Paul Newman era assim!



O generoso será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre.
(Provérbios 22:9)

Seu aspecto de menino levado, enriquecia o ambiente de humor e suaves gracejos, escondendo a preocupação com os menos afortunados, pelos quais lutou até não mais lhe restarem forças. Um homem extraordinário! Prestava atenção, até em quem não sabia dele.

A emissora BBC (British Broadcasting Corporation), em seu noticiário, referiu-se ao ator como tendo sido uma lenda. Quero respeitosamente, discordar da jornalista autora da reportagem, pois a história de Paul é uma das mais marcantes realidades que podemos testemunhar.

Antes do cinema, Paul serviu à Marinha durante a II Guerra Mundial e ajudou a família no comércio de artigos desportivos.

Estreou no cinema em 1954, com o filme, Cálice Sagrado. Ético e rigoroso na autocrítica, por respeito aos fãs e algozes, publicou no jornal, um anúncio de página inteira desculpando-se pelo péssimo desempenho. Daí por diante atuou em cinco dúzias de filmes. Ganhou inclusive o Oscar de melhor ator, em A Cor do Dinheiro. Foi brilhante em O Golpe de Mestre, Butch Cassidy, ... Um artista Plus!

Na década de 90, resolveu dar um tempo nas filmagens, optando pela produção de molhos e condimentos, Newman's Own. O sucesso foi tão grande, que passou a lhe render mais lucro do que o cinema. O recurso gerado pelo empreendimento contudo, tinha sua maior parte alocada à obra de caridade, que, ultrapassando fronteiras chegava abranger alguns países africanos.

Paul era “adrenalinado” por corridas de automóveis. Amava a família e os amigos. O sentido da vida, constituía em pelejar por um mundo melhor para todos, disse Robert Forrester, o vice-presidente da fundação de Newman.

Newman também foi conhecido por seu apoio a causas políticas liberais nos EUA.

Apesar de daltônico, aos 70 anos, Newman se destacou como piloto amador, correndo em carros esporte nos EUA e na Europa, destacando-se com um segundo lugar na categoria esporte das 24 Horas de Lê Mans com um Porsche 935. Nos anos 80 se envolveu com a Fórmula Indy, onde se tornou sócio-proprietário da equipe Newman-Haas Racing, quando venceu os quatro últimos títulos da Champ Car. Foi o mais velho piloto a vencer uma corrida de prestígio, ao fazer parte do time de pilotos do carro que venceu as 24 Horas de Daytona de 1995.

Paul era casado há 4 dúzias de anos com a atriz Joanne Woodward, vencedora de um Oscar. Newman ficou também conhecido pelo apoio que sua fundação criou deu a várias organizações de caridade.

Com uma tonelada de afazeres, sexta-feira, farto de dias, contando 7 dúzias de anos, Paul Newman, resolveu descansar, partindo para a eternidade.

Depois que saí de uma empresa na Praia de Botafogo, Rio de Janeiro, meu nariz detectou um cheiro muito gostoso de jasmim. Girei a cabeça procurando identificar alguma pessoa que estivesse exalando tão delicioso perfume. A árvore enciumada farfalhou-se delicadamente, pedindo a um gostoso vento que entregasse para mim uma flor. Tamanha generosidade umedeceu meus olhos. Comecei a pensar em Paul Newman.

Seu aspecto de menino levado, enriquecia o ambiente de humor e suaves gracejos, escondendo a preocupação com os menos afortunados, pelos quais lutou até não mais lhe restarem forças. Um homem extraordinário! Prestava atenção, até em quem não sabia dele. E, assim, pulsou o coração alegre de um homem modesto, de hábito simples e alma generosa!

Paul Newman era assim!


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Escrito por:
Gilberto Landim


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Autor: Gilberto Landim


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