Esse vota



Esse vota

Costumo reafirmar algumas conclusões, provisórias, mas que podem ser definitivas. Uma delas diz respeito ao tipo de eleitor que elege muitos que não merecem nem serem mencionados. Por isso tenho afirmado com relativa freqüência, nem que seja somente em tempo de eleição, que não são os “políticos” que são desonestos, mas os eleitores que assim agem: ou porque “vendem” seu voto, ou porque escolhem os piores elementos, ou porque são malandros que, não tendo tido oportunidade de se projetar, projetam-se na imagem do político desonesto...
Agora pretendo acrescentar mais alguns elementos nessa lista que enumera as mazelas dos eleitores. Tratam-se de algumas situações mencionadas numa dessas mensagens do correio eletrônico, que tanto nos aporrinham, mas que, por vezes, trazem coisas interessantes. Como estas:
“Um sujeito comprou uma geladeira nova. Para livrar-se da geladeira velha, colocou-a no gramado em frente à casa e pendurou um aviso dizendo: "De graça para um bom lar. Se a quiser, basta levá-la." A geladeira ficou lá três dias sem receber sequer um segundo olhar dos passantes. Finalmente, o sujeito chegou à conclusão de que as pessoas não acreditavam no que ele estava propondo. Parecia bom demais para ser verdade... Ele então mudou o aviso, que passou a ser: "Vende-se”
No dia seguinte alguém a tinha roubado.
Esse tipo de gente vota...”
Mas o problema não pára aí. Nessa mesma mensagem havia mais alguns casos... Curiosos. Como este:
“O sujeito trabalhava em suporte técnico num desses centro de atendimento que oferece serviços 24 horas por dia, 7 dias por semana. Um dia recebeu um telefonema de um cliente perguntando: “Qual o horário de atendimento?”. E o atendente respondeu: “Nós atendemos 24 horas, 7 dias por semana”. Mas o cliente insistiu: "Mas isso no pelo horário de verão ou o normal ?"
Esse cliente também vota!”
Você deve estar rindo, pensando que estou contando piadas. Não é isso. Minha preocupação é séria, como séria é a situação em que nos encontramos por causa dos políticos eleitos por esse tipo de pessoas.
Pessoas como as duas colegas que conversavam no restaurante. A primeira dizia
“- Fui para a praia neste fim de semana. Mas me queimei muito.
- Porque? - perguntou a colega – você não usou protetor solar?
- Não é isso. É que fomos num carro conversível. Eu não sabia que o sol queimava com o carro em movimento!”
E o triste é saber que essa garota também é eleitora... e vota! Quem seriam os candidatos dessa garota? Quais os critérios que ela usaria para escolher seu candidato?
Outra situação, mostrada no mesmo e.mail:
“A jovem aprendeu a dirigir, recebeu a carteira de habilitação e comprou um carro. Como na auto-escola aprendera que deveria sempre usar cinto de segurança e como tinha medo de se acidentar a ficar presa no cinto de segurança providenciou uma ferramenta para cortar o cinto, caso se acidentasse e ficasse presa. Só que guardou a ferramenta no porta-malas”
Essa jovem, também é eleitora... Vota religiosamente... Em quem? Que tipo de raciocínio ela faria para escolher seu candidato?
Na mesma mensagem, do correio eletrônico, havia esta outra situação:
“Saí com uma amiga e vimos uma mulher com um piercing, na forma de um aro, no nariz. Havia, também, uma correntinha que ligava esse aro ao brinco. Minha amiga disse ‘Será que a corrente não dá um puxão a cada vez que ela vira a cabeça?’ Expliquei que o nariz e a orelha de uma pessoa permanecem à mesma distância independentemente de para que lado a pessoa vira a cabeça.”
E o texto da mensagem afirma: “Minha amiga também vota!”
A última situação, dessa mensagem dizia o seguinte:
“Trabalhando numa pizzaria atendi um homem que pediu uma pizza para viagem. Ele parecia ser sozinho e lhe perguntei se preferiria que a pizza fosse cortada em 4 ou 6 pedaços. Ele pensou durante algum tempo antes de responder. ‘Corte só em 4 pedaços; acho que não estou com fome suficiente para comer 6 pedaços’.”
E a refrão: “Esse cliente também vota!”
Não sei o que você pensa sobre política e os políticos. Não sei quais são suas afinidades políticas. Não sei se você é candidato ou eleitor...Só sei que você e eu estamos mergulhados nesse oceano de gente que vota e é votada.
E sei que tem muito político pilantra – no meio de outros nem tanto. Mas todos correndo atrás dos votos. Sabemos que muitos candidatos pisam na bola. Mas são os eleitores que o elegem. Assim sendo, o candidato eleito é reflexo de quem o elegeu.
Neste ponto posso reafirmar: não estou me opondo ao político safado, pois sei que ele só tem espaço porque existem os safados ou ingênuos que o elegem. Por isso posso dizer que não gostaria de ver os safados levarem vantagem por causa dos eleitores incautos, ou dos que são incapazes de discernir...
Neri de Paula Carneiro – Mestre em Educação, Filósofo, Teólogo, Historiador.
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Autor: NERI DE PAULA CARNEIRO


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