MUDANÇAS



MUDANÇAS
Conforme está escrito em 2 Coríntios 3:6 "...a letra mata, mas o espírito vivifica".
A humanidade adentrou o terceiro milênio, tão ou mais perdida quanto inaugurou o primeiro. Não conseguimos virar uma página sequer do opróbio ou da vergonha da natureza humana. Não se conseguiu virar a página do egoísmo, sob o ponto de vista imaterial, ou da guerra, fome, doença, miséria, violência, entre outras, sob o prisma material.
Quantas mudanças foram vividas, especialmente na área tecnológica, proporcionadas pelo espetacular avanço da ciência. Entretanto, fica uma pergunta. Qual mudança, realmente, representou um avanço?
Somos arrastados pela onda globalizada do teorismo descambado, em que a forma prevalece sobre a finalidade, quando os intérpretes do mundo se entregam a teorias estratosféricas, esquecendo-se dos conceitos fundamentais que fundamentam os pilares básicos de todo o conhecimento. Faz-se extremamente necessário, neste momento, rememorar aquilo que é óbvio, mas que causa impacto devido ao seu esquecimento.
A prosopopéia ou falatório dos discursos criam um turbilhão de idéias, dando concretude a desejos, que por sua vez, transformam-se em falsas necessidades.
É uma tendência humana privilegiar a forma em detrimento do objetivo. Fica-se escravo da forma, que se torna um fim em si mesmo e que possui a capacidade de tornar a realidade etérea, criando um enorme abismo entre o discurso e a prática. Aprimoramos a letra, mas perdemos o espírito. Vivemos da aparência e esquecemos da essência.
Antes de mudar, é preciso responder: Por quê? Para que? E, somente após entendermos os conceitos básicos e elementares das coisas, pensarmos numa mudança que não vilipendiem o espírito com o qual elas foram criadas.
Quem dera pudéssemos nos despir de nós mesmos, para descermos de nosso "eu" e juntos alcançarmos o cume da verdade de que necessitamos.
O apego exagerado à tradição e a formalidades deve ser analisado com espírito crítico que pondere os prós e os contras de uma determinada situação, mas também, a ansiedade por mudanças a todo o instante não pode gerar bons resultados, pois não se pode ter a pretensão descabida e reinventar a roda a todo o instante.
Autor: Marcelo Lyra de Almeida


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