e governos anteriores. Isso tudo acontecendo em meio a mais uma Comissão Par(a)lamentar Mista de Inquérito cheia de gente querendo transparência... e distância. Mas Dilma Roussef só quer o bem do nosso país! Afinal a Vida Pública é PÚBLICA e, parafraseando Lula, “confesso a vocês que não tenho tempo a perder com CPI”¹.

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¹ http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL305001-5601,00.html
Autor: Alex Pinheiro


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