A Luta Contra as Sacolas Plásticas



OBSERVAÇÃO: Este artigo foi elaborado em parceria com a acadêmica Isabel de Fátima Valeretto Sousa – Último Semestre do Curso de Administração do Centro Universitário Toledo de Araçatuba/SP. (UNITOLEDO) durante as aulas de Gestão Ambiental.


Saber o que a produção de um determinado produto impacta no meio ambiente, de fato, seria o ideal, antes que esse produto entre na linha de produção e, conseqüentemente, no mercado. Essa observação também cabe para a produção das embalagens.

Hoje, os produtos estão cada vez mais “embalados”, pois o discurso do meio empresarial que prevalece é que as embalagens “agregam” valor nos produtos e, portanto, ampliam seus lucros.

As embalagens plásticas são prejudiciais ao meio ambiente, já que sua deterioração pode demorar muitos anos. Até mesmo as populares e aparentemente inofensivas “sacolinhas” plásticas que são tão utilizadas na maioria das lojas, supermercados, farmácias e outros estabelecimentos contribuem para o aumento no volume de resíduos sólidos no meio ambiente.

Atualmente, há uma preocupação crescente com relação a esse problema ambiental e os governos já estão incentivando a substituição das mesmas, por sacolas de lona, cestos de vime ou carrinhos de feira, como uma alternativa mais limpa para transportar e acondicionar os produtos e mercadorias.

Exterminar o uso das “sacolinhas” é um caminho irreversível, uma vez que, só para exemplificar, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo ameaça os supermercados, lojas e outros estabelecimentos que não usarem sacolas retornáveis ou biodegradáveis serão multados.

Entretanto, espera-se que todos os cidadãos conscientes transmitam para seus filhos, familiares, amigos e vizinhos a idéia de que o uso desnecessário das sacolinhas de plástico é um ato negativo com relação ao meio ambiente. A idéia de realizar campanhas de conscientização da população é um tanto quanto interessante, mesmo que faça parte da educação familiar.

De acordo com o artigo “Sacolinhas plásticas exigem uso responsável” publicado no jornal Gazeta Mercantil, de autoria de Rogério Mani (edição de 10/12/2007), hoje, no Brasil, o consumo per capta de sacolinhas é de 90 unidades por habitante, podendo ser reduzido para 63 unidades. Esses números são elevados e o meio ambiente sofre com um consumo anual de 16 bilhões de sacolas plásticas.

Infelizmente, grande parte dessas sacolinhas vai parar no fundo dos rios, córregos, bueiros e contribuem, diretamente, com a ocorrência de enchentes. Outro fato poluidor ocorre quando incineram as sacolas e, assim, liberam toxinas prejudiciais à saúde.

Diante disso, o mais prudente seria a substituição das embalagem descartáveis por embalagens retornáveis. Entretanto, na busca de amenizar o problema, hoje, estão sendo realizadas várias pesquisas para a produção de plásticos biodegradáveis, a partir da cana de açúcar e do milho.

Um exemplo positivo é relatado por Christopher Bodden no artigo “China proíbe sacola plástica fininha” (jornal Valor Econômico – edição de 11,12 e 13/01/2008), onde a China já busca mudanças nesta área e, devido à realização das Olimpíadas, haverá a proibição de sacolas plásticas finas a partir de 1º de junho (dois meses antes dos Jogos Olímpicos).

Essa ação forçará os comerciantes a buscarem novas opções para embalarem seus produtos e tornará a China a mais nova nação livre da poluição das sacolinhas plásticas. A decisão foi de boa aceitação pelas ongs recebendo elogios da própria população.

De fato, já está provado que as sacolas plásticas, tão úteis e necessárias em nossas rotinas, são absolutamente prejudiciais e contra-indicadas para o bem de nosso precioso meio ambiente. O ideal, sem dúvida, é a conscientização do “todo” para que, individualmente, se faça a diferença.

Outros países deveriam seguir o exemplo da China que já executa a boa idéia de proibir o uso das sacolas plásticas.

O coerente é raciocinar com cautela e concluir que os únicos e grandes beneficiados com a doação geral de sacolas retornáveis somos nós mesmos, seres humanos mortais que lutam por um meio ambiente saudável e limpo.
Autor: Marçal Rogério Rizzo


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