O eleitor e seu estadista



O ilustre professor Sócrates Nolasco, no seu artigo “Votar é eleger uma imagem?”, veiculado no Jornal Valor Econômico, no caderno Eu & Fim de Semana, do dia 13/06/08, impulsionou-me a escrever o que leva um cidadão brasileiro a vender seu sagrado voto por determinadas “promessas inexistentes”. Talvez passe despercebido da mente deste indivíduo sua desmoralização, uma vez que aceita as falcatruas de qualquer político.

Segundo Nolasco, a nação brasileira já perdera a confiança em seus candidatos, pelo seu descompromisso com o eleitor. Partindo dessa tese do professor, percebo que o acordo entre o candidato e o eleitor tem uma durabilidade somente no período das eleições, o tempo suficiente para fantasiar na mente do eleitor uma possível mudança nas áreas mais precárias do seu Município.

Por isso, julgo relevante que o eleitor conheça de fato os projetos de seu candidato, para que futuramente não fique desiludido. O eleitor é aquele que por intermédio do voto secreto com diligência poderá tanto enriquecer seu Município (elegendo um homem de caráter e dignidade), ou mesmo empobrecê-lo se não atentar aos políticos gananciosos que são individualistas e utilizam de forma incorreta o seu “poder”.

No que tange a relação de força entre o indivíduo e o soberano, Michael Focault, nos fundamenta que o poder não é algo que o indivíduo concede exclusivamente ao soberano, mas existe uma co-relação de forças. Sendo uma relação de forças, o poder está em todas as partes, segundo Focault o poder não só coibi, mas tende a produzir efeitos enriquecedores em favor dos súditos. Sendo assim, cabe o eleitor fazer uso de sua ferramenta no dia das eleições municipais, não sendo levado pelas imaginações políticas, porém, votando com presteza.

O objetivo do professor Sócrates Nolasco, talvez não fosse definir o político como uma imagem desprezível, e, sim, dar aos seus leitores uma condição para pensar o que fazer com o seu digníssimo voto em benefício de todos os indivíduos.

Sendo assim, quero aqui expor meu parecer como cidadão brasileiro, á cerca desse belo tema de artigo escolhido pelo professor Nolasco.

O esforço que o eleitor tem em sair da sua residência, até a urna eleitoral, para assim cumprir seu direito de cidadão, ás vezes não é recompensador. O “soberano” que ele atribuiu sua confiança, sendo vencedor das eleições, não dará vida aos projetos prometidos. Ou seja, fora eleito uma imagem que nada executa em prol de sua cidade.

O que resta para a população brasileira é uma simples pergunta: Qual procedimento tomar quando um eleitor elege uma "imagem" para governar sua cidade com absoluto poder? Faço essa pergunta com muita tranquilidade, com base na realidade da política vigente.

O voto dá o direito ao leitor em querer avistar “melhorias” para sua cidade. No entanto, poucas vezes isso acontece. Por conseguinte, conclamo toda a massa juventude e todos os indivíduos desse país em não eleger um candidato pelo simples fato de uma casa própria, uma cesta básica e outras promessas que julgo impróprias em época de eleição.

Em suma, o povo brasileiro está à procura de um político comprometido com o cidadão brasileiro.
Autor: Leandro da Silva


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